terça-feira, 30 de abril de 2013


Salmos 61,62 ou 68; Sabedoria 10:1-4(5-12)13-21; 
Romanos 12:1-21; Lucas 8:16-25.

Lâmpadas

Se você fosse uma lâmpada como gostaria de ser tratada pelas pessoas? Gostaria de ser esquecida em algum canto, empoeirando e mofando? Certamente que não! Porque o sentido da lâmpada é iluminar, mesmo que a gente use lâmpadas como enfeite, não é? As lâmpadas de enfeite são vistas como “valiosas e raras demais” para ser gastas com o uso. Se colocarmos fogo nelas o vidro vai escurecer e vão perder a beleza de uma lâmpada nova. 

Às vezes na Igreja nos tornamos colecionadores de lâmpadas. Cuidamos tanto da  beleza que não usamos o que Deus nos dá. Não gastamos o que temos na sua função original. Polimos e limpamos nossas lâmpadas. As colocamos sobre os móveis e em lugares visíveis, mas não deixamos que elas iluminem. 

O Evangelho é claro. As lâmpadas não servem para ser “guardadas” intactas. Mas, para ser gastas iluminando. Usemos assim a liturgia, as promoções, os estudos bíblicos, as visitações, a acolhida. Gastemo-nos ilmuninado com a luz de Cristo outras vidas. Então, mesmo se quebrarmos, teremos cumprido a nossa função e Deus sempre nos dará mais lâmpadas para iluminar! 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ninguém ascende uma lâmpada e a cobre com uma vasilha, nem a põe debaixo de uma cama. Ao contrário coloca-a em um candelabro para que os que entrem vejam a luz. Lucas 8:16

Intercessão
Oremos pelas lâmpadas de nossas vidas, de nossos dons, dos meios de evangelização que temos na Igreja, para que sejam usadas para iluminar o mundo ao nosso redor.

segunda-feira, 29 de abril de 2013


Salmos 56; Sabedoria 9:1,17-18; 
Colossenses 3:18-4:1(2-18); Lucas 8:1-15. 

O fruto da perseverança

A parábola do Semeador aparce nos três primeiros evangelhos é a imagem mais importante para ilustrar a missão e evangelização. Semear é um ato de total confiança em Deus e no processo da Vida que nasce da vontade criadora. O ser humano começou a semear a partir da observação da natureza. Observou que alguns vegetais possuíam pequenas partículas que, se colocadas na terra, sob determinadas condições, geravam novas plantas. Depois, através da experimentação, foi aperfeiçoando o processo até hoje.

Quando Jesus aplica esta imagem indica que a semeadura e colheita são de natureza diferenciada. Que uma não é diretamente proporcional a outra, porque há fatores ambientais que incidem no processo. Semear é acreditar em possibilidades. Colher é verificar a produtividade. Se quisermos estar completamente seguros que o que vamos fazer vai dar certo, nunca semearemos. A colheita, por outro lado nos ensina, que nem tudo o que fazemos dá o mesmo resultado, e que todo resultado é bom! 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
O que cai em terra boa são aqueles que, ouvindo com coração generoso e bom, conservam a palavra e dão fruto na perseverança.

Intercessão
Oremos para que ao planejar e executar novos projetos o façamos com a confiança de quem semeia, e que ao avaliar o que conseguimos o façamos com a gratidão de que colhe.

domingo, 28 de abril de 2013

5º Domingo da Páscoa


Salmo 145; Levítico 19:1-2,9-18; 
Apocalipse 19:1,4-9 ou Atos 13:44-52; 
João 13:31-35.

Perguntas

No Evangelho deste Domingo, diante da afirmação de Jesus, que iria para junto do seu Pai e que as outras pessoas não poderiam ir, os seus críticos fazem uma série de perguntas que tinham por objetivo se fechar e ridicularizar a afirmação do Senhor.

Jesus falou de algo muito difícil de entender, portanto, não era para entender, mas para reconhecer que há coisas que vão além de nossa limitada compreensão. Não usemos perguntas para ridicularizar pessoas, mas para conhecê-las melhor! 

Se alguém diz algo que não entendemos podemos pedir para que repita. Contam que um Bispo uma vez chegou a uma ilha onde o povo nunca tinha ouvido falar de Jesus. Ele contou quem era Jesus e lhes ensinou o Pai Nosso. Quando ele estava voltando para o barco, uma pequena embarcação cheia de nativos se aproximou com gritos desesperados. Ao chegar o Bispo perguntou: “o que aconteceu?”. Eles responderam: “esquecemos o Pai Nosso, poderia nos ensinar de novo?”. Estas são boas perguntas!

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Vós me procurareis e não me achareis. João 7:34a.

Intercessão
Oremos para que, quando perguntemos, seja para descobrir sempre mais sobre Deus e sobre as outras pessoas.

sábado, 27 de abril de 2013


Salmos 55 ou 138,139; Sabedoria 7:1-14; 
Colossenses 3:12-17; Lucas 7:18-28(29-30)31-35.

A pecadora da cidade

Na saúde pública não há diferença entre uma mulher que seja “profissional do sexo” e qualquer outra mulher. Todas precisam do mesmo carinho, do mesmo atendimento, de esperança. Muitas profissionais do sexo são também mães, como todas as outras mães. Vejo que Jesus também agia assim! Jesus não viu diferença de dignidade entre o fariseu Simão, que tinha um nome conhecido, que era tido como um homem religioso, obediente de todos os mandamentos, e aquela mulher anônima conhecida apenas como mais uma “pecadora da cidade”. 

A diferença foi apenas de atitude diante de Jesus. Ele, questionador, desconfiado, relutante em compreender a atitude aberta e acolhedora de Jesus. Ela, sincera, em busca de misericórdia, amorosa, frágil, carregando uma história de discriminação e preconceito. Isso nos fala sobre nós! Em que somos diferentes a uma “pecadora da cidade”? Não precisaríamos ter a mesma atitude dela diante de Jesus, ou nos achamos como Simão dignas ou dignos demais? Incomoda-nos que a Igreja acolha todas as pessoas que buscam misericórdia e amor, que buscam se livrar da discriminação e o preconceito?

O perdão dos pecados, meus, teus, nossos, depende apenas de uma coisa: nosso amor e gratidão a Deus. Nossa saúde espiritual depende disso. Quem nos gostaria de recebe alta como aquela mulher, ouvindo de Jesus as palavras: “Tua fé te salvou. Vá em Paz!” (Lucas 7:35).  

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ó Deus, escuta a minha prece e não te furtes à minha súplica. Salmo 55:1.

Intercessão
Oremos para que, como Jesus, olhemos para todas as pessoas como filhas e filhos de igual dignidade e sempre cheguemos perante Deus com amor e humildade.

sexta-feira, 26 de abril de 2013


Salmos 40,54 ou 51; Sabedoria 6:12-23; 
Colossenses 3:1-11; Lucas 7:11-17.


Hoje em dia muitas mães continuam perdendo seus filhos, e geralmente por causa da violência. As mortes pela violência, ou como chamaram na saúde pública, “por causas externas” é uma das principais causas de entre homens, especialmente jovens. Acidentes, assaltos, ações policiais, homicídios, vinganças, fanatismos esportivos, ciúmes, tráfico de drogas, continuam provocando muitas mortes e lágrimas entre inúmeras famílias. 

Sou feminista, portanto, sempre procuro defender a dignidade das mulheres, especialmente a nossa vida ameaçada por diversas formas de violência. Mas, nos últimos anos tenho me preocupado muito com a situação dos homens. Precisamos proteger os nossos homens! Precisamos educá-los e criá-los de outra forma, para que valorizem, amem e respeitem a Vida. Nossos filhos precisam parar de morrer! Não podemos apenas ficar vendo os funerais sem fazer nada. Jesus atendeu ao clamor daquela viúva que nem esperava que seu filho voltasse à vida, apenas chorava. Há pessoas jovens se levantando contra a violência, falando da “civilização do amor”. Jesus está levantando estes jovens contra a morte, vamos nos aliar a eles, nós as mães, nós a Igreja de Cristo!

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Moço eu te ordeno, levanta-te! Lucas 7:14b.

Intercessão
Oremos pelas nossas famílias, pelas mães e pais desafiados a criar e educar seus filhos para que vivam, não para que morram. Oremos para que as igrejas possam ajudar pessoas jovens a encontrar o caminho da Vida através de Jesus.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

SÃO MARCOS EVANGELISTA


Salmo 50 ou 114,115; Sabedoria 5:9-23; 
Colossenses 2:8-23; Lucas 6: 39-49.

Ver as coisas boas

Muitas vezes quando estamos criticando duramente outra pessoa, ou quando estamos “fofocando” sobre a vida de alguém, devemos parar para pensar em nós mesmas. O que fazemos em nossa vida diária semelhante ao que estamos criticando nas outras pessoas? Certamente vamos ver que não somos assim “tão diferentes”. 

Quando tivermos dúvidas sobre a forma de agir de alguma pessoa, sempre é bom lembrar: “uma árvore se conhece pelos seus frutos”. Se pensarmos ou falarmos mal de alguém, vamos olhar para os frutos que esta pessoa produziu. 

Os frutos mostram que há pessoas que nós não consideramos boas para nós, mas que têm sido boas para muitas outras pessoas, por isso, em geral estamos enganadas em relação a elas. Todas as pessoas são falhas, mas também todas têm potenciais para fazer coisas boas. 

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Por que, pois, vês o cisco no olho do teu irmão e não vês a trave no teu próprio olho? Lucas 6:41.

Intercessão
Oremos para que Deus nos conceda um olhar mais amoroso e compreensivo sobre todas as pessoas, vendo o que todas tem de bom.

quarta-feira, 24 de abril de 2013


Salmos 119:49-72 ou 49,53; Sabedoria 4:16-5:8; 
Colossenses 1:24-2:7; Lucas 6:27-38.

Orar para amar os inimigos

Amar os inimigos é um dos mais difíceis ensinamentos de Jesus. Mal ou bem, não há quem não tenha uma pessoa próxima, até algum parente, colega de trabalho, ou até irmão ou irmã da Igreja, que a gente não gosta e vice-versa. A coisa piora quando, além de não gostar, praticam maldades contra a gente. 

Devemos usar de muita sinceridade, oração e reflexão para tentarmos, de todo coração, amar nossos inimigos. Não podemos ser hipócritas. Não se trata de aparentar estar “bem” com todo o mundo e alimentar ódios no interior de nossos corações. Eu tive que reconhecer em alguns momentos da minha vida que conseguia perdoar de coração. A saída foi orar muito pela pessoa que me fez mal, ou que me queria mal. Nas orações me colocava diante Deus com toda a disposição de verdadeiramente perdoar essa pessoa, de amá-la como pessoa, mesmo que no momento não estivesse conseguindo.

O resultado foi um milagre que aconteceu comigo, que pode acontecer com você. Deus invadiu meu coração com uma paz que eu não tinha. Deus me deu um novo olhar e uma nova atitude diante daquelas pessoas. Por isso sou grata a Deus! 

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Amai vosso inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. Lucas 6:27b.

Intercessão
Oremos por todas as pessoas que se consideram nossas inimigas, que querem nosso mal, que nos magoaram ou feriram, peçamos a Deus a paz e o perdão para fazer o bem.

terça-feira, 23 de abril de 2013


Salmos 45 ou 47,48; Sabedoria 3:1-9; 
Colossenses 1:15-23; Lucas 6:12-26.

Repartir com quem não tem

Há ditados populares que dizem: “aqui fazes, aqui levas”, “o que se planta é o que se colhe”. Por isso não entendemos como uma “pessoa boa” pode ficar doente com gravidade, e uma “pessoa que faz maldades” ter boa saúde, dinheiro sobrando e, aparentemente, nada de mal acontece a ela. 

A vida não é assim tão simples. Nascemos com tendências genéticas, uns nascem em famílias mais abastadas recebendo muitos estímulos e oportunidades, e outras pessoas nascem em famílias pobres sofrendo todo tipo de dificuldade. 

No entanto, apesar de todas as diferentes possibilidades, Deus nos ama por igual. Tudo o que temos e somos vem da mesma origem que é Deus. Por isso quem tem mais deve repartir com quem tem menos, ou com quem não tem. Não há outra forma de reconhecer que o amor de Deus não faz distinção. Não há outra forma mais clara de agradecer por tudo o que temos. Quando temos e não repartimos negamos ao amor de Deus, nos afastamos da sua Graça, e não importa o que aconteça, nossa vida estará vazia. Se repartirmos o que temos (seja material ou espiritual) então, não importa o que aconteça, sempre nossa vida estará cheia do amor de Deus.

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Lucas 6:25.

Intercessão
Oremos para que as coisas que alcançamos e nossa felicidade pessoal não nos tornem insensíveis às necessidades de outras pessoas, e não percamos nunca nossa gratidão a Deus.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

(Anselmo, Arcebispo de Cantuária, 1109)


Salmos 41,52 ou 44; Sabedoria 1:16-2:11,21-24; 
Colossenses 1:1-14; Lucas 6:1-14.

A maior regra

                    No posto de saúde, há rotinas e regras que devem ser seguidas para preservar a higiene e bem-estar de todas as pessoas, tanto usuários quanto profissionais. Neste caso ninguém discute porque sabem que se não seguirmos estes princípios podemos sofrer graves consequências. O mesmo acontece na vida em sociedade, onde devem existir regras para o nosso bem-estar do dia a dia. 
                    Por outro lado, seguir cegamente as regras, tanto as da saúde, quanto as normas da sociedade ou as religiosas, pode levar ao fanatismo. Não posso deixar alguém morrer apenas porque não consigo cumprir todas as regras. Não posso colocar os mandamentos de Deus contra o amor, ou acima do amor.
                   Já trabalhei em hospitais e em diversos postos de saúde. Quantas vezes já era a hora de sair e fechar, mas fiquei mais uma hora para atender alguém. Uma vez estava coletando um exame em uma mulher no fim da tarde e ela pediu para ficar mais um pouco até que chegasse a tia dela. A tia chegou e descobrimos um tumor maligno. No entanto, ainda tive que ouvir as críticas dos colegas, porque isso não é conforme as “regras”.  A maior lei é o amor, ela revoga e relativiza todas as outras!

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
O Filho do ser humano é senhor do Sábado. Lucas 6:5b.

Intercessão
Oremos para que, sem desprezar a organização e as regras necessárias para o bem-estar de todas as pessoas, coloquemos sempre o amor como princípio maior na orientação de nossas vidas.

domingo, 21 de abril de 2013

4º Domingo da Páscoa


Salmo 100; Números 27:12-23; 
Apocalipse 7:9-17 ou Atos 13:15-16,26-33(34-50); 
João 10:22-30.

Bons Exemplos

             Muitas vezes o que fazemos é muito mais importante do que falamos. Dizem que as crianças aprendem muito mais com o que o pai e mãe fazem do que como o que eles dizem. Um exemplo terrível disso vem dos pais abusadores: a criança abusada muitas vezes será um adulto abusador. Lamentavelmente, isso se comprova diariamente nos postos de saúde e conselhos tutelares. 
          O contrário também é verdadeiro. Pais que dão bons exemplos, que quando colocam limites mostram também ter limites. Mães que quando desaprovam alguma conduta não fazem o que desaprovam. Estes dão para seus filhos e filhas um ensinamento muito maior do que palavras. Jesus falava que as obras que ele fazia é que davam testemunho. Façamos os mesmo! Nossos atos não são importantes apenas para as crianças, mas para toda a comunidade que nos cerca e para a humanidade. Nossos atos são sinais do que Deus faz em nossas vidas!

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
As obras que eu faço em nome do meu Pai é que dão testemunho de mim. João 10:25b.

Intercessão
Oremos para que Deus pela sua Graça nos motive a dar bons exemplos de fé, de solidariedade, de valores éticos, tanto para as pessoas mais jovens quanto para toda a sociedade.

sábado, 20 de abril de 2013


Salmos 30,32 ou 42,43; Daniel 6:16-28; 
II João 1-15; Lucas 5:27-39.

Segue-me

         O cobrador de impostos “Levi” ou “Mateus” foi chamado. Ele deixou o trabalho desprezível de cobrar os impostos para se dedicar a salvar vidas junto com Jesus. Mas, o fato de ser “desprezível” é que contou também, porque ele antes odiado e mal-falado tornou-se importante e amado. 
           Jesus faz isso com todas as pessoas. Só não percebem isso as pessoas que se acham “boas demais”. Este é um engano “narcisista”. É bom ter auto-estima. Mas auto-estima deve estar baseada no reconhecimento das nossas limitações e fragilidade. Quando Deus nos valoriza nos dá auto-estima, mas não apenas para nós, mas tendo o próprio Deus como nosso espelho e o serviço as oturas pessoas como nossa realização.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Não são os que tem saúde que precisam de médico, e sim os enfermos. Lucas 5:31b.

Intercessão
Oremos para que nos sintamos pessoas importantes e dignas ao sermos chamadas por Deus.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

DIA DOS POVOS INDÍGENAS


Salmo 105; Daniel 6:1-15; 
II João 1-13; Lucas 5:12-26.

Se quiseres pode limpar-me

            O homem leproso sabia que Jesus podia limpá-lo. Sabemos-nos que Jesus não apenas pode limpar um homem leproso, mas pode limpar nossa humanidade de tudo o que nos contamina. Pode? Jesus respondeu: “Eu quero”. Há uma lepra que contamina nosso mundo, que está causando diversos males, fome, crises, violência. A diferença é que aquele homem sabia da extrema necessidade de cura e da grande oportunidade que se lhe apresentou ao Jesus passar perto dele. Os povos indígenas dizem a Jesus: se tu queres podes limpar nossa terra. A Igreja, que é o Corpo de Cristo, o que responde?
                  Erci Felisbino da Silva, em Viamão RS, muitas vezes carregou indígenas em sua caminhonete em busca de terra. O Revdo. Bras em Tocantins e no Sul do Pará sofreu ameaças de morte por defender os povos indígenas e o meio ambiente. Dom Almir dos Santos andou pelas fronteiras do Brasil e até hoje usa símbolos destes povos. Todos estes e muitos outros dizeram: “Eu quero”. Hoje, quando nos lembramos deste dia dedicado aos povos indígenas eles perguntam a nós, aos governos e autoridades: vocês querem?

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ele é o Senhor nosso Deus, seus juízos estão em toda a terra. Salmo 105:7.

Intercessão
Oremos para que, com disposição, sintamos a Missão entre os povos indígenas, como parte essencial da Missão de Deus no mundo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013


Salmo 37; Daniel 5:13-30; 
I João 5:13-20(21); Lucas 5:1-11.

Afasta-te de mim que sou pecador

               Quem é bom o bastante diante da extrema vontade e amor de Jesus? Jesus sabe disso e mesmo assim nos ama. Não nos ama para que pioremos, mas para que, diante do seu exemplo nos tornemos melhores. Por isso quando a fé em Cristo é vivida intensamente nos incomoda e até nos assusta. Será que agora, “velho”, terei que mudar?
               Sim, sempre temos que mudar. Sempre há um novo desafio. Sempre há outro aprendizado. Sempre há uma nova e surpreendente pescaria. Nesta semana somos chamados a aprender do que restou destes povos indígenas, de sua insistência, da sua resistência, da sua simplicidade. Somos desafiados a ver como as pessoas indígenas são tão humanas quanto nós e cometem erros como nós, e como os erros deles também revelam os nossos e vice-versa.  Somos desafiados a sermos pescadores uns dos outros no mar da vida! 

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Mestre estivemos trabalhando toda a noite e nada pescamos. Lucas 5:3

Intercessão
Oremos para que todos e todas nós estejamos abertos a novos aprendizados e novos desafios.

quarta-feira, 17 de abril de 2013


Salmos 38 ou 119:25-48; Daniel 5:1-12; 
I João 5:1-12; Lucas 4:38-44.

Mulher curada

             Tive uma grande amiga que me ensinou muito sobre o que é ser mulher indígena: Eliane Potiguara. O povo dela tinha perdido tudo. Apenas tinha restado o sentimento de ser “potiguara” e a dança do “Toré”. Com estas duas ferramentas ela insistia, unida com outras mulheres, em salvar seu povo. Ela fundou um grupo chamado GRUMIN (Grupo de Mulheres Indígenas).
              Eu tenho algo de sangue indígena. Minha avó contava de uma “índia” encontrada no mato que teria sido minha tataravó por parte de mãe. Mas, minha aparência não tem nada de indígena. No entanto, elas me acolheram como igual. Elas me curaram de qualquer preconceito, me ensinaram a servir. Elas restauraram meu olhar sobre as mulheres, sobre a vida, sobre o que é esperança, amor, resistência, confiança e muitas outras coisas.
               Acredito que este deve ter sido o sentimento da sogra de Pedro, quando Jesus a tocou, por isso ela não teve problemas em lhes servir com alegria!

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Em ti, Senhor, espero. Tu, Senhor meu Deus responderás. Salmo 38:16

Intercessão
Oremos pela muitas mulheres abatidas pela violência, pela morte ou pela doença, para que encontrem na solidariedade e no amor as forças para a cura e a restauração.

terça-feira, 16 de abril de 2013


Salmos 26,28 ou 36,39; Daniel 4:28-37; 
I João 4:7-21; Lucas 4:31-37. 

O queres de nós Jesus Nazareno?

                As forças do mal perguntavam a Jesus: “o que queres de nós”. Sempre costumamos ver “demônios” como seres diabólicos diferentes de nós. Mas, os demônios não tinham corpos próprios, nem falavam através das suas bocas. Eles habitavam em corpos humanos e falavam através de humanos. Portanto, pode haver demônios morando dentro de nós. Estas forças nos levam sempre a fazer o pior para nós e para todas as pessoas. Quando os povos indígenas querem milhares de hectares de terra para viver em harmonia com a natureza achamos um absurdo e perguntamos: “o que querem de nós”. Quando os povos indígenas se opõem ao nosso chamado “progresso” através de barragens e outras destruições, perguntamos: “o que querem de nós”. 
            Pois, quem é que está falando, quando nos assustamos com as reivindicações indígenas, quando achamos absurdo que queiram viver nas suas terras, que queiram preservar o que sobrou dos seus povos, nos esquecemos do que fizemos com estes povos e o que fazemos com as florestas e rios. Esquecemos-nos das crianças indígenas mortas, dos povos que não mais tem filhos e dos que se suicidam no angústia que nossos demônios lhes causaram. Sabemos que Jesus quer expulsar estes demônios de destruição e morte! 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre

Texto para meditação
O que está acontecendo? Com poder e autoridade manda os espíritos impuros e eles saem! Lucas 4:35.

Intercessão
Oremos para que os espíritos da morte, da discriminação, da apropriação e destruição do meio ambiente, sejam pelo poder e autoridade de Jesus, banidos de nossa sociedade.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS


Salmos 25 ou 9,15; Daniel 4:19-27; 
I João 3:19-4:6; Lucas 4:14-30.

A libertação dos povos indígenas

            Hoje o Evangelho nos fala de Jesus voltando a Nazaré e indo na sinagoga. Ele voltava para sua própria terra! No entanto, mesmo que admirado em um primeiro momento, logo foi rejeitado e tentaram matá-lo. Este é o sentimento dos povos indígenas que lembramos nesta semana. Eles viviam aqui há milênios. Eles viveram em harmonia com a criação de Deus durante incontáveis gerações. Mas, depois, chegaram outros trazendo doenças, usando violência, se apropriaram das terras e destruíram quase tudo. 
           Agora, quando as famílias indígenas querem voltar a sua terra são vistos como estranhos. A sociedade destruidora os chama de “vagabundos” e “não civilizados”, olham com desconfiança para sua forma de vida e ainda continuam a destruir tudo e a transmitir doenças. Eles tem se esforçado para falar a língua estranha que chegou depois, mesmo assim são vistos como estrangeiros na sua terra. Eles têm estudado para conviver com as outras pessoas e ajudar seus povos a sobreviver. No entanto, poucas pessoas não indígenas se interessam mesmo em saber o que eles têm a ensinar. 
             Jesus entende muito bem o que os povos indígenas estão passando. Eles são pobres, oprimidos, prisioneiros e nós somos cegos! Jesus veio libertar todos! 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Eu vos asseguro, nenhum profeta é bem vindo em sua própria terra. Lucas 4:24b.

Intercessão
Oremos em favor mais de 170 povos indígenas que habitam no Brasil, e para que toda a sociedade envolvente finalmente aprenda com eles como viver em harmonia com a criação de Deus.

domingo, 14 de abril de 2013

3º Domingo da Páscoa


Salmo 33; Jeremias 32:36-41; 
Apocalipse 5:6-14 ou Atos 9:9-19a; João 21:1-14.

Companheiro inesperado

Pedro e outros discípulos voltaram a sua vida de pescadores. Depois daqueles três anos seguindo Jesus entre a Galiléia e Jerusalém, de tantas palavras sábias, de ver o amor de Jesus por todas as pessoas, tantas curadas e até ressuscitadas, tudo havia acabado. Restava apenas voltar a vida cotidiana. Como é fácil desistir! Desistir é só voltar de novo ao que já conhecemos, ao de sempre. Mesmo quando não dá certo. 
           Neste momento, Jesus aparece como estranho, ao longe. De lá pede comida. Que coisa, não viu que estava difícil! Depois da uma “dica”, então, pronto o cotidiano se torna diferente! A mesma pescaria se torna especial, surpreendente e maravilhosa! Pedro percebe que aquele companheiro (que queria partilhar o pão) era Jesus.
          Sempre que desistimos algo assim acontece. Jesus aparece através de alguma outra pessoa vem “incomodar”, que insiste em que façamos algo diferente. Olhemos bem pode ser Jesus!

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Jesus se aproximou deles, tomou o pão deu a eles e também o peixe. João 21:13

Intercessão
Oremos para que quando estivermos sem ânimo, vivendo momentos de frustração e abatimento, encontremos disposição para ver ouvir os companheiros e companheiras que nos chamam para partir o pão.

sábado, 13 de abril de 2013


Salmos 20,21 ou 110, 116,117; Daniel 3:19-30; 
I João 3:11-18; Lucas 4:1-13.

Desertos

Quantos desertos você já percorreu? Nunca esteve em um deserto? Pode que não, mas na verdade vivemos em desertos o tempo todo. Deserto, no sentido do lugar onde Jesus foi tentado, não é apenas uma região geográfica, mas uma situação pessoal de extrema carência e solidão. Mais de dois terços da humanidade vivem no deserto da fome, da violência, do abandono e tantos outros. O resto da humanidade que não vive nestes desertos passa por outros da angústia, do desespero do isolamento, etc. Quem já  não passou pelo deserto?
           A questão que nos coloca o Evangelho é como agir nos desertos. Podemos nos entregar às opções egoístas, personalistas, tirânicas. Podemos, por outro lado, optar pelo que é bom para todas as pessoas, pelo sentido da vida que foi dada para todas as criaturas, isto é, pela vontade não nossa, mas Deus.
         Eis o deserto, que Deus em Cristo nos proteja em Sua Graça!

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Não só de pão vive o ser humano. Lucas 4:4b

Intercessão
Oremos para que nossos desertos sejam momentos de reafirmação de nossa fé em Deus, de nosso seguimento de Cristo, de nossa esperança em um mundo redimido.

sexta-feira, 12 de abril de 2013


Salmos 16,17 ou 134,135; Daniel 3:1-18; 
I João 3:1-10; Lucas 3:15-22.

Batizar com o Espírito Santo e com fogo

O batismo tem dois aspectos: o aspecto ritual ou formal (o rito, a água, o óleo, a vela) e um aspecto existencial (a conversão, a abertura a ação do Espírito Santo, a entrega à Graça de Deus). Tudo é espiritual! No entanto, para que aconteça o aproveitamento espiritual do batismo ambos aspectos devem acontecer, sem importar a ordem deles necessariamente. Há pessoa que antes mesmo de ser batizadas (especialmente quando ao batismo acontece na juventude ou vida adulta) já viviam existencialmente o batismo, então, o aspecto material e ritual apenas consolida o que já acontecia. Outras, especialmente quando foram batizadas como bebês, passaram pelo aspecto formal, mas precisam passar por um processo existencial para consolidar o que aconteceu nos primórdios das suas vidas.
             Por esta mesma razão, sendo o batismo não apenas um ato, mas um processo. Mesmo quando batizados apenas uma vez formalmente, devemos afirmar continuamente nosso batismo (como de fato fazemos na igreja em cada batismo ou confirmação) nos abrindo mais e mais, tornando o batismo mais fortemente Espírito que nos move, mas efetivamente fogo que nos molda e nos prova. 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ele vos batizará no Espírito e no fogo. Lucas 3:16b.

Intercessão
Oremos para que nosso processo batismal de crescimento no Espírito Santo nunca pare, mas que reafirmemos continuamente nossa filiação a Deus em Cristo.

quinta-feira, 11 de abril de 2013


Salmo 18; Daniel 2:31-49; 
I João 2:18-29; Lucas 3:1-14.

Comunidade povo vivo

A comunidade é vida, é partilha, é presença de Javé. É povo que compartilha experiências e caminha de mãos unidas, em sentimento de irmandade, respeito e luta pelo Reino de Deus. Muito mais que uma construção, uma obra, um prédio, a comunidade existe porque, existem as pessoas, que cantam, celebram, se alegram juntas, se indignam juntas e buscam o bem comum.
Em uma comunidade não deve haver exploração, nem dominação, nem seu corpo deve ser constituído pelo poder do capital, do acúmulo.   
Como é bom fazer parte de uma comunidade, de um grupo, de um povo, e ser com ela, existir com ela, ser acolhido e poder também acolher. Sentir que a diversidade é algo bom, e ajuda a construir a identidade do grupo. Viver por si pode até ser menos complexo, mas a vida partilhada vale a pena. 

José Luiz Possato Jr. (CEBI-Juventudes)
São Leopoldo-RS

Texto para meditação
Ele respondia: quem tem duas túnicas dê uma ao que não tem; e quem tem o que comer faça o mesmo. Lucas 3: 11.

Intercessão
Oremos pelos grupos e comunidades que partilham suas vidas e comungam suas experiências de fé.

quarta-feira, 10 de abril de 2013


Salmos 119:1-24 ou 12,13,14; Daniel 2:17-30; 
I João 2:12-17; João 17:20-26.

Que todos sejam um

O sentido da unidade que Jesus expressa na sua oração, proferida à mesa da última ceia, segundo nos é apresentada pelo Quarto Evangelho, tem por objetivo apenas viver o amor. Não se trata de uma unidade forçada. Não é como se todos e todas nós fossemos prisioneiros no mesmo presídio e devêssemos conviver sem nos matar mutuamente para garantir nossa sobrevivência. O sentido vai além, e fica claro no momento em que o Senhor fala: “que o mundo creia que tu me enviastes” (João 17:21b) e “e o mundo creia que Tu me enviastes e os amastes, como amastes a mim” (João 17:23b). Então a unidade não é para nós, para a própria comunidade de discípulos e discípulas, mas para que o mundo creia!
          A unidade do amor é o desafio de vivermos entre nós o que Deus quer para o mundo. Se pudermos mostrar dentro das nossas comunidades e em nossas relações que Deus pode nos transformar por seu amor, então o resto do mundo poderá nos ver com um sinal de transformação. Será isso possível? Não com nossas próprias forças e tendências. Mas, é possível se considerarmos a relação entre Jesus e nós, entre Jesus e seu Pai, entre Jesus, seu Pai e o Espírito Santo. A Santíssima Trindade vivendo ou dançando dentro de nós é que pode nos dar a unidade no amor como sinal para que o mundo creia.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Não rogo apenas por eles mas por todos aqueles que acreditarem em mim pela sua palavra. João 17:20.

Intercessão
Oremos para que ação de Deus Trindade em nossas vidas promova relações amorosas e solidárias como sinal para este mundo dividido e violento.

terça-feira, 9 de abril de 2013


Salmos 5,6 ou 10,11; Daniel 2:1-16; 
I João 2:1-11; João 17:12-19. 

Sonho o mundo...

Às vezes me vejo em um mundo louco como se realmente este mundo não seja o verdadeiro mundo.
Num novo mundo é que sonho...
Sonho com o lugar da diversidade respeitada. Com a essência do amor enraizada nas relações entre homens e mulheres.
Sonho com os grupos, os mais variados, sendo espaços de promoção da vida e não de dominação. Com a Igreja – Povo de Deus vivendo em plenitude.
Sonho com a organização social da igualdade de direitos e deveres. Com famílias de fé constituídas em valores do bem querer.
Sonho com o Mundo da Paz!
Sonho com a Civilização do Amor!

José Luiz Possato Jr. (CEBI-Juventudes)
São Leopoldo-RS

Texto para meditação
Eu dei a eles a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não pertencem ao mundo, como eu não pertenço ao mundo. João 17:14.

Intercessão
Oremos por todos nós que acreditamos no amor e na transformação.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

(William August Muhlemberg, presbítero, 1877)


Salmos 1,2,3 ou 4,7; Daniel 1:1-21; 
I João 1:1-10; João 17:1-11.

Profetas pelo testemunho

A luz é sinal visível aos olhos humanos e usada como símbolo em nossa caminhada em busca do Reino de Deus pode representar a vida plena anunciada por Jesus Cristo. Então, como ser profeta dessa Luz?
Já diziam: “As palavras comovem, os exemplos arrastam.” Como praticantes do bem comum, da justiça, dos direitos dos seres humanos em nossas comunidades estaremos no caminho do testemunho. Ser testemunha é muitas vezes fazer o que as pessoas pelo senso comum não fariam. Aceitar o “diferente” e ver nele também a imagem e semelhança de Deus. Pela presença na vida das pessoas conseguir espalhar sorrisos de esperança renovada, de utopias que jamais esmorecem.
Assim, o profetismo a que somos chamados exige doação e serviço pelo testemunho de vida.

José Luiz Possato Jr. (CEBI-Juventudes)
São Leopoldo-RS

Texto para meditação
Ele não era a luz, mas apenas a testemunha da luz. João 1:8.

Intercessão
Oremos pelos agentes de pastoral que atuam nas pequenas comunidades de fé: catequistas, ministros, liturgistas, seminaristas, consagrados(as), religiosos(as), coordenadores de grupos de oração e de famílias, jovens e tantos outros(as).

domingo, 7 de abril de 2013

2º Domingo da Páscoa


Salmo 111 ou 118:19-24; Jó 42:1-6; 
Apocalipse 1:1-8,9-19 ou Atos 5:12a,17-22,25-29; João 20:19-31.

Não tenham medo 

  Não tenhas medo, há sinal secreto, um nome que te ampara quando vás.
          No caminho que leva à meta, há pegadas pela trilha aonde vás. 
          Não tenhas medo se noite é escura, tu não estás só, já não há solidão.      
           Mesmo que a vida te pareça dura, dá eternidade Deus da direção.
           Não tenhas medo, Ele guia teus passos, teu nome sabe e ao teu lado está.
          Ele é o amigo que estende seus braços, não temas nada, ele contigo vá.
           Não tenhas medo se o caminho é duro, há quem te guarda sempre com amor.
           Ele protege qual seguro escudo, e te acompanha sempre em tua dor. 

Letra: Ylva Eggenhorn (Suecia)
Tradução ao espanhol: Samuel Acedo (Argentina)
Cancionero Abierto.
Tradução ao português: Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ele pôs a mão direita sobre mim, e disse: “Não tenhas medo”. Apocalipse 1:17b.

Intercessão
Oremos para que a presença e amor de Deus em nossas vidas nos ajudem a superar nossos medos e encontrar o caminho da vida e da felicidade.

sábado, 6 de abril de 2013


Salmos 145 ou 104; Isaías 25:1-9; 
Atos 4:13-21(22-31); João 16:16-33.

Revelar

Coisa interessante é ficar observando as estrelas. Nós percebemos tanta coisa...
Por exemplo, se uma estrela nos chama a atenção, e torna-se de certa forma especial, nós a contemplamos fixamente, sem mais olhar as outras estrelas. Depois de certo tempo observando-a, parece que todo o resto se apaga, tudo o que está na periferia não é mais visto. Um céu tão grande e apenas uma estrela solitária. É quando percebemos que é preciso olhas as outras também e sentir os seu brilho. 
Se continuarmos a olhar profundamente o céu à noite, descobrimos ainda mais coisas. Estrelas pequeninas, ou apenas distantes, que normalmente não são observadas em uma visão superficial. E se continuarmos a observar, talvez desconfiemos que as estrelas cadentes sejam menos raras do que imaginamos.
Situação semelhante acontece na nossa realidade, quando a juventude que está à margem, nas periferias, é ignorada, criminalizada ou desprezada por grande parte da sociedade. Precisamos ter nossos olhos e ouvidos abertos para os clamores dessa juventude.

José Luiz Possato Jr. (CEBI-Juventudes)
São Leopoldo-RS

Texto para meditação
Não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido. Atos dos Apóstolos 4:20.

Intercessão
Oremos pelos jovens que são esquecidos e sofrem tentando chegar ao padrão exigido pela sociedade.

sexta-feira, 5 de abril de 2013


Salmos 126 ou 118; Daniel 12:1-4,13; 
Atos 4:1-12; João 16:1-15.

Tirar a Vida

           Hoje as pessoas jovens vivem sob constante ameaça de morte. Além das drogas de todo tipo que lhe são apresentadas cada vez mais cedo. Vivem o risco do trânsito, seja andando a pé (em ruas sem acessos adequados para os pedestres), seja de bicicleta (sem ciclovias e iluminação adequada), seja de moto (sem uma educação adequada do trânsito para todos), seja de carro (especialmente na noite, com a bebida, etc.). Vivem a violência urbana, que vai de torcidas de futebol até tribos e ideologias que promovem o extermínio de pessoas “diferentes”. São aliciadas como “soldados” ou “gerentes” ou “mulas” do tráfico e de todas as formas de criminalidade. No entanto, em nada disso estão sozinhas! As pessoas jovens não produzem nada disso! 
         Nossa sociedade usa as pessoas jovens, suga tudo delas, e algumas são completamente destruídas, mortas em massa. Outras são transformadas em multiplicadoras da morte. Mas, há também as que reagem, as que resistem e as que ainda encontram na igreja, na amizade e em organizações diversas as forças para gritar e fazer a diferença. Devemos ser aliados destas juventudes! Devemos ouvir claramente o que elas nos dizem, devemos ver quanto nos contribuímos para esse mundo que precisa ser superado, devemos acreditar nelas, com elas.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Porque o príncipe deste mundo já está condenado. João 15:11b

Intercessão
Oremos para que sejamos sensíveis a todas as pessoas que vivem e trabalham para transformar os males deste mundo, especialmente aqueles que tiram a vida e roubam as esperança de nossa juventude.

quinta-feira, 4 de abril de 2013


Salmos 146,147 ou 148,149; Ezequiel 37:1-14; 
Atos 3:11-26;  João 15:12-27.  

Esperança, onde encontrá-la?

O sonho e o desejo de vida são alimentados pela esperança. Porém, nem sempre vivemos isso na plenitude...
A partir da leitura de Ezequiel lembrei-me do seguinte fato: “Uma adolescente sofria com o processo de possível separação dos pais. O motivo era o alcoolismo do pai e suas inúmeras provocações de violência verbal e desrespeito à sua família, esposa e filhas. Com esse contexto a menina iniciou na participação em um grupo de jovens da Pastoral da Juventude. E, nesse espaço, podendo partilhar sua vida, receber afeto e rezar com sinceridade e desejo profundo do coração ela conseguiu ser muito forte e madura. Essa história tem continuidade feliz, pois o pai está se recuperando e junto com a família reconstruindo a vida.” 
Recordei-me disso como um cenário inicial de morte e a menina como aquela que deseja a vida e não perde a esperança. Não deixa de ser também para isso que o grupo, os amigos servem: “para alimentar a esperança e ajudar a surgir vida nova.”

José Luiz Possato Jr. (CEBI-Juventudes)
São Leopoldo-RS

Texto para meditação
Assim diz o Senhor Javé a esses ossos: Vou infundir um espírito e vocês reviverão. Ezequiel 37: 5.

Intercessão
Oremos por todos os jovens que buscam espaços de esperança ou de fuga da realidade que os oprime e desconforta como a desestruturação de suas famílias.