quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Salmo 101,109:1-4 (5-19)20-30 119:121-144
II Rs 18:9-25
I Cor 8:1-13Mt 7:13-21

Lobos vestidos de ovelhas

Resulta interessante que o Evangelho contenha uma advertência destas. Contra quem seria? Quem seriam esses lobos que se vestem de ovelhas? Bem, parece relativamente fácil de imaginar. São aquelas pessoas de boa conversa, que nos apresentam tudo o que gostaríamos de receber, que tem solução para todos os problemas. São os donos da porta larga e espaçosa. Outras pessoas no indicam que as coisas são complexas, difíceis e trabalhosas. Até nos dizem que nem sempre a fé resolve, que as vezes a vontade de Deus é misteriosa e que mesmo assim somos convidados a nos manter firmes na fé. A “fé de resultados” é tão boa! Mas, o mundo continua de mal em pior. Jesus não é a solução? É sim; mas não a solução imediata e assim como essa gente quer nos “vender” ou nos “trocar”. Jesus é a união entre o divino e o humano e portanto se revela em toda a complexidade da pessoa humana (sofrimentos, medos, frustrações, injustiças, também, alegria, solidariedade, amizade) e em toda a complexidade de Deus (trans-cendência, mistério, eternidade). A porta é estreita, difícil, mas certa. Não deixemos que nossos males nos levem para a solução mágica. Sigamos a Cristo, depositemos n´Ele nossa segurança.

Humberto Maiztegui Gonçalves

“Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.”
Salmo 101:2

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Salmo 97,99,100 ou 94,95
II Cr 29:1-3; 30:1(2-9)10-27
I Cor 7:32-40Mt 7:1-12

Não julgueis, para que não sejais julgados

Como é fácil julgar os outros! Claro que há casos em que este julgamento parece óbvio, especialmente no caso de criminosos e assassinos. No Brasil cresce o número de pessoas que são a favor da pena de morte. Para que ficar alimentando uma pessoa desprezível dessas? Houve outros casos, como o da Escola Base de São Paulo que a imprensa condenou os donos por pedofilia e depois, muito tarde e com as vidas destruídas, foram absolvidos. No entanto, se olharmos para nossa condição diante de Deus, apenas vemos um tipo de pessoas: as pecadoras. O fato da gente ter fé, buscar a Cristo constantemente e regrar nossa vida pelos princípios do Evangelho não nos torna menos pecadores que outras pessoas. Nos torna, no melhor dos casos, menos pecadores que nos mesmos antes de termos esse propósito. Se usarmos a fé para julgar outros, para con-denar qualquer um que seja por qualquer coisa, estaremos cometendo dois tipos de pecado: contra Deus (porque nos colocamos no lugar de Deus e pretendemos saber tudo o necessário para condenar alguém) e contra nosso próximo (porque não sabemos da sua história pessoal, dos seus problemas, nem sabemos o que teríamos feito no lugar dessa pessoa). É verdade que a justiça julga e condena. O faz apenas com uma intenção nobre, manter a paz, a segurança e dar oportunidades para que as pessoas reflitam e, de alguma maneira, tentem encontrar uma forma de vida feliz e produtiva. Por isso, jamais, jamais mesmo, matar alguém pode ser aceitável como castigo humano por qualquer crime.

Humberto Maiztegui Gonçalves

“Tu os escutaste, SENHOR nosso Deus: tu foste um Deus que lhes perdoaste,ainda que tomaste vingança dos seus feitos.”
Salmo 99:8

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Salmo 89:1-18 (19-52)
II Rs 17:24-41
I Co 7:25-31
Mt 6:25-34

Preocupados, por que?

Se pré-ocupar significar, literalmente, se-ocupar-antes. Aquele que se ocupa antes está cheio de coisas que lhe impedem se concentrar no que realmente pode fazer. Portanto, devemos trocar a pré-ocupação pela preparação. Se preparar é treinar, é arrumar as coisas para poder mais adiante aproveitar todas as oportunidades que se nos apresentem. É maravilhoso que Jesus coloque nesta passagem do Evangelho exemplos da natureza. Quando os passarinhos voam e carregam palhas para preparar seus ninhos não estão preocupados. Nenhum pássaro fica calculando quantos ovos ocuparão o ninho, importante é que acha um ninho, para que acham ovos, para que acham novos passarinhos. As flores são em si mesmas uma preparação, elas enviam o pólem, esperam ser polinizadas, se preparando para serem frutos, que carregam sementes, que estão preparadas para serem novas plantas com novas flores. O mais triste é quando nos preocupamos, inclusive com a Igreja (onde estão as crianças e jovens, por que a igreja não evangeliza melhor); mas dedicamos muito pouco tempo a nos preparar. Não estamos permanente-mente em busca de palhas para nossos ninhos, nem sempre abertos para sermos fecundados pelo Espírito de Deus, por inspirações e idéias boas que nos permitam dar novos frutos. Devemos mudar! Chega de estresse e preocupação, vamos substituí-lo por fé e preparação!

Humberto Maiztegui Gonçalves

“Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Mas, buscai primeiro o reino de Deus, `e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Mt 6: 31,33

domingo, 27 de setembro de 2009

17º domingo depois Pentecostes

Salmo 19
Nm 11:4-6,10-16,24-29
Tg 4:7-12(13-5:6)
Mc 9:38-43,45,47-48

Não o impeçais
A autoridade é um assunto de extrema complexidade e delicadeza. O excesso no uso dela acaba em opressão, exclusão, discriminação e outros males. A ausência da mesma leva à desorganização, o caos e até à morte. Como lidar com ela? No Evangelho deste Domingo temos um bom exemplo. Jesus tinha toda a autoridade para impedir que algumas pessoas, que não eram discípulos diretos dele, fizessem coisas em seu nome. Os discípulos, mesmo indo perguntar ao mestre, parece que tinham claro que isso era intolerável. No entanto, Jesus usa a autoridade com o sentido do PROPÓSITO, isto é, a razão pela qual essa autoridade lhe foi concedida. O propósito da autoridade de Jesus era levar vida, paz, saúde, partilha, justiça, alegria e principalmente amor, a todas as pessoas. Então, ele não os exclui, não os disciplina, não os impede, porque, mesmo por outros caminhos estavam fazendo o bem em nome do próprio Jesus. É bom que pensemos o propósito de nossa autoridade antes de sair impedindo pessoas de fazer coisas. Um dia uma ministra leiga me disse que não queria mais ir aos cursos ministrados pela Diocese: “eles só me disseram o que não posso fazer” – recriminava. Então, tive a idéia de fazer um curso cujo nome era: “pode tudo: vamos descobrir como?”. O importante é saber qual é a melhor forma de exercer qualquer autoridade e descobrir como ele pode estimular mais pessoas a cumprir os propósitos de Deus.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves

“Quem não está contra nós, está a nosso favor.”
Mc 9:40

sábado, 26 de setembro de 2009

Lancelot Andrewes, bispo de Winchester, 1626

Salmo 87
II Rs 11:1-20a
I Co 7:10-24
Mt 6:19-24
Onde está o seu tesouro, ai está seu coração

"Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. De fato, ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam.” Mt 6:19-20 Você se considera rico(a) ou pobre aos olhos de Deus? O que você tem feito com seu tempo? O que você tem valorizado? Quais suas prioridades de vida? Muitas vezes não protegemos nem a quem amamos. Alguns pais não conseguem ver a dor dos seus filhos(as) estampada em seus olhos. Só vão perceber que eles estão doentes quando entram em crise. Só valorizam seus tesouros quando correm o risco ou estão perto de perdê-los. Podemos fugir do mundo, dos outros, mas não de nós mesmos. Desejo que cada leitor(a) viaje cada vez mais para dentro de si, se conheça mais, conheça seus tesouros, se ame mais e se doe para os outros. Os maiores tesouros que possuímos estão dentro de nós, cabe a cada um(a) de nós nos tornarmos exploradores e encontrarmos em nós e nos outros os mais valiosos “tesouros escondidos.”

Ana Rita Cruz da Cruz

“Exclamam os cantores e os instrumentistas: Tu és a fonte de toda inspiração.”
Salmo 87.7

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sérgio, abade da SSma. Trindade, Moscou, 1392

Salmo 88
II Rs 9:17-37
I Co 7:1-9
Mt 6:7-15
Pai nosso que estás no céu... e aqui na terra também!

Quantas vezes rezamos automaticamente a oração do “Pai Nosso” sem nos darmos conta ou valorizarmos sua beleza e profundidade? Se nós conseguíssemos viver os preceitos do Pai Nosso... Viveríamos cada dia como único e insubstituível e, com responsabilidade, não nos preocuparíamos tanto com o amanhã. Saberíamos dividir sem medo “que um dia vá faltar” e todos teriam o que comer. Saberíamos perdoar e seríamos perdoados com naturalidade. Viveríamos um céu em terra. “...o Pai de vocês sabe do que é que vocês precisam, ainda antes que vocês façam o pedido.” (Mt 6:8bc) Jesus tendo vivido entre nós, conhece nossas infinitas necessidades e se compadece. Quantas vezes, em nossas orações pedimos? E quantas vezes o que pedimos, recebemos? As coisas que pedimos podem simplesmente não se enquadrar no plano de Deus para nós, ou Deus pode considerar tal coisa inoportuna para sua existência ou até mesmo o que pedimos pode nos ser prejudicial. Deus não quer somente nos dar uma graça, mas a felicidade plena. E esta felicidade se obtêm procurando viver a Palavra de Deus o cristianismo de modo integral. Às vezes nossos pedidos não se realizam porque nem sempre o que pedimos é o que realmente precisamos!

Ana Rita Cruz da Cruz

“A ti, ó Senhor, clamo por socorro; e de madrugada subirá a ti minha oração.”
Salmo 88.13

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Salmo 83
II Rs 9:1-16
I Co 6:12-20
Mt 6:1-6, 16-18

Deixemos nossos gestos falarem por nossos lábios!

Posso parecer meia saudosista mas, quando era criança, participava de uma Igreja viva, repleta de jovens e crianças que queriam realmente estar ali (e isso nem foi a tanto tempo assim) e a sociedade em geral era menos violenta. Hoje, com a desculpa de estarmos trabalhando demais, temos nos afastado de Deus e das Igrejas. O resultado? Igrejas praticamente vazias, com poucos jovens e crianças e uma sociedade que parece um caos por uma questão de escolhas, “prioridades”, metas de vida. “Posso fazer tudo o que quero, sim, mas nem tudo me convêm.” (I Co 6:ab) Podemos fazer de nossas vidas e do nosso próximo(a) um céu ou um inferno. Podemos nos aproximar ou nos distanciar de Deus e dos outros, dependendo de nossas escolhas. Nossa fé anda tão egoísta que, quando praticamos o bem, ajudamos alguém, temos a tendência de sair “espalhando pra todo mundo...”. Não sejamos assim ou estaremos fazendo a escolha errada. Sejamos cristão(ã) para nós mesmos(as), não para os outros! Deixemos que nossos atos falem mais que nossas bocas. Tenhamos uma relação pessoal com Deus, rezemos sozinhos(a) como quem desabafa com um amigo! Lembremos que nossas escolhas afetam não só nosso futuro, mas também o dos outros!

Ana Rita Cruz da Cruz

"Ó Deus, não guardes silêncio; não te cales e não te detenhas.”
Salmo 83.1

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Salmo 81
II Rs 6:1-23
I Co 5:9-6:8
Mt 5:38-48

A difícil tarefa de não se viver “olho por olho e dente por dente”

Como é difícil nos dias atuais perdoar e, como diz o evangelho, dar a outra face. Para mim, as duas coisas mais difíceis de viver o cristianismo é amar e perdoar. É muito fácil amarmos nosso companheiro, nossos filhos e amigos, mas como amar aqueles que lhe fazem mal? Como amar os desconhecidos pelos quais passamos segurando a bolsa? E perdoar... Nossa como perdoar é difícil pois para perdoar não basta amar, é preciso se por no lugar e tentar compreender a outra pessoa. Sabemos que a primeira pessoa a se beneficiar com o perdão é quem perdoa e não quem é perdoado, mesmo assim temos dificuldade em perdoar, pois desistimos muito facilmente das pessoas, nos tornamos intolerantes e exigimos demais do nosso próximo(a) e de nós mesmo. Devemos nos lembrar que os inimigos que não perdoamos estão presentes conosco até em nossas camas. “Rezem por aqueles que perseguem vocês!” (Mt 5:44b)Acreditem, por mais difícil que possa parecer, eles precisam mais do que tudo de Suas orações. Lembrem-se que, se errar é humano, perdoar é Divino!

Ana Rita Cruz da Cruz

“Livrei o seu ombro da carga; e as suas mãos ficaram livres da servidão.”
Salmo 81.6

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Salmo78:1-39
II Rs 5:19-27
I Co 5:1-8
Mt 5:27-37

A complexidade das emoções humanas

As relações humanas estão cada vez mais fragilizadas, vivemos num mundo competitivo e, como “crianças birrentas”, não aceitamos perder. Temos tanto medo de sermos traídos(as) que criamos e acreditamos em histórias miraculosas, sofremos por antecedência, pela falta de confiança e diálogo. Nossos maiores inimigos não estão fora, mas dentro de nós. O nosso maior desafio deve ser aprender a nos controlar, dissipar e administrar nossos medos, ansiedades e o modo mais fácil para isso é nos afastarmos de tudo que leva a pecar e assim, nos aproximarmos de Deus. Afastemo-nos da deslealdade, mentira, inveja, ganância, ingratidão, ódio, preconceito, e de toda a forma de desrespeito ao próximo e a Deus. “Portanto, celebremos a festa, não com o velho fermento, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com pães sem fermento, isto é, na sinceridade e na verdade.” (I Co 5:8)

Ana Rita Cruz da Cruz

“Lembravam-se de que Deus era a sua fortaleza; e o Altíssimo o seu redentor.”

Salmo 78.35


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

S. Mateus, apóstolo e evangelista

Salmo 80
II Rs 5:1-19
I Co 4:8-21
Mt 5:21-26

Reconciliação em meio às turbulências

Neste tempo marcado pela violência, intolerância e preconceitos é urgente que percorramos os caminhos de reconciliação com Deus, consigo próprio e com os outros. O evangelho de hoje nos alerta sobre como é importante pensar antes de falar. Uma palavra pode mudar nosso dia, para melhor ou para pior. Devemos tentar controlar nossa ansiedade e procurar a sabedoria do silêncio pois é nos primeiros 30 segundos que estamos estressados que cometemos nossos maiores erros. Assim podemos perceber que quanto mais os costumes se liberalizam, mais avança a impressão de vazio, e esse vazio só pode preenchido através da busca por Deus e pela prática concreta do Cristianismo. Somente estando bem conosco é que ficamos bem com nosso irmão(ã) e com Deus. Cabe a cada um encontrar em si um lugar de descanso no centro da guerra.

Ana Rita Cruz da Cruz

“Converte-nos, ó Deus; faze brilhar tua face e seremos salvos.”
Salmo 80.3

domingo, 20 de setembro de 2009

16º. Domingo depois de Pentecostes e John Coleridge Patteson, bispo da Melanésia e seus companheiros mártires, 1871

Salmo 54
Sb 1:16-2:1(12-22)
Tg 3:16- 4:6
Mc 9:30-37

“De onde surgem os conflitos que existem entre vocês”

Nós, como seres imperfeitos e inacabados, buscamos permanentemente por realizações e crescimento. O problema começa quando essa busca se torna desenfreada e queremos crescer a qualquer custo, “doa a quem doer”. Cristo nos mostra que a verdadeira riqueza está dentro de nós e deve se manifestar através de nossos atos/serviço. O verdadeiro poder não se encontra no dinheiro/status, mas no trabalho e transformação da realidade. Quantas vezes em nosso dia-a-dia somos tentados a buscar ser o mais importante, o primeiro, buscar o destaque... Os discípulos não foram diferentes, também “competiam” entre si e Deus deu a eles o melhor conselho que eles (e nós mesmos) poderiam ter recebido: “Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos.” Mc 9:35b Sábio é aquele que nunca para de aprender... Quando ajudamos alguém crescemos, amadurecemos e aprendemos, assim, no final das contas, também recebemos ajuda. O ditado embora velho, ainda é válido: Lembremos que ninguém é tão pobre que não tenha o que dar, e ninguém é tão rico que nada possa receber!

Ana Rita Cruz da Cruz

“ò Deus, ouve a minha oração; atende às palavras de minha boca.”
Salmo 54.2

sábado, 19 de setembro de 2009

Teodoro de Tarso, arcebispo de Cantuária, 690

Salmo 75, 76
II Rs 2:1-18
I Co 4:1-17
Mt 5:17-20

Cartas vivas

Sabemos que o mundo caminha aceleradamente para o abismo. Nunca se ouviu falar tanto em corrupção e banditismo. Jovens de boa família, boa instrução, se entregam às drogas e ao crime. E nenhuma organização e nem mesmo o governo conseguem melhorar essas coisas. E a Igreja, o que pode fazer nisso tudo? A mensagem de Nosso Senhor transforma vidas. Ela mostra o que é bom e o que deve ser feito. Somente o Evangelho pode mudar uma pessoa por completo. Sem o temor de Deus o homem é capaz das piores atitudes. Mas quem conhece a Palavra de Deus, automaticamente se afasta de tudo o que é ruim, que não presta. João diz que a “Luz” só é rejeitada por quem pratica coisas más. Porém, quem teme a Deus, não apenas foge do mal, mas resiste firme na Fé e é usado como exemplo de vida. O testemunho desta pode alertar e mudar quem vive nas paixões do mundo. Segundo Paulo (II Co 3:2-3) “Nós somos cartas vivas de Deus que os perdidos podem ler”. Por isso devemos procurar na Palavra de Deus e na Oração, a força necessária para continuar a dar bons exemplos e assim ajudar os que ainda estão perdidos.

Suely Álvares Lacerda

“Mas Deus é o Juiz, a um abate e a outro exalta.”

Salmo 75:7

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Salmo 69:1-23
II Rs 1:2-17
I Co 3:16-23
Mt 5:11-16

Sal da terra

Tem gente que não acredita na Bíblia e contesta a “Palavra de Deus”. Mas, como é que Davi, que viveu 1000 anos antes de Jesus, já sabia o que aconteceria com o Senhor na Sua Paixão e Morte? Só mesmo pela ação do Espírito Santo.
No salmo 69 Davi fala de um acontecimento da Paixão de Jesus, quando diz: - “Para comer me deram Fel e na minha sede me deram Vinagre.” E Isaias diz: - “Ele tomou sobre si as nossas doenças e males. Ele foi ferido por nossas transgressões... e por suas pisaduras fomos sarados”. Como poderiam estes profetas, em época tão remota, dizer exatamente aquilo que hoje sabemos que aconteceu? Este é um mistério que só mesmo é possível através do Espírito de Deus. Só isto já basta para acreditarmos. Por isso, temos que consertar nossas vidas para sermos dignos desta Graça, pois Jesus no Seu sacrifício nos deu a Salvação. Ele trocou conosco o castigo que deveria ser nosso e por amor nos livrou.
Jesus nos quer hoje como exemplos de cristãos.
Suely Álvares Lacerda
“Vocês são o Sal da Terra e a luz do mundo.”
Mt 5:13-14

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Salmo 70, 71
I Rs 22:29-45
I Co 2:14
Mt 5:1-10

Imagine

Davi, rei de quem Jesus é descendente, recorre a Deus nos momentos críticos de sua vida. Ele diz que desde o ventre de sua mãe, ele já confiava em Deus. Você já imaginou isso? Pense. Você é uma coisinha diminuta, ainda em formação no útero de sua mãe. Ela, mesmo sem saber o que estava acontecendo, já sabe que existe “Alguém” que o está protegendo. Sua mãe vive normalmente e você está lá, sem nem mesmo saber por quê. Ouve vozes, mas nem faz idéia do que seja, mas aquieta-se, porque sabe que existe Alguém que o está protegendo e já tem certeza que esse alguém é Deus, seu Pai. Esta deve ser a sensação de todo aquele que crê em Deus e tem Jesus no seu coração. Esta é a minha certeza e, quando imagino isso, sinto grande emoção, porque sei que Ele me escolheu muito antes de eu conhecê-lo. Isaias também fala disto em Is 49:1. Experimente imaginar isso e sentir a preocupação que Deus tem por você. Seu amor foi tão grande por mim e por você, que deu o Seu Filho para nos salvar.

Suely Álvares Lacerda

“O Senhor me chamou desde o ventre de minha mãe e até chamou-me pelo nome.”
Is 49:1

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Salmo 72
I Rs 22:1-28
I Co 2:1-13
Mt 4:18-25

Ensinamentos

Paulo nos fala das maravilhas que Deus tem preparado para os que forem fiéis. Mas seguir os mandamentos, orar, trabalhar na igreja... isto está sendo suficiente? E a família? Houve diálogos com os filhos? Será que houve bons exemplos? Que fomos pacientes, soubemos ouvir e ensinar? Ou simplesmente os obrigávamos a ir à igreja? Ao crescerem, continuamos a incentivá-los e instruí-los ou deixamos que seguissem seus próprios caminhos? Deixamos de ter “diálogos” com eles, talvez por falta de tempo ou falta de argumentos? Geralmente colocamos a culpa na TV, no computador, nas más companhias, na modernidade, etc. Será que não houve falha na maneira de ensiná-los no “Temor de Deus”? Nas nossas atitudes do dia a dia, na oração diária, na demonstração de nossa Fé? É preciso, pois, ensiná-los, dialogar a respeito de Jesus com amor e paciência. Chamá-los a orar junto, até na bênção de mesa. Saber orientá-los e escutá-los. Falar na Bíblia, suas belas histórias. Mostrar-lhes o caminho que leva a Jesus e à Salvação. O restante, Deus proverá!

Suely Álvares Lacerda

“Não por causa da sabedoria dos homens, mas pelo 'Poder de Deus'.”
I Co 2:5

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Salmo 61, 62
I Rs 21:17-29
I Co 1:20-31
Mt 4:12-17

Viver o Evangelho

Quando lemos os Salmos, vemos que Davi pede a proteção de Deus, dizendo que Ele é sua Rocha e Salvação. Em Jesus, Deus faz nova Aliança com os homens. Ele perdoa as nossas fraquezas. E é na fraqueza dos homens que Deus age. Foi na aparente derrota da Cruz que Cristo venceu o pecado e a morte. Hoje Ele nos quer como em todo. Como um jogador que deve dar tudo de si para o seu time. Que cada um se entregue com o mesmo ardor pela vitória. É isso que Jesus espera de nós. Estamos escrevendo um capítulo da história cristã, mas será que estamos sendo protagonistas ou figurantes? Atuantes ou expectadores? Temos que viver o Evangelho e dar exemplos de vida. Mostrar ao mundo que somos o Sal da Terra, que Jesus falou. Temos que deixar nossa marca como exemplo para os que virão depois. E você, é atuante ou apenas figurante; está entre os jogadores ou expectadores? A vida está passando e passa rápido. Qual a marca que você deixará aqui?

Suely Álvares Lacerda

“A minha alma espera só no Senhor. Dele vem a minha Salvação.”
Salmo 62:1

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Dia da Santa Cruz

Salmo 56, 57
II Rs 21:1-16
I Co 1:1-19
Mt 4:1-11

Atitude Cristã

No Antigo Testamento vemos histórias de reis de Israel que foram maus e injustos e desgostaram a Deus. Mas no Novo Testamento, Jesus, conhecendo o coração dos ho-mens, conclama a todos para deixarem o pecado, se transformarem e serem pregadores do Evangelho. E o que seria deste mundo sem os praticantes da Palavra? Pois até mesmo com atitudes, podemos pregar o Evangelho. O mundo está perdido. Nunca se ouviu falar tanto em corrupção, drogas, violência e isso mostra que não há mais temor a Deus. Porém, ficamos perplexos quando vemos pessoas que se dizem cristãs e até frequentam a igreja, mas praticam atos condenáveis. Exploram servidores, destratam até mesmo pessoas de sua própria família e agem mal até em suas igrejas. Certamente estes não conhecem a Palavra e, por isso, não têm nenhum temor a Deus. Não sabem que: “Os olhos do Senhor percorrem toda a terra” (II Co 16:9). Portanto, aquele que pensa enganá-lo, engana-se a si mesmo. Quem teme a Deus, luta contra todas as forças do mal e sua vida é sempre um exemplo de retidão e Fé.

Suely Álvares Lacerda

“Não tentarás ao Senhor teu Deus.”
Mt 4:7

domingo, 13 de setembro de 2009

15º Domingo de Pentecostes

Salmo 116:21,8
Is 50:4,9
Tg 2:1,8-18
Mc 8:27-38;9:14-29

Fazendo proezas

Davi foi fiel a Deus. Era de origem simples, mas foi escolhido rei de Israel. Seu segredo? Conhecia e praticava a Palavra de Deus. Mesmo na adversidade não se deixava abater, confiava plenamente no Senhor, como ele mesmo dizia nos Salmos. O próprio Deus disse que havia encontrado nele “o homem segundo Seu Coração” (At 3:22). E por esta confiança entendeu que poderia fazer as obras maravilhosas que fez. Ele disse: “Em Deus faremos proezas”... (Sl 108:13), mostrando assim que podemos fazer igual. Normalmente pensamos que tendo Fé e pedindo, Deus fará milagres através de nós. Temos que nos colocar a Seu dispor, para que Ele aja através de nossa pessoa, assim como Davi agiu com o gigante Golias. Quem se dispôs a lutar foi Davi, mas quem lhe deu a vitória foi Deus. É assim conosco ainda hoje, mas precisamos nos conscientizar da nossa parte na “Obra de Deus”. A vida passa rápido e é preciso começar a agir, assumir o lugar no Corpo de Cristo. Orar, crer e agir para que também em nós Ele possa atuar para que aconteçam milagres.

Suely Álvares Lacerda

“Em Deus faremos proezas, pois é Ele quem pisará nossos opressores.”
Salmo 108:13

15º Domingo de Pentecostes

Salmo 116:21,8
Is 50:4,9
Tg 2:1,8-18
Mc 8:27-38;9:14-29

Fazendo proezas

Davi foi fiel a Deus. Era de origem simples, mas foi escolhido rei de Israel. Seu segredo? Conhecia e praticava a Palavra de Deus. Mesmo na adversidade não se deixava abater, confiava plenamente no Senhor, como ele mesmo dizia nos Salmos. O próprio Deus disse que havia encontrado nele “o homem segundo Seu Coração” (At 3:22). E por esta confiança entendeu que poderia fazer as obras maravilhosas que fez. Ele disse: “Em Deus faremos proezas”... (Sl 108:13), mostrando assim que podemos fazer igual. Normalmente pensamos que tendo Fé e pedindo, Deus fará milagres através de nós. Temos que nos colocar a Seu dispor, para que Ele aja através de nossa pessoa, assim como Davi agiu com o gigante Golias. Quem se dispôs a lutar foi Davi, mas quem lhe deu a vitória foi Deus. É assim conosco ainda hoje, mas precisamos nos conscientizar da nossa parte na “Obra de Deus”. A vida passa rápido e é preciso começar a agir, assumir o lugar no Corpo de Cristo. Orar, crer e agir para que também em nós Ele possa atuar para que aconteçam milagres.

Suely Álvares Lacerda

“Em Deus faremos proezas, pois é Ele quem pisará nossos opressores.”
Salmo 108:13

sábado, 12 de setembro de 2009

Salmo 55, 138, 139:1-17(18-23)
I Rs 18:41-19:8
Fl 3:17-4:7
Em quem me comprazo

Estas palavras foram ditas por Deus no momento do batismo de Jesus. É algo que toda criança gostaria de escutar dos seus pais, mestres, o do sacerdote. É algo que, como adultos, queremos ouvir de nossos chefes, companheiros e parceiros. Ocasionalmente nos topamos com alguém que parece se esforçar em enfurecer às outras pessoas. Mas, essa costuma ser a exceção. A maioria das pessoas aspira a que gostem delas. Cair no gosto de outros implica em fazer o que os outros nos pedem que façamos. Mas, o que se passa quando fizer algo pelos outros não nos resulta satisfatório? Quando Deus disse essas palavras sabia que Jesus não faria feliz muitas pessoas com as que se encontraria pelo caminho. Por isso lhe deu o dom de sabe que, acontecesse o que acontecesse, o que lhe aguardava na vida, Deus, seu Pai, estava feliz com Ele. Nos também recebemos este dom no batismo. Ao aceitar Jesus, alegramos a Deus. Deus, por sua vez, nos envia seu Espírito para nos dar o poder de fazer boas coisas. Se isso às vezes nos cria conflitos com o mundo, podemos nos comprazer sabendo que Deus esta feliz conosco.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará.”
Salmo 55:16

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Salmo 40, 54, 51
I Rs 18:20-40
Fl 3:1-16
Mt 3:1-12

Preparai o caminho do Senhor

Roupas de pelo de camelo, gafanhotos, mel silvestre de alimento. Que personagem mais curioso! Apesar do seu aspecto, as pessoas se aproximavam dele para que as batizasse. Às vezes Deus utiliza pessoas estranhas como mensageiros. Faz muito tempo participava de uma paróquia que tinha um refeitório, graças ao qual eram servidos almoços quentes para as crianças. Durante um tempo houve uma onda de roubos em varias igrejas da cidade, mas na nossa não aconteceu nada. Sentíamos-nos abençoados, mas também tínhamos muita curiosidade. Um dia descobri a razão. Havia um homem sem-teto que tinha se dedicado a falar para os outros que nossa igreja era um lugar que devia ser protegido dos malfeitores. O homem tinha falado com amigos da rua para lhes contar que nossa igreja não só ajudava os pobres, mas que os aceitava assim como eram. Na verdade – cada semana chegava gente nova buscando ajuda, e afirmando que esse homem tinha lhes enviado para nós. O homem, que se chamava João, era pobre, não tinha um lar, e muita gente o evitava por causa do seu aspecto, mas, como João Batista, sabia por os outros no caminho da verdade. Quando buscamos formas de ser mensageiros de Jesus, lembremos que às vezes o melhor que podemos fazer é ensinar o caminho a outros.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Abre, Senhor,os meus lábios, e minha boca anunciará o teu louvor.”
Salmo 51:15

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Salmo50, 93, 96
I Rs 18:1-19
Fl 2:12-30
Mt 2:13-23

Luz no mundo

Paulo usa imagens como “luz do mundo” para alentar os primeiros cristãos para que mantivessem a fé no meio da perseguição e do perigo. Nos dias em que proclamar a Jesus Cristo como Salvador era muito arriscado, Paulo expressava a alegria daqueles que se mantinhas fiéis. Lembro-me de um hino que se cantava faz muitos anos na igreja, que falava da luz que brilha no interior de cada pessoa. Sentado ao redor de uma fogueira, os jovens não pensávamos no mundo como perigoso, e cantávamos o hino com verdadeira alegria por poder proclamar nosso amor por Jesus. Quando o bispo primaz se aposentou, faz já vários anos, os que estavam reunidos no Sínodo receberam luzes de plástico para poder agitá-las simbolizando a alegria de haver servido em sua companhia. Mas, a melhor maneira de se alegrar no Senhor é fazer de nossa vida uma luz no mundo. A maior parte de nós conhece alguma pessoa especial cuja simples presença parece iluminar a habitação na qual se encontra. Assim, devemos ser levando a luz de Cristo.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“... para serem inocentes e íntegros, como perfeitos filhos de Deus que vivem no meio de gente pecadora e corrompida, onde vocês brilham como astros no mundo...”
Fl 2:15

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Salmo 119:49-72,49
I Rs 17:1-24
Fl 2:1-11
Mt 2:1-12

Presentes de sábios

Quem lê o lecionário dia a dia pode perceber que houve uma mudança interessante. As leituras do Evangelho de Marcos concluem com o túmulo aberto, e agora ingressamos na narração de Mateus sobre o nascimento de Jesus. A paixão, ressurreição e nascimento não são leituras que normalmente a gente faz em setembro. Ainda assim, nos lembras que começos e finais fazem partes da vida. Mesmo vivendo em um mundo de avançadíssima tecnologia, no qual a medicina tem melhorado drásticamente as taxas de sobrevivência de bebês e prolongado a vida dos idosos, em muitos países há ainda muitas pessoas que morrem diariamente devido às enfermidades infecciosas, à desnutrição e à carência de água potável. Nossos votos batismais nos convocam a amar nossos próximos e respeitar a dignidade de todas as pessoas. A Igreja Episcopal Anglicana nos tem mos-trado uma forma concreta de fazer isso através das metas para este milênio. Quando doemos alguma coisa para aliviar o sofrimento do mundo, lembremos dos presentes que os sábios deram ao bebê Jesus faz muitos séculos.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Ensina-me a ter verdadeiro entendimento e sabedoria, porque tenho crido em teus mandamentos.”
Salmo 119:66

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Natividade da Bem-aventurada Virgem Maria

Salmo 45, 47, 48
I Rs 16:23-34
Fl 1:12-30
Mc 16:1-8(9-20)

Tremor e espanto

Marcos descreve o estado de ânimo das mulheres que entraram no túmulo. Foram tomadas de temor e espanto. Faz alguns meses vi um exemplo disso. Meu neto havia esperado pacientemente ser o suficientemente alto para poder subir a um brinquedo mecânico em um parque de diversões. Finalmente conseguiu. Seus pais e eu o levamos ao parque e subimos junto com ele a um dos brinquedos maior que havia. Conforme subíamos a uma altura grande e chegávamos na beirada, pude ver em seu rosto e em seu corpo um tremor de tanta emoção, e o medo. As mulheres, na narração do Evangelho, entram cautelosamente ao túmulo e se encontram com uma realidade aterradora. Sem tempo para compreender o que se passava, ficaram estupefatas com o descobrimento. Ás vezes as emoções muito fortes se combinam em nosso interior em momentos muito especiais. Graças a Deus, porque Ele nos acompanha nesses momentos.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Porque este Deus é nosso Deus para todo o sempre; é ele quem nos guiará perpetuamente.”
Salmo 48:14

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Dia da Pátria

Salmo 41, 52, 44
I Rs 13:1-10
Fl 1:1-11
Mc 15:40-47

Esperando o reino de Deus

O outro dia escutei uma coisa que me deixou de muito mal humor.. Um amigo me disse que tentava de tirar o maior proveito possí-vel à vida, porque depois da morte no havia nada. Para ele, e para outros que partilham da sua filosofia, não há sentido algum em esperar o reino de Deus. Eu creio que, de fato, já fazemos parte do reino. Contudo, há muitas coisas que ainda devem acontecer e que nos serão reveladas em seu devido momento. Eu espero ansiosamente esse momento. Não se confundam. Esperar ansiosamente não significa querer que as coisas aconteçam amanhã. Há muitas coisas que ainda quero fazer na vida. José de Arimatéia foi muito valente ao admitir o que ele acreditava. É muito fácil para nós, hoje, admitir o que cremos perante qualquer pessoa. Tomara que possa-mos atual com a mesma segurança diante daqueles que não acreditam em nada.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Quanto a mim, manter-me-ás na minha integridade; e me colocarás diante da tua face para sempre.”
Salmo 41:12

domingo, 6 de setembro de 2009

14º Domingo de Pentecostes

Salmo 119:33-48
Ez 33: (1-6)7-11
Rm 12:9-21
Mt 18:15-20

A busca da verdade através do diálogo fraterno e comunitário

Onde há duas ou três pessoas reunidas em nome de Jesus ele está, conforme sua promessa. Mas, onde se reúnem duas ou três pessoa há também muitos problemas de relacionamento e compreen-são. Boas partes das cartas do apóstolo Paulo tratam de problemas comunitários. Na leitura deste do-mingo aparece algo semelhante a uma oração, que o apóstolo faz em favor da comunidade: “que o amor fraterno vos uma com mútua afeição, rivalizai na mútua estima” (Rm 12:10). A Comunhão Anglicana se diz unida por laços de mútua afeição, não por confissões de fé ou aparelhos legais. No entanto, como é difícil rivalizar nisso! Muito mais fácil é ficar de mal, viver na desconfiança mútua, impor nossa vontade unilateralmente ou usar abusivamente da autoridade. O Evangelho nos mostra que o único caminho para superar as dificuldades de relacionamento e encontrar a verdade de Deus no meio dos conflitos é o diálogo. Jesus aconselha que primeiro se deve ter uma conversa particular com a pessoa, ouvir o que tem a dizer, tentar compreender e amá-la em seu direito de ser alguém e ter um pensamento. Quantas vezes quando fui direto para a pessoa perguntar sobre o que tinha dito ou feito tudo ficou ali mesmo resolvido. Eu mesmo, em uma ocasião falei algo de uma pessoa para outra, a terceira pessoa falou então com a primeira e, durante um desentendimento entre eles, lhe contou o que eu tinha dito. Como a conhecia há muitos anos ela me chamou, me contou o acontecido e me perguntou se eu tinha dito aquilo. Então, eu disse: “Sim, eu disse, e me arrependo”. Outras vezes as coisas tem que ser tratadas em um grupo maior, como na Junta Paroquial ou no grupo de Mulheres ou Jovens, deixando que todos possa falar e ouvir. Então, Jesus está livre para agir e se manifestar, ali, onde duas ou três pessoas estão dispostas a viver a verdade em Seu Nome.

Humberto Maiztegui Gonçalves

“Eis que tenho desejado os teus preceitos;dá-me vida na tua justiça.”
Salmo 119:40

sábado, 5 de setembro de 2009

Salmo 30;32;42;43
I Rs 12:1-20
Tg 5:7-12, 19-20
Mc 15:33-39

Expirou

ada sexta-feira santa, a final da celebração, me invade uma sensação de esgotamento físico e moral. O dramatismo da leitura da Paixão e o sermão me impactam profundamente. Um tempo atrás fui visitar um amigo que agonizava. Em suas horas finais, até respirar lhe causa uma dor considerável. Já tínhamos nos despedido, mas quis lhe acompanhar até o último momento. Finalmente expirou. Mesmo que eu soubesse no meu coração que voltarí-amos a nos encontrar no dia da ressurreição, vê-lo morrer me impactou. No momento da criação, Deus deu vida a terra com seu sopro. Em Pentecóstes, o sopro do Espírito se espa-lha entre a multidão. Em alguns batismos, o sacerdote assopra sobre a água. O assopro é símbolo da vida. A ausência do fôlego é a morte. Mas para Jesus, seu último suspiro no foi a morte. Nem para nós os mortais. Nosso corpo pode morrer, nossos pulmões e coração parar de funcionar, mas então Deus nos dá seu fôlego, e começa uma nova vida em sua glória.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Exaltar-te-ei, Senhor, porque tu me levantaste,não permitindo que meus adversários se alegrassem sobre mim.”
Salmo 30:1

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Salmo 31;35
I Rs 11:26-43
Tg 4:13-5:6
Mc 15:22-32


Insultos

Traído, preso, torturado, Jesus concluía aquele nefasto dia na cruz. Nem sequer em seus últimos momentos lhe deixaram em paz. A gente o insultava porque não usava seus poderes para se salvar. Faz um tempo eu conversava com algumas pessoas sobre um político que tinha sido preso por conduta imprópria. Ninguém apóia o que ele fez, mas a gente estava dividida em relação à culpa de outra funcionária, que o tinha denunciado para as autoridades e que acabou sendo demitida. Alguns afirmavam que a mulher tinha agido com valentia, mas outros comentavam que teria sido melhor ficar calada para proteger seu emprego. A conversa parecia ir ao rumo de insultar aquela mulher. Quando nos enfrentamos a uma decisão moral, nossa natureza nos pede que façamos uma pausa e consideremos os custos. Pois, o mais provável é que ninguém queria nos ajudar e que haja quem ainda nos insulte. Jesus nos ensina como fazer diante de momentos difíceis como esses. Jesus fez ouvidos surdos para os insultos, perdoou seus agressores, e voltou dentre os mortos para salvá-los. Que Jesus seja nosso salvador quando o mundo nos insulte.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“As pessoas que passavam por aí o insultavam, balançando a cabeça edizendo: ‘Ei! Você que ia destruir o Templo, e construí-lo de novo em três dias, salve-se a si mesmo! Desça da cruz!”
Mc 15:29-30

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Salmo 37:1-18 (19-42);
I Rs 11:1-13
Tg 3:13-4:12
Mc 15:12-21

Obrigaram-no a carregar a Cruz

Faz vários anos que acompanhei um grupo de quarenta adolescentes em uma viagem a uma reserva indígena. Desco-brimos, ao chegar, que o ônibus que contratamos planejava nos deixar na reserva e voltar a nos procurar três semanas depois. No entanto, no contrato tínhamos deixado claro que precisaríamos do ônibus conosco, como nosso meio de transporte. O encarregado informou ao motorista que mal teve tempo para se preparar. Conversando com aquele homem, soube que ele tinha se empregado como motorista depois de abandonar a universidade, pois não tinha como estudar e manter sua família. Seu sonho era ser treinador de uma equipe esportiva. Então comentei com ele que nenhum dos meus guris tinha habilidades atléticas. Inspirado por esta observação, o homem aceitou ser não só nosso motorista, mas se transformou em nosso diretor desportivo. De certa forma, esse homem sentia que a vida o tinha deixado para trás por ter que abandonar a universidade e trabalhar como motorista de ônibus. Trabalhando para nós, poderia ter se limitado apenas a nos levar de um lado para outro por três semanas. Mas, ao invés disso se envolveu com nosso grupo, e todos saíram ganhando. Não deixemos passar batidas as oportunidades de aprender, crescer ou doar.

Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Confia no Senhor e pratica o bem;habita na terra e alimenta-te a verdade.”
Salmo 37:3

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mártires de Nova Guiné, 1942

Salmo 38,
119:25-48
I Rs 9:24-10:13.
Tg 3:1-12
Mc 15:1-11

Tu o dizes...

Algumas pessoas vivem focadas somente em si mesmas. Seja em situações sociais, ou na interação com colegas de trabalho, às vezes nos sentimos presos por pessoas cujo único objetivo parece ser nos convencer do importante que elas são.
Isso pode continuar até depois da morte. Quantos anúncios de funerais você tem lido que tem mais de dois parágrafos de extensão? Por outro lado, também conhecemos muitas pessoas que evitam chamar a atenção, e que se incomodam quando são objeto da observação de outras e se negam a aceitar elogios e felicitações.
Jesus nos mostra um justo equilíbrio entre esses extremos. Na sua vida, Jesus nunca fugiu de seu próprio poder, o usou para sarar os enfermos e expulsar demônios. No entanto, quando se enfrentou a Pilatos, não se exaltou a si mesmo, nem negou quem Ele era, mas deixou que o próprio Pilatos o identificasse.
Nós devemos buscar ser honestos em relação a quem somos na realidade, sem presumir do que não somos, mas reconhecendo o temos conseguido. Afinal, somos filhos de Deus. Nem mais, nem menos.
Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Pilatos interrogou a Jesus: ‘Tu és o rei dos judeus?’
Jesus respondeu: ‘É você que está dizendo isso.’”
Mc 15:2

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Salmo 26,28
I Rs 8:65-9:9
Tg 2:14-26
Mc 14:66-72

Não conheço esse homem

É fácil nos compararmos com pessoas que admiramos, especialmente quando essas pessoas são objetos de admiração. Mas, seguir admirando-as quando são objeto de críticas ou perseguição é farinha de outro saco.
Quando a multidão ovaciona o herói é fácil se unir a ela. Quando um político é seguido pelas massas, é fácil acompanhá-lo. Mas, a verdadeira prova de nosso compromisso está nos momentos de crise.
Ninguém tinha sido mais leal a Jesus do que Pedro. Porém, depois da prisão de Jesus, Pedro, o leal Pedro, negou até o conhecer. Superficialmente parece uma traição. Mas, para qualquer um de nós que tenha passado por momentos como estes e que, como Pedro, tenha falhado, esta história é, na verdade, uma janela aberta para a boa nova. Porque depois de passado o momento da dúvida e fraqueza humanas, Jesus nos perdoa e nos aceita de novo.
A redenção de Pedro é nossa também. Os momentos de negação e fracasso não são eternos. De nossas debilidades podem surgir oportunidades para nos transformar em rochas.
Versão adaptada de “Dia a Dia”

“Examina-me, Senhor, e experimenta-me;
prova meu íntimo e meu coração.”
Salmo 26:2