quinta-feira, 30 de junho de 2011

Salmo 105
I Samuel 8:1-22
Atos 6:15-7:6
Lucas 22:24-30

Reconhecer o dom de Deus na diversidade

“A  Igreja  é  uma  comunidade  na  qual Cristo  é  um  para  todos;  uma comunidade na que Cristo dá em cada um algo para todos. Portanto, quando reconhecemos o dom de Cristo, estamos reconhecendo uns nos outros a imagem da eterna entrega de Deus. Uma das coisas mais importantes que pode acontecer em uma comunidade cristã é quando ela consegue abrir caminho através das barreiras da dor e aprende a ser agradecida pela pessoa que está ao seu lado. É algo difícil para cada um de nós, porque a pessoa que está ao nosso  lado não é sempre uma pessoa por quem, de forma natural, quiséssemos dar graças, e isso acontece nas congregações cristãs. Sendo assim é ainda menor a probabilidade de darmos graças pela outra igreja, que fica a apenas uma quadra da nossa. Mas, acontece se reconhecemos a imagem, se reconhecemos o dom que Deus dá: o dom modelado segundo Cristo, dado em  toda diversidade do discipulado.”

Arcebispo Rowan Williams 
(Extraído e adaptado de “Diez Conferencias”, 2005; p.133-134).


Texto para Meditação
“Louvai ao SENHOR, e invocai o seu nome; fazei conhecidas as suas obras entre os povos.” Salmo 105:1

Intercessão
Oremos para que vivamos intensamente o sentido de sermos comunidade e de sermos Igreja, dando graças a Deus pela diversidade dos seus dons e da sua criação.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

São Pedro e São Paulo, apóstolos

Salmos 87
Ezequiel 34:11-16
II Timóteo 4:1-8
João 21:15-19

Jesus e a Lei

“Para Paulo, Deus  revelou, na morte de Cristo, a  inadequação da Lei.  Isso pode  induzir a erro o  leitor moderno,  levando-o a pensar que Paulo  foi tomado  por  algum  tipo  de  otimismo  libertário,  contra  as  regras  e  os regulamentos.  Paulo,  no  entanto,  tratou  a  Lei  como  o  que  ela  é, fundamentalmente,  auto-dependência.  Viver  pela  Lei  é  viver  pelo acumulo de padrões de comportamento, planos e projetos e organizações de nossa vida humana. É verdade que não podemos viver sem estas coisas: a lei foi dada a Israel como um presente, como a possibilidade de um padrão de comportamento que honrasse a Deus em cada detalhe da vida  individual e corporativa; mas quando se  transformou e um assunto de demanda abstrata, cuja satisfação pode justificar um sentido de 'clamor' do  favor de Deus, ela passou a  ter um sentido de opressão de si mesmo e de outros  (...).
A Lei, no sentido dado por Paulo, foi a responsável pela morte de Jesus. 
Um monopolizado e opressivo padrão de controle religioso não é capaz de coexistir com o projeto de uma sociedade na qual a capacidade de crer é o único fator determinante para que uma pessoa conte, ou não conte, como  participante.  A  crença  em  Jesus-Deus  é  num  Deus  de acessibilidade  incondicional e de  compaixão  imparcial, que é  também crença em uma misericórdia anárquica que  ignora ordem,  rango, e mérito. 
Essa crença leva a ver que nossos projetos e padrões têm a marca do fracasso, da  ilusão, da crença  imatura que podemos ditar o que é verdade e  realidade”. 

Arcebispo Rowan Williams 
(Extraído e adaptado de “The wound of Knowledge”, p.6-7. 1990).


Texto para Meditação
“Porque assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei.” Ezequiel 34:11

Intercessão
Oremos para que a religião cristã ou qualquer outra, não seja usada como lei para oprimir, matar ou excluir; mas que vivamos a fé em Cristo pela graça de sua incondicional e imparcial misericórdia.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Irineu, Bispo de Lyon, 202 e Egmont Machado Krischke, 1º Primaz da IEAB, 1971

Salmos [120], 121, 122, 123 ou 124, 125, 126, [127]
I Samuel 11:1-15
Atos 8:1-13
Lucas 22:63-71

O Filho de Deus que sofreu por nós

“As  expressões  único,  no  Credo Apostólico,  e  unigênito,  no  Credo Niceno, denotam explicitamente que Jesus é Filho de Deus em sentido exclusivo e eterno. É  indiscutível que o Senhor manifestou, mais de uma ocasião, ter plena consciência desta realidade única de Filho com Deus Pai, em sentido que nenhum ser humano poderia dar às suas relações com o Criador. Não temeu sequer a celeuma perigosa que a Sua  atitude  fatalmente  desencadearia  entre  os  teólogos  judaicos. 
Temos o testemunho de Cristo quanto ao Seu íntimo conhecimento de Deus,  como  quem,  na  qualidade  de  Filho,  participa  da  própria Divindade e do poder que esta possui (...) A glória do Cristianismo (...) o plano pelo qual Deus, na Pessoa e missão de Seu amado Filho, trouxe à humanidade a salvação (...) Aquele que sofreu na Cruz pelos nossos pecados, é nada menos que o Filho de Deus; sofreu, porém, revestido de nossa natureza humana”.

Dom Egmont Machado Krischke
(Extraído e adaptado do livro “A Estrutura da Fé”; p. 50, 59, 60; Editora Metrópole. Porto Alegre, 1957).

Texto para Meditação
“E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou.” Lucas 22:70

Intercessão
Busquemos em oração tal apreciação da dimensão da dádiva recebida de Deus, que assumindo nossa natureza humana, sendo Filho de Deus, se entregou por amor de nós, para que nós olhando para Ele entendêssemos o sentido profundo do amor. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Salmo 106
I Samuel 10:17-27
Atos 7:44-8:1a
Lucas 22:52-62

Perdão e assassinato

“E, pondo-se de  joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não  lhes imputes este pecado. E,  tendo dito  isto, adormeceu”  (Atos 7:60).
“A verdade é que se respondermos violentamente, nossa violência vai ser algo diferente. É pouco provável que possamos nos apoiar no tipo de  paixão  de  alguém  que  não  tem  nada  a  perder,  o  terrível  auto-abandono do assassino suicida que é uma sorte de paródia grotesca do auto-abandono  do  amor.  No  é  que  'naturalmente'  sejamos  menos violentos e mais compassivos. O histórico de horrores na Europa e Norte-américa deve dissolver esta  ilusão. Mas, definitivamente, não agimos desde o desespero e o abandono, não agimos desde essa destruição imaginada que só entende que está agindo quando infringe dor e destruição  (...) Poderíamos dizer:   'devo esforçar-me em aprender tua  linguagem. 
Devo aferrar-me ao que  tenho sentido de  tua desesperança, e devolver o golpe no único idioma que tu compreendes. Assim é que devo me treinar para olhar as mortes passadas de pessoas inocentes para me assegurar  que  minha  ira  tenha  uma  expressão  adequada.  Devo esforçar-me em manter este ápice de energia até que consiga silenciar-te, e então, quem sabe, possa começar a re-aprender a linguagem que costumava  falar”. 

Arcebispo Rowan Williams
(Extraído de “Escribiendo en el polvo: después del 11 de Setiembre”;  p.20-28)


Texto para Meditação
“E derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e de suas filhas que sacrificaram aos ídolos de Canaã; e a terra foi manchada com sangue.” Salmo 106:38

Intercessão
Oremos pelas famílias e pessoas vítimas de todas as formas de violência e pelos esforços para superar este mal, que Deus nos mostre o caminho da justiça que cura e da paz que liberta.

domingo, 26 de junho de 2011

2º Domingo de Pentecostes (Próprio 8)

Salmo 89
Isaías 2:10-17
Romanos 1:15b-19
Mateus 10: (16-23), 24-33

Ovelhas e Lobos no mundo do terror e do poder

“Eis que  vos envio  como ovelhas ao meio de  lobos; portanto,  sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas” (Mateus 10:16).
“Efetivamente  a  religiosidade  pode  ser  uma  ferramenta  para  impor percepções doentias da realidade. Muçulmano ou não, a religiosidade pode se converter em uma  forma de ensinarmos nós mesmos a não ver a agonia humana individual, concreta no tempo e no espaço, que grita justo na  frente de nós. Ou ainda pior, a  religiosidade pode ensinar-nos a não ver nossa violência, nossa culpa real, colocando no lugar nosso pecado apenas  'religioso' e abstrato. Nossa  linguagem religiosa, nossa visão  e  conhecimento  religiosos  necessitam  de  algum  tipo  de purificação”.

Arcebispo Rowan Williams
(Extraído de “Escribiendo en el polvo: después del 11 de Setiembre”;  p.9-10)

Texto para Meditação
“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” Romanos 1:17

Intercessão
Oremos para que a religiosidade humana, especialmente a fé cristã, possa servir de vínculo de paz, de ferramenta de vida e de esperança de reconciliação entre todos os povos.

sábado, 18 de junho de 2011

Bernardo Mizeki, Catequista e mártir na Rodésia, 1836

Salmos 87, 90 ou 136
I Samuel 4:1-11
Atos 4:32-5:11
Lucas 21:20-28

Deus é Bom

O Salmo 136 é um  importante  texto sobre a natureza de Deus. Em forma de litania responsiva, seu refrão se baseia na declaração de que a bondade do Senhor dura para sempre. O texto faz a declaração de que Deus é Deus dos deuses. Esse é o  registro histórico da evolução da fé de Israel, da monolatria para o monoteísmo, ou seja, haviam outros deuses adorados e atuantes entre os clãs semitas, mas no clã pastoril e nômade hebreu, Javé era o Deus unicamente adorado. A teologia da natureza soberana de Deus (Javé) cresce ao longo do texto, quando é declarado Senhor dos  senhores. Sua  soberania é  resgatada  com a história da  redenção de  Israel com o  livramento no Egito, com o domínio sobre toda a criação e a própria autoria da criação, a conquista da terra de Canaã e sua providência as suas criaturas. 
O texto é uma importante fonte cúltica de Israel, uma importante fonte da Teologia da Criação e da Doutrina sobre Deus. Mas nada disso seria importante, se o refrão não o declarasse como eternamente benigno. 
Deus faz tudo bom porque Ele é bom! Deus é tudo de Bom, como dizia Sta. Julian de Norwich. A bondade de Deus aflora todos os dias para nós e nos  inspira. Mas é bem verdade que o mundo  também está cheio do mal e daqueles que vivem de seus benefícios. Nossa oração, une-se ao de  todo o povo de Deus, desejando que a bondade do Senhor nasça nos corações e mentes de  todos.

Rev. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS

Texto para Meditação
“...pois sua bondade subsiste para sempre!” Salmo 136

Intercessão
Oremos por todos os que perderam suas esperanças num mundo melhor, por aqueles que perderam a fé na transformação da humanidade e por aqueles que vivem sob o patrocínio do mal.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Salmos 88 ou 91, 92
I Samuel 3:1-21
Atos 2:37-47
Lucas 21:5-19

Fala, que o teu servo escuta!

O  texto de primeira Samuel  relata  sobre a  revelação do Senhor ao jovem Samuel. No  relato, o Senhor o chama por  três vezes, e, não entendendo,  Samuel  procura  Eli,  o  sacerdote  do  templo,  que percebendo,  instrui-o a responder ao chamado do Senhor. A palavra do Senhor a Samuel era um recado de confirmação de sua promessa de morte aos filhos de Eli. Samuel, no dia seguinte, é procurado por Eli para contar-lhe o que o Senhor o havia  revelado. 
Muitas  vezes,  em  nosso  ministério  cristão,  recebemos  de  Deus, palavras duras para serem  transmitidas para aqueles que nos estão próximos. São exortações que devemos  transmitir para que as pessoas emendem  seus  caminhos  e  vidas  e  busquem  a  reconciliação  com Deus, com seus irmãos e com a criação. Mas, em nossa negligência, muitas  vezes  não  transmitimos  essas  exortações.  Somos  sempre conduzidos  às  palavras  sempre  consoladoras.  Somos  sempre impelidos a  falar sobre o amor  incondicional e  incomensurável de Deus, mas esquecemos que Deus é justo e ama os que o honram. E, nossa omissão é igualmente errado aos olhos de Deus. Samuel era jovem, mas  teve que  transmitir a difícil mensagem do Senhor para o sacerdote Eli. Não  tenha medo de  “biquinhos” ou dos melindres que palavras duras  de  exortação  poderão  causar  nas  pessoas,  simplesmente obedeça e  transmita aquilo que o Senhor  tem dito ao seu coração.

Rev. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS

Texto para Meditação
“...fala que o o teu servo escuta.” I Samuel 3.10

Intercessão
Oremos pelos penitentes, para que encontrem a alegria da salvação.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Salmos [83], 34 ou 85, 86
I Samuel 2:27-36
Atos 2:22-36
Lucas 20:41-21:4

Senhor e Cristo

O Discurso de S. Pedro, relatado nos Atos dos Apóstolos, tem como premissa teológica, a idéia da Realeza de Jesus. Jesus, desde o relato evangélico, na adoração dos  reis, é  reconhecido como Rei, Deus e vencedor da morte. Sua genealogia o liga ao mais famoso rei de Israel, Davi. A Dinastia davídica encerrou-se com o exílio babilônico, daí em diante, a expectativa de que um descendente real de Davi voltasse a governar  soberanamente  como  libertador  (Messias/Cristo),  ganhou força. S. Pedro utiliza-se de dois adjetivos exclusivos aos reis: Senhor (Kyrie) e Cristo (ungido). Apenas reis eram chamados de Senhor, como que um pronome de tratamento, e apenas reis eram “ungidos” como ainda  são,  conforme a  tradição. Mas o  reinado de  Jesus não é  tão somente  sobre  Israel,  e  sua  libertação  não  é  apenas  da  opressiva presença romana, mas sim sobre toda a Criação e sua libertação é da morte. 
A vitória de Jesus  foi garantida com o seu sacrifício e seu  triunfo sobre a morte. Sua vitória inaugura o Reino de Deus que liberta a existência humana  da  finitude,  da morte,  do  fim,  para  uma  nova  condição  de existência: eternidade, plenitude de vida, alegria profunda na salvação e o seu senhorio é de Justiça e Paz. Cristo, Rei do Universo, agora louvado eternamente no triságio litúrgico: santo, santo, santo, Senhor Deus do universo. Os céus e a  terra estão, plenos da Tua glória!

Rev. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS

Texto para Meditação
“Tu me ensinaste os caminhos da vida, e, me encherás de alegria na tua presença.” Atos 2.28

Intercessão
Oremos aos nossos governantes, autoridades civis e militares para que governem com justiça e paz.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Salmos 119:97-120 ou 81, 82
I Samuel 2:12-26
Atos 2:12-21
Lucas 20:27-40

Mel, Lâmpada, Escudo

O que essas três palavras tem em comum? No Salmo 119, essas são as três metáforas  utilizadas  pelo  salmista  para  falar  sobre  a Palavra  de Deus. Falar de Deus é sempre um exercício metafórico, pois Deus é 
insondável e ininteligível. Sua revelação se dá na história e na criação, e ainda assim, sua natureza é  inacessível ao entendimento humano. Mário Quintana  dizia  em  seu  poema  “se  eu  fosse  padre”  que  'todo  poema sempre  leva a Deus'. O salmo é um  isso, poesia! 
Hoje  sabemos  que  a  sinestesia  é  uma  sensação  neurológica comprovada cientificamente. Pessoas sinestésicas sentem sabor com as palavras. Jesus dizia no deserto que 'nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus'. Alimentar-se da Palavra, sentir seu sabor, apreciar é algo absolutamente existencial. Os Titãs  já diziam na música:  'a gente não quer só comida, a gente quer comida,  diversão  balé...'  É  fundamental  alimentar  o  espírito.  Nosso alimento, pão ou mel como diz o salmista, é a Palavra de Deus. A Palavra é  Lâmpada,  é  Luz!  A  ignorância  humana  é  sempre  figurada  pela escuridão, trevas. A primeira descoberta humana foi o fogo, a luz para a noite, o calor para o  frio, a proteção contra o  inimigo. A confiança em Deus, a fé, é o escudo, e a fé vem pelo ouvir a Palavra. A palavra é a semente que germina em nossos corações, e produz a  fé e a confiança, e essa  fé é o nosso escudo diante da  incerteza e dúvida.

Rev. Josué Soares Flores 
Caxias do Sul/RS


Texto para Meditação
“... e meus olhos pousarão de contínuo nos teus estatutos.” Salmo 119.117

Intercessão
Oremos pelas Sociedades Bíblicas e por aqueles que voluntariamente trabalham da publicação na Bíblia para todas as pessoas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Basílio Magno, Bispo de Cesaréia, 379

Salmo 78
I Samuel 1:21-2:211
Atos 1:15-26
Lucas 20:19-26

“... e do que é teu To damos.”

No relato do evangelho de S. Lucas, o famoso diálogo entre Jesus e os espiões sobre o direito de  tributação romano. A pergunta capciosa dos espiões  “é  lícito  ou  não  pagar  tributos  à  César?”  procurava  alguma subversão no ensino de Jesus, que poderia ser usado  legitimamente para sua condenação. Muitas interpretações já foram dadas ao texto: há uma que legitima a total observância dos deveres cívicos para com o Estado, muito usada no período de ditaduras, reforçado pelo uso da doutrina do direito divino dos governantes, como se fossem a expressão da vontade de Deus. Já disseram também, que pelo fato de Jesus pedir uma moeda, era sinal de sua extrema pobreza, e de que o cristão deveria ser assim, completamente despojado e  imaterial. 
As duas visões, dividiram o mundo entre universo  religioso e universo político, ou universo materialista e universo  imaterialista cristão. A questão é  muito  mais  profunda:  O  que  é  realmente  de  César?  Nada absolutamente, pois tudo vem de Deus! O tempo, o espaço, a criação, o fôlego, a salvação,  tudo vem da absoluta misericórdia e compaixão de Deus à nossas vidas. Como dizemos no ofertório  litúrgico:  “Tudo vem de Ti Senhor, e do que é teu To damos.” Nossas vidas devem ser um ofertório (sacrifício vivo e santo) ao Senhor de Tudo. Na Comunhão, tudo o que somos,  temos e  temos  feito, é partilhado em Ação de Graças ao Senhor de Tudo. Portanto, dai a Deus, o que Deus  tem colocado aos seus cuidados, e que não é meu,  teu e muito menos, de César. Tudo é de Deus.

Rev. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS

Texto para Meditação
“Pois dêem a César, o que é de César, e a Deus, o que é de Deus.” Lucas 10.25

Intercessão
Oremos para a completa conversão das nossas vidas, para que entendamos que somos mordomos da criação de Deus.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Salmos 80
I Samuel 1:1-20
Atos 1:1-14
Lucas 20:9-19

Jerusalém, Judéia e Samaria...

O  texto de Atos dos Apóstolos  relata sobre a ordem expressa de Jesus para que  os  apóstolos  permanecessem  em  Jerusalém  para  a  promessa  do Espírito Santo e seu batismo. É dessa epifania do Espírito que eles iriam receber  força para o  testemunho. Essa epifania aconteceu e acontece sempre em nossas vidas, em vários momentos de nossa caminhada de  fé; entretanto,  muitas  vezes  não  temos  bem  claro,  o  sentido  do 'empoderamento' espiritual de que somos capacitados. Conforme o texto, o Espírito dá forças para o testemunho, a começar por Jerusalém, Judéia, Samaria e até as extremidades da  terra. Qual é nossa Jerusalém hoje? 
Muitos de nós, estamos só em nossa casa no que diz  respeito a caminhada de  fé e  testemunho em Cristo. Não  temos nosso cônjuge, ou  filhos, ou pais. 
Nossa Jerusalém é a evangelização de nossa própria família. Para isso, é importante  o  exemplo  de  vida  irrepreensível,  piedoso  e  justo.  Dar testemunho é sobretudo, dar exemplo! E a Judéia? São os nossos vizinhos e amigos. Certamente, em nossos encontros com eles, contamos piadas, histórias corriqueiras e do passado, menos, partilha de nossa  fé. Mais uma vez, é  importante o exemplo pessoal, o  testemunho de vida, que  iniciou em casa (Jerusalém) refletindo vida transformada de nossa família. Nossos amigos  e  vizinhos  verão  o  resplendor  de  Cristo  em  nossas  atitudes evangelizadoras. E a Samaria? São os nossos colegas de  trabalho, de escola  e  faculdade,  de  cursos,  etc...  Aquelas  pessoas  que  vemos semanalmente, mas que não são nossos amigos próximos ou familiares, mas que devemos à eles, o testemunho de transformação em Cristo. Que Deus  inspire a você e a mim, para darmos continuamente este  testemunho de  fé  'até os extremos da  terra...'

Rev. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS


Texto para Meditação
“...Esse Jesus que foi tirado de vocês e levado para o céu, virá do mesmo modo com que vocês o viram partir para o céu.” Atos 1.11

Intercessão
Oremos por nossas famílias, amigos e vizinhos, colegas e desconhecidos, para que sejam alcançados pela graça salvífica de Deus por meio de nosso testemunho.

domingo, 12 de junho de 2011

Domingo de Pentecostes - ENCERRAMENTO DA SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

Salmo 33:12-22
Gênesis 11:1-9
Romanos 8:14-17,22-27
João 7:37-39a

Se não tiver amor...

O  texto de Gênesis condensa o  relato da construção da Torre de Babel. No relato, a construção inicia-se por pura vaidade humana e demonstração da prepotência de um povo mediante os demais. O Senhor visita este lugar,  e  age  de  forma  a  paralisar  completamente  esta  construção. O Senhor simplesmente 'confunde' sua língua, e não há mais compreensão e  entendimento  entre  eles. A  falta  de  compreensão  e  entendimento, particularmente na linguagem, é o elemento fundamental pelo insucesso, pois  é  a  linguagem  que  trans-mite,  trans-porta  o  conhecimento  e  a informação. É  a  partir  da  linguagem  que  as  coisas  se  constroem. No Gênesis, Deus, o Grande Arquiteto, constrói todo o universo e tudo o que existe apenas  falando, dizendo. 
Hoje, é o Dia dos Namorados. S. Paulo dizia em sua primeira carta aos Coríntios que 'ainda que eu fale as línguas dos homens e a dos anjos, se não tiver amor, eu nada seria'. O amor é a essência da linguagem. Ainda 
que existam várias formas de se comunicar, e conteúdos para comunicar, é o amor a essência da Comunicação. S. João nos diz em seu Evangelho que  'o verbo se  fez carne e habitou entre nós'.
Jesus é a comunicação (ponte) que propiciou novamente o diálogo entre Deus e a humanidade. Certamente o leitor agora pergunta, e o que isso tudo  tem  a  ver  com  o Dia  dos Namorados? A  verdade  é  que nossas 
relações começam a se deteriorar quando não há mais entendimento, ou quando o diálogo não mais existe. Roguemos a Deus, para que aconteça em nossas vidas um Pentecostes de Amor nos  relacionamentos. 

Rev. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS


Texto para Meditação
“O Mundo inteiro falava a mesma língua, com as mesmas palavras.” Gênesis 11.1

Intercessão
Oremos por todos os casais de namorados, noivos, casados a mais ou menos tempo, para que nunca percam a compreensão da linguagem do Amor de Deus em suas vidas.

sábado, 11 de junho de 2011

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS - São Bernabé, Apóstolo

Salmos 107:33-43 ou 108
Ezequiel 43:1-12
Hebreus 9:1-14
Lucas 11:14-23

Limpar a casa

Hoje  há muita  propaganda  sobre  “possessão  demoníaca”  e  coisas desse  tipo.  Isso é verdade? Em parte é verdade. Sermos possuídos por um  poder maligno  é  sermos  conduzidos  para  fazer  coisas  que  nos fazem mal e fazem mal a outras pessoas. Na antiguidade a possessão era  diagnosticada  quando  a  pessoa  agia  fora  de  si,  sem  controle consciente dos seus atos. Podemos dizer que drogas e excesso de álcool se enquadram bem dentro destes demônios. Outros se entopem de medicamentos do  tipo  “tarja preta”. 
Tem os possuídos por compulsões como o jogo, o sexo, a violência. Estes demônios não são apenas individuais, são demônios sociais e culturais,  de  uma  sociedade  cada  vez mais  egoísta  e  sem  valores. 
Expulsar estas forças em nome de Jesus é construir novas relações entre as pessoas, dentro das famílias, nas relações de trabalho, novas manifestações  culturais  que  ajudem  a  entender  a  realidade  e  não apenas estimulem mais o que está ai. Mas, não adianta “limpar a casa” se não colocar no lugar o projeto libertador de Deus. Por isso nossas comunidades, e cada pessoa dentro delas, devem ter claro que, como fala o profeta Ezequiel, devemos ser portas,  limiares, entre esse mundo endemoniado e mundo  libertado. Quando olhem para dentro das portas de nossas comunidades devem ver algo novo e ao sair levar essa Boa Notícia ao mundo! 

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” Lucas 14:23

Intercessão
Oremos para que possamos encontrar na vida comunitária o estímulo para vivermos e acreditarmos na possibilidade de um mundo livre de morte, engano e destruição. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

Salmos 102 ou 107:1-32
Ezequiel 34:17-31
Hebreus 8:1-13
Lucas 10:38-42

Ovelhas fracas e magras

O profeta Ezequiel anuncia que Deus escolherá as ovelhas magras e afastará as ovelhas gordas. A figura simbólica é explicada no próprio texto,  acontece  que  as  gordas  tinham  engordado  pisoteando  e chifrando as que, sendo excluídas das pastagens,  ficaram magras e fracas. Muita gente pergunta se Deus é contra os ricos. Na verdade Deus não é contra os ricos por serem ricos. Deus desde seus profetas, através dos Dez Mandamentos, e em muitas ocasiões, lembrou que a cobiça  e  o  engano  são  mecanismos  inválidos  de  enriquecimento. 
Vivemos em um sistema em que os mais ricos se beneficiam de  tudo, e os mais pobres só ganham se  isso beneficiar os mais  ricos. Se você  tem dinheiro para comprar a vista não paga juros, não é. Você se beneficia por ter dinheiro. Se você ganha pouco tem que poupar (o que beneficia os bancos que usam seu dinheiro para emprestar a altos  juros). 
Se não poupar paga os  juros que de novo beneficia os bancos. Se você ganha uma bolada de dinheiro pode viver o resto da vida sem  trabalhar, só recebendo. Se não tem dinheiro tem que trabalhar e se não puder trabalhar fica na miséria. A revelação bíblica nos chama a denunciar isso e a viver novas relações, em comunidade, onde todas as pessoas, e  todas as  formas de contribuir,  têm  igual valor, e onde o Reino de Deus é para  todos, sem exclusões, sem prevalecimentos.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“Acaso não vos basta pastar os bons pastos, senão que pisais o resto de vossos pastos aos vossos pés? E não vos basta beber as águas claras, senão que sujais o resto com os vossos pés.” Ezequiel 34:18

Intercessão
Oremos para que nossa vida cristã seja sinal do Reino de Deus onde todas as pessoas têm igual valor, onde todo trabalho é igualmente valorizado, onde não há pessoas excluídas nem prevalecidas.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

Salmos 105
Ezequiel 18:1-4,19-32
Hebreus 7:18-28
Lucas 10:25-37

Faz isso e viverás!

Queremos viver? Claro, quem não quer. Quase  todo o que  fazemos visa garantir nossa sobrevivência. Pensar em viver é pensar em  “mim” e depois nos “meus” (seres queridos) e nas “minhas” (coisas). O doutor 
da lei que questionou Jesus sobre a “sobrevivência” eterna. Ele queria viver. Jesus lhe perguntou sobre a lei que ele usava para sobreviver. O doutor mostrou seu conhecimento e respondeu corretamente. Então Jesus lhe diz: “faz isso e viverás”. Com isso Jesus mostra que o doutor da  lei  já sabia  (portanto o problema não era saber, mas  fazer!). 
Depois  o  doutor  tenta  se  desculpar  perguntando:  “quem  é  o  meu próximo?”. De novo Jesus o coloca em uma situação onde percebe que o problema não é “quem é o meu próximo”, mas “eu sou próximo de quem?”.  Também  ele  responde  bem,  ao  que  Jesus  novamente responde:  “vai  tu e  faz o mesmo”! Sabemos o que  fazer, sabemos o que é eterno. Agora só  falta uma coisa:  “ir e  fazer o mesmo”.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.”  Lucas 10:37

Intercessão
Oremos para que Deus nos ajude a darmos menos desculpas e a buscar fazer aquilo que nos leva à vida eterna e que leva vida para todas as pessoas.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS - Mês da Missão da IEAB - Pioneiros da IEAB, Vicente Brande

Salmos 101, 109 ou 119:121-144
Ezequiel11:14-25
Hebreus 7:1-17
Lucas 10:17-24

Verdadeira alegria

Quando os discípulos voltaram da missão estavam admirados! Pessoas doentes e possessas de todo tipo de aflição eram libertadas e curadas, que maravilha! Jesus mesmo disse que o sucesso foi tal que viu Satanás caindo do céu! Mas, depois de  reconhecer o sucesso e a  fé dos apóstolos, Jesus  disse  que  a  verdadeira  alegria  não  estava  em  nada  disso.  A verdadeira alegria e  ter o nome  inscrito no céu. O nome na época de Jesus era o documento de  identidade. O céu é o  lugar onde  tudo o que Deus quer já  está  realizado. Portanto,  a  alegria  estava  em  saber  que  identidade destas  pessoas  estava  eternamente  vinculada  à  plena  realização  da vontade de Deus! 
Qual é a tua alegria? Não faz mal se alegrar pelo sucesso, pelas benções de Deus, por milagres e prodígios. Mas, quando pensas em  teu nome, ele está vinculado à vontade de Deus, percebes que ele pode estar  inscrito no céu se abraçares a Missão de Deus em Cristo? Queres isso? Ou apenas queremos  nos  alegrar  pelo  benefício  imediato?  Pois  nada  é  mais duradouro, nem eterno que a vontade de Deus. 

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” Lucas 10:20

Intercessão
Oremos para que nossa fé não seja apenas um costume, ou apenas baseada em grandes sinais, mas que possamos abraçar a vontade de Deus como parte de nossa vida e identidade.

terça-feira, 7 de junho de 2011

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS - Mês da Missão da IEAB - Pioneiros da IEAB, Antônio Fraga

Salmos 97, 99, [100] ou 94, [95]
Ezequiel 7:10-15,23b-27
Hebreus 6:13-20
Lucas 10:1-17

A seara e grande e a gente pouca

Se você não é da Igreja Anglicana é bom saber que somos uma igreja pequena. Quando fazemos censos e levantamentos nos descobrimos menores ainda. Se você é da  Igreja Anglicana  já sabe como somos. Ser poucos  é  um  problema  desde  o  começo.  Somos  poucas  pessoas cristãs no mundo, se comparados com a humanidade, e menos ainda se  comparados  com  a  coerência  que  devíamos  ter.  Jesus  não  se conformava, a  lavoura estava cheia de  trigo e não havia gente para colher tudo. Nós também devemos ser constantes na oração por mais gente para a colheita. 
Mas, não podemos deixar que o fato de sermos menores que outras igrejas nos frustre ou desanime. Se olharmos bem o problema maior não é sermos pouca gente, mas e não aproveitar bem a pouca gente que  somos!  Mesmo  sendo  poucos  aparecemos  aqui  e  ali,  temos destaque,  contribuímos  para  o  ecumenismo,  para  o  diálogo  inter-religioso e acolhemos gente rejeitada por outros bem maiores! Enfim, vamos para a colheita e que Deus nos dê sempre mais gente, para  fazer sempre melhor este  trabalho. 

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS


Texto para Meditação
“A luz semeia-se para o justo, e a alegria para os retos de coração.” Salmo 97:11

Intercessão
Oremos para que possamos crescer em quantidade e continuar a contribuir para a inclusão de todas as pessoas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS - Mês da Missão da IEAB - Pioneiros da IEAB, Américo Vespúcio Cabral

Salmos 89
Ezequiel 4:1-17
Hebreus 6:1-12
Lucas 9:51-62

Não os receberam

Jesus  preparava  sua  caminhada  para  Jerusalém  onde,  ele  sabia, enfrentaria  o  pior  momento  do  seu  ministério  terreno.  Ele  enviou discípulos,  como estes que  lembramos nesta  semana, pioneiros da Evangelização. No entanto, estes enviados enfrentaram a rejeição dos samaritanos que eram vítimas da discriminação dos  judeus. Jesus e os discípulos eram considerados  “judeus” e  foram  rejeitados. A vida de “pioneiro” não é fácil, quantas vezes foram rejeitados! Mas, por serem pioneiros  sabiam  dessa  possibilidade.  Quando  isso  acontecia  se voltavam para Jesus e clamavam:  “Senhor, vamos pedir que eles sejam destruídos?”
Quantas vezes, Jesus,  terá  lhes  respondido:  “não amigos, deixem essa gente em paz e sigam outro caminho”. Lamentavelmente a gente não vê que sempre somos pioneiros e pioneiras, a  Igreja nunca está pronta, sempre está começando. Quando não dá por um  lado, vamos por outro, mas sem  raiva, sem  rancor, sem vingança, apenas  levemos a Paz. 

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Intercessão
Oremos para que Deus ilumine as estratégias de missão e crescimento da Igreja, especialmente nos lugares onde somos rejeitados ou incompreendidos.

Texto para Meditação
“Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” Lucas 9:56

domingo, 5 de junho de 2011

7º Domingo da Páscoa - SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS - John Graw Meem

Salmo 68 ou 47
Ezequiel 39:21-29
I Pedro 4:12-19
João 17:1-11

Crer na Unidade em Cristo

A unidade é um sonho difícil, mas é um sonho de Deus, possível apenas pela  fé em Deus. Não adianta apenas nos esforçar para alcançar a unidade, temos que crer nela! Crer na unidade é crer que Deus está presente em todas as pessoas que, sem importar o sistema religioso que  professem,  acreditam  no  amor,  na  paz,  na  vida,  na  justiça,  na dignidade. Se não cremos nas pessoas como poderemos ter unidade? 
Crer  na  unidade  é  crer  que  nenhuma  religião  é melhor  que  outra, mesmo quando eu sigo uma e não creio na outra. Crer na unidade é crer que  dentro  da  fé  cristã  todos  são  igualmente  fiéis  e  igualmente pecadores,  incluindo desde o Papa até os  líderes mais abençoados das Igrejas Evangélicas ou Pentecostais. Como vamos crer na unidade se não cremos na dignidade igual e na fé de todas as pessoas? Crer na unidade é crer na natureza e no que ela nos  fala, comunica e pede.
Como vamos crer na unidade permanecendo separados do clamor de toda a criação? Jesus creu na Unidade e no Evangelho segundo João isso ficou registrado em forma de oração. Você, eu, todas as pessoas somos convidadas a orarmos com Cristo: “Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós” (João 17:11).

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS



Texto para Meditação
“Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.” João 7:8


Intercessão
Oremos para que a nossa fé na paz, na unidade e na harmonia entre os povos, entre as culturas e religiões seja alimentada pela tua graça e pela presença viva de Cristo em nossas vidas.

sábado, 4 de junho de 2011

William Cabel Brown

Salmos 87, 90 ou 136
Ezequiel 3:-17
Hebreus 5:7-14
Lucas 9:37-50

Missão e Crescimento da Igreja

O Concílio Diocesano da Diocese Meridional  (Porto Alegre) o  tema:  “Missão e Crescimento da  Igreja”. Como  lema:  “Acolher no serviço e semear na esperança”. A proposta foi fazer chegar às comunidades este tema e lema, por meio  de Encontros Regionais. A Área Pastoral  de SC  realizou  seu encontro  e  propôs  realizar  um  planejamento  pastoral  que  responda  as necessidades das nossas comunidades e crie um espírito de comunhão e unidade entre as mesmas.   A ação é a  formação de um ministério  leigo missionário, através de uma espiritualidade transformadora, onde a igreja vive  sua  vocação  de  Adorar  e  Servir;  de  Testemunhar  e  Proclamar  a vontade  de  Deus.    Alguns  jovens,  e  também  adultos,  perguntam  em encontros  nas  famílias;  como  poderiam  tornar-se  missionários.  Diante disso lembro que toda pessoa batizada é missionária, portando, assumiu (como cristão/ã), em seu batismo, o compromisso com a Missão de Deus, comprometendo-se  no  seguimento  de  Jesus.  Deus  não  chama  os capacitados; capacita os chamados! 
O chamado é um processo de discernimento e de encarnação na vida, na igreja  e  no mundo. Quando  isso  não  ocorre  a  igreja  perde  e  a  pessoa chamada  sofre.  No  entanto,  neste  processo  de  “chamado”  devemos considerar que o tempo de Deus não é o nosso tempo. O que podemos e devemos  fazer  é  nos  colocarmos  a  caminho  como  igreja  peregrina  e samaritana. Sejamos eternos aprendizes do reino de Deus. Dom Orlando afirma  em  sua  Carta  Pastoral  que  “o  nosso  papel  nestes  dias  é  o  de encorajar e facilitar a iniciativa missionária local. A igreja local não “está na base”, ela é a “base” e precisa ser entendida com tal. A própria Comunhão Anglicana nos orienta a encorajar, equipar e enviar os  leigos(as) para a evangelização e o ministério. Que Deus nos contagie com seu Espírito.

Revdo. Paulo Roberto Duarte
Araranguá/SC

Texto para Meditação
“Mas eles não entendiam esta palavra, que lhes era encoberta, para que a não compreendessem; e temiam interrogá-lo acerca desta palavra.” Lucas 9:45

Intercessão
Oremos para que todas as pessoas batizadas de nossas comunidades, ordenadas no ministério clerical ou comissionadas no ministério leigo, tornem-se verdadeiras missionárias do Reino de Deus.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Lucien Lee Kinsolving, 1º Bispo da IEAB

Salmos 85, 86 ou 291, 92
Ezequiel 1:28-3:3
Hebreus 4:14-5:6
Lucas 9:28-36

E a Família como vai?

Nesta semana que lembramos os pioneiros da família episcopal anglicana no  Brasil,  dentro  do mês  da missão  e  de  aniversário  da  igreja. Quero compartilhar com os  irmãos(as) essa semana com a seguinte pergunta: e a família como vai? Gosto do conceito de  igreja como  família. Pela visão missionária  que  flui  da  Santíssima  Trindade,  e  na  expressão  dela  na Sagrada Família  (Maria, José e Jesus) como experiência humana. José como exemplo de esposo e pai que ama e cuida; Maria como exemplo de mulher e mãe e profetiza que canta à salvação e que, ao pé da Cruz de Cristo, apesar da dor e sofrimento, decide levar adiante a tarefa da Igreja. 
Jesus que cresce nesta família simples, como expressão de amor de Deus à toda humanidade. No início das celebrações lembro que vamos invocar a direção da Santíssima Trindade que é o mesmo que dizer “Deus que se fez família e comunidade para nos convidar a sermos família e comunidade de fé, esperança e amor”. 
Desafiados pela realidade das nossas famílias, nossa paróquia participou da  Semana  da  Família  em  nosso  município,  junto  com  as  igrejas ecumênicas e a Secretaria Municipal de Educação. Buscamos levar uma reflexão sobre a  identidade e desafios da  família, nas escolas e nas  igrejas. 
Buscamos valores como honestidade, diálogo, espiritualidade, respeito e amor, que foram a tônica de nossa mensagem. Professores, autoridades e pais,  todos  estão  preocupados  com  a  violência  que  as  famílias  estão sofrendo e estão gerando. Nossa mensagem foi para que as famílias não sejam  hotéis  e  pensões  onde  os  pais  e  filhos  vivem  sem  conviver. 
Queremos que, ao olharmos para nossas  famílias, possamos dizer com Pedro:  “Mestre  é  bom  ficarmos  aqui”  e  nos  propormos  criar  “tendas seguras”?  (Lc 9,33) 

Revdo. Paulo Roberto Duarte
Araranguá/SC

Texto para Meditação
“Aproximemo-nos do trono da graça com plena confiança, a fim de alcançarmos misericórdia.” Hebreus  4:16

Intercessão
Oremos por nossas famílias e comunidades para serem inclusivas e abertas para as transformações. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

ASCENSÃO - James Watson Morris

Salmos 8, 47 ou 24, 96
Ezequiel 1:1-14,24-28b
Hebreus 2:5-18
Mateus 28:16-20   

Quem é o Ser Humano?

O que é o ser humano, para dele  te  lembrares? O ser humano, para que o visites?” 
Salmo 8:5). O Salmista apresenta uma pergunta necessária para as pessoas que queiram refletir sobre a existência humana. O porquê e o para quê do chamado humano para viver e para conviver neste mundo.   Neste dia em que escrevo esta reflexão, a televisão de forma sensacionalista; apresenta a retirada de 33 mineiros que estavam soterrados; certamente por falta de segurança, e pela omissão dos responsáveis. Utilizo o exemplo para exaltar a resistência humana. Numa situação contrária a vida, eles buscaram forças e união necessárias para sobreviver durante 17 dias sem notícias, sem saber se seriam encontrados ou não, e depois para resistir sem saber quando poderiam ser  resgatados. 
O que  ficou como ensinamento nesta experiência, é a capacidade humana de reverter uma situação de morte transformando-a em situação de vida. Podemos dizer que é a diferença entre um diamante e um carvão.   A diferença dada pela capacidade de resistência quando se é pressionado ao máximo. O acontecimento fez-me  lembrar  do  drama  de  Jó.  Jó  resiste  a  toda  a  pressão  da  teologia  da retribuição  que  afirmava  que  ao  justo,  Deus  concede  saúde,  prosperidade  e felicidade; e ao injusto, Deus castiga com desgraças e sofrimentos.  Deus nos dá a capacidade de resistir, como deu a Jó, a todo o sofrimento humano, especialmente na experiência revelada em seu próprio Filho, Jesus Cristo. Podemos experimentar através da fé, a vitória de Jesus, coroado de glória e honra, após vencer a morte (Hebreus 2:9). Temos resistido as propostas de mágicas de receitas prontas para acabar com nossos sofrimentos. Essas propostas querem que esqueçamos as causas do sofrimento e que não denunciemos quem o promove. Se há uma razão para  o  sofrimento  é  o  aprendizado  da  solidariedade,  da  superação,  da  fé,  da resistência e da vida que vence a morte.

Revdo. Paulo Roberto Duarte
Araranguá/SC


Texto para Meditação
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mateus 28:20

Intercessão
Oremos por todas as pessoas e famílias que vivem em situações limites de sofrimento, e pela busca de um convívio social mais justo, solidário e pacífico. 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Primeiro culto da IEAB, 1890 e Justino, mártir de Roma, 167

Salmos 119:97-120 ou 81, 82
Baruque 3:24-31
Tiago 5:13-18
Lucas12:22-31

Igreja a Gente Vive!

Hoje  a  Igreja  Episcopal  Anglicana  do  Brasil  celebra  o  início  da  sua  vida institucional em nosso País. Neste tempo comemoramos a atitude missionária dos nossos antepassados, sua dedicação, sua fidelidade e sua obediência ao chamado de Deus. Porém, também é tempo de reflexão e avaliação para nós que continuamos nesta peregrinação e serviço.   Tudo isso é necessário para compreendermos nossa missão hoje. Para renovar nossa convicção de que a igreja não inicia/ou iniciou conosco; mas que ela é fruto do movimento de Jesus que se Encarnou e deu o maior testemunho de Amor que o Mundo vivenciou. O primeiro passo é o anuncio e a implantação do Reino de Deus entre nós tem mais de 2000 anos. 
A missão do Reino nunca fica pronta/acabada, assim como a Igreja que sempre será um  instrumento a ser aperfeiçoado. O segundo passo é saber que a Missão é de Deus, que Deus é a  razão de ser da  igreja, e que a  tarefa da  igreja é evangelizar,  ou  seja,  tornar  visível  as Boas Novas  de Nosso Senhor  Jesus Cristo. Um  terceiro passo é  tornar a  igreja consciente de sua  tarefa/missão, sempre se capacitando para exercê-la. Chamamos isso de nutrição (educação cristã). Aqui identificamos uma primeira dificuldade. Nós é que somos a igreja, e temos a tentação de nos encolher e nos fechar. Quando olhamos para a nossa rotina acharmos que  tudo está perfeito. Porém,  temos muita dificuldade de olhar para fora dela. Às vezes caímos na tentação de comparar-nos com as demais denominações cristãs. Mas, não  temos uma  tradição e uma  liturgia para nos apoiar na missão? Quando pensamos em crescimento ou missão, a queremos 
porque não  temos mais mulheres,  jovens, crianças, acólitos e outros ministérios. 
Mas, mesmo que importante isso tudo é conseqüência e instrumento da missão (não causa nem fim). O aniversário é um bom tempo para perguntar: Que igreja queremos ser? Que Cristo anunciamos? E que ser humano promovemos?   Ao responder lembremos da Palavra de Deus em Cristo que nos diz: “Busquem o Reino dele, e Deus dará a vocês essas coisas em acréscimo”  (Lucas12:31).

Revdo. Paulo Roberto Duarte
Araranguá/SC

Texto para Meditação
“Não tenha medo pequeno rebanho, porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino.” Lucas 12:32

Intercessão
Oremos para que nossos ministérios de serviço estejam comprometidos com a missão de Deus no mundo.