sábado, 30 de junho de 2012


Salmo 107:33-43, 108 ou 33; Números 20:14-29;
Romanos 6:1-11; Mateus 21:1-11.
Mortos ao pecado: sensíveis a Cristo.
Esta afirmação de Paulo, de que, pelo batismo morremos com Cristo, e que assim estamos “mortos ao pecado” é extremamente complexa e, como tal, merece cuidados em sua interpretação. O que é pecado? Pecar é errar e, portanto, viver no “pecado” é insistir no erro, ou tomar o erro como princípio de vida. Mas, como sabemos quando erramos? Resulta difícil usar critérios muito exatos que permitam determinar com clareza total o meu erro, ou o erro de outra pessoa. A lei bíblica do Antigo Testamento tentou fazer isso e não conseguiu. Para nós, cristãos e cristãs, vale mais a sensibilidade do erro do que a lei do erro. A sensibilidade do erro é dada pelo Espírito Santo que nos faz sentir no coração que estamos errando. Esta sensibilidade não serve para julgar ninguém, mas serve para saber se devemos continuar, ou não, em uma determinada atitude ou participar, ou não, de alguma coisa. Assim, podemos entender o que quer nos dizer o apóstolo Paulo. Se morrermos com Cristo ao pecado, pelo batismo, então, ganhamos uma sensibilidade especial, por causa do Espírito Santo habitando em nós, que nos afasta do pecado, que nos impele para longe de tudo o que é contrário ao amor solidário e transformador de Cristo. Morremos ao pecado e vivemos em Cristo!
Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Romanos 6:11.
Intercessão
Oremos pela presença constante do Espírito Santo em nossas vidas, guiando nossas atitudes, permitindo que reconheçamos nossos erros e busquemos em Cristo novos horizontes.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

(SÃO PEDRO E SÃO PAULO, apóstolos).


Salmo 87; Ezequiel 34:11-16;
II Timóteo 4:1-8; Mateus 16:15-17. 
O que é essencial
Pelo calendário litúrgico, a Igreja comemora, hoje, o Dia de São Pedro. Muito temos a aprender com esta notável figura de homem e Apóstolo. Não havendo aqui espaço para o estudo de sua fascinante e, por vezes, contraditória, personalidade (...). Antes, porém, recordemos que ele detém uma posição de proeminência na Igreja Apostólica e que, conquanto “indouto”, ocupa lugar na galeria dos inspirados escritores canônicos. Embora outrem possa ter redigido seus escritos, estes refletem o pensamento e a experiência de Pedro, como discípulo e Apóstolo de Cristo, que havia penetrado em sua vida, transformando-a notadamente após o Pentecostes. O grande momento. Diante de Jesus e os seus companheiros de discipulado, à pergunta: “mas vós quem dizeis que eu sou?” – Pedro, por revelação do Pai, proclama: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. É a confissão da pessoa convertida, e sempre será. Para o Apóstolo, a grande realidade é Jesus Cristo. Para o cristão hoje, outra não pode ser a realidade. Tanto é que assim o Cristianismo poderia perder ou dispensar tudo o mais eu existe em seu nome.
Dom Agustinho Gillon Sória (in memória)
(Extraído de Sementes, número 12, p.1, 1984).
Texto para meditação
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. 2 Timóteo 4:7
Intercessão
Oremos para que Deus nos dê clareza, ânimo, coragem e discernimento para declarar e viver a fé em Cristo Jesus, nosso Senhor.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

(Irineu, Bispo de Lyon, 202 e Egmont Machado Krischke, 1º Primaz da IEAB, 1971.


Salmo 105; Números 17:1-11;
Romanos 5:1-11; Mateus 20:17-28. 
Não sabeis o que pedis
Saber pedir é algo difícil de aprender. Conheço gente que nem pede mais, apenas dá graças, de tanto medo que tem de pedir errado, ou até porque acredita que pedir algo a Deus sempre é errado. Deus sabe do que precisamos antes de pedir. Então por que pedir e para que pedir?
Pedimos para nós lembrar de que queremos participar da vontade de Deus e queremos que Deus faça Sua vontade em nossas vidas. Jesus   logo percebeu isso no pedido errado dos seus discípulos e perguntou-lhes algo assim como: “vocês querem mesmo participar do meu sofrimento?”. Eles pediam poder, mas Jesus falava em sofrimento. Eles aceitaram dizendo: “podemos”. Então Jesus percebeu que eles queriam pedir a coisa certa, mas não sabiam como. Nesse momento o Senhor lhes ensina que não devem pedir as coisas que os violentos governantes, os exploradores, os injustos pedem: poder e mais poder. Eles devem pedir “serviço” para viver em comunhão fraterna com as pessoas últimas, e assim alcançarão a participação no que é primeiro e o que é mais importante.
Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal. Mateus 20:26
Intercessão
Oremos a Deus para que nossa vida de oração nos leve a uma maior participação na vida de serviço a Deus através do serviço a outras pessoas.

quarta-feira, 27 de junho de 2012


Salmo 101, 109 ou 119:121-144; Números 16:36-50;
Romanos 4:13-25; Mateus 20:1-16.
A dignidade humana e justiça divina
O que é justo e o que é injusto? Sempre tomamos como parâmetro nossos próprios feitos para dirimir este problema. Seu eu trabalhei duramente toda a minha vida e consegui ganhar isso e aquilo, então, logo, quem não trabalhou não merece nada do que eu ganhei com meu trabalho. Certo? De um ponto de vista sim. A pergunta é: por que essa outra pessoa não trabalhou? E se trabalhou por que não ganhou o que precisava? Nesta parábola, que é uma história fictícia, Jesus coloca para nós uma situação em que os trabalhadores esperam por uma oportunidade de trabalho. Nesse momento, antes de ir trabalhar, todos partilham da mesma condição: estão desempregados. Quando começam a ser contratados, fixando um valor digno para o trabalho, uns ganham primeiro a oportunidade, trabalham duro e terminam assim sua jornada. Outros ganham mais tarde a oportunidade e finalmente ficam aqueles que trabalham muito pouco, não por não querer, mas por terem sido contratados mais tarde. Claro que isso é uma parábola, porque nenhum patrão em sã consciência faria isso... Jesus indica que no final do dia todos ganham o mesmo, isso é justo? Não e sim! Não é justo porque uns se esforçaram muito e outros pouco. Sim é justo, porque todos receberam o que garantiria sua dignidade humana, o alimento e a vida. Por isso, lembremos que para Deus justiça e dignidade é a mesma coisa!
Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Mateus 20:15
Intercessão
Oremos por melhores condições e oportunidades de trabalho para todas as pessoas, para que as mulheres recebam o mesmo que os homens, as pessoas negras que as brancas e todas tenham o necessário para viver.

terça-feira, 26 de junho de 2012


Salmos 97, 99,[100] ou 94,[95]; Números 16:20-35;
Romanos 4:1-12; Mateus 19:23-30.
O Martírio de Estevão
Este é um episodio que tem inúmeras implicações para a vida da Igreja de Cristo. Estevão, um dos sete diáconos, testificou diante de seus acusadores, e a conseqü.ncia imediata desta atitude corajosa, em que não procurou defender-se ou inocentar-se, mas procurou apenas dizer a verdade a respeito da história de Israel, teve como pagamento a morte. Estevão pagou caro o preço das palavras que pronunciou e foi apedrejado. Notamos, em primeiro lugar, a semelhança com Cristo. O primeiro mártir do cristianismo morreu e tornou em herói: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus” (Atos 7:55). Esta visão do Senhor dá ao cristão a coragem e a confiança que o livram da ameaça e do medo, da dor e da própria morte. Nosso Senhor pode dar-nos a Vitória Eterna, e Ele quer isso.
Avante Dia a Dia
(Extraído de Sementes, número 20, p.87; 1987).
Texto para meditação
Bem-aventurados os que guardam o juízo, o que pratica justiça em todos os tempos. Salmo106:3.
Intercessão
Oremos para que, assim como Deus concedeu clareza no testemunho e coragem na fé, assim nos possamos confessar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo em toda circunstância.

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Salmo 89; Números 16:1-19;
Romanos 3:21-31; Mateus 19:13-22.
Justificação pela graça e pela fé.
Católicos Romanos e Luteranos discutem se a justificação, isto é, a remissão dos pecados para a salvação, se dá pela fé (católicos) ou pela graça (luteranos). Se for pela fé (Romanos 3:28) significa que somos salvos porque cremos, e se não crermos, na fé proposta pela Igreja, então não seremos salvos. Esta convicção levou a elaborar o princípio de que “fora da Igreja não há salvação” (às vezes interpretado como “fora da Igreja Católica Romana” não há salvação). Se for pela graça (Romanos 3:24), então, nada condiciona a justificação, nenhum poder de nenhuma igreja, poderá impedir Deus justificar quem quiser. A salvação se dá pelo puro amor de Deus para com toda a humanidade bastando apenas que pessoa queira ser salva. No entanto, ambas as afirmações estão presentes no mesmo texto do apóstolo Paulo, e ambas, muito antes de ser usadas para uma disputa eclesiástica, querem nos ensinar que não há lei que nos salve, e não há obras que nos salvem. Não podemos determinar por “lei” a salvação, nem fazer nenhuma quantidade de obras que nos tornem “merecedores” de tal bênção. Portanto, paremos de discutir, e lembremos que a salvação é de Deus, nunca nossa, dada a nós para acolher quem está só, para dar sentido a vida e para, acima de tudo, nos aproximar da imensidão do amor de Deus revelado em Cristo.
Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. Romanos 3:27
Intercessão
Oremos em ação de graças porque pelo imensurável amor de Deus em Cristo Jesus, somos justificados e justificadas, e vivemos na alegre esperança da salvação.

domingo, 24 de junho de 2012

4º Domingo de Pentecostes (Próprio 7) - Natividade de São João Batista (Mês da Missão da IEAB).


Salmo 85; Isaías 40:1-11; Atos 13:14b-26; Mateus 11:2-19. 

Natividade de São João Batista
Jesus diz que “João Batista é o maior de todos os homens do passado. Porém o menor no Reino do Céu é maior do que ele” (Mateus 11:11).
Com é possível? Simples! Em primeiro lugar, o “Reino do Céu” não e lá no céu, ma é o reino do Céu (de Deus) aqui na terra. Esse reino já está aqui. E onde e como começou esse Reino? Na pessoa de Jesus Cristo, através do que ele FEZ e DISSE. Seus discípulos já estavam vivendo as primícias (a amostra) desse Reino do Céu. Portanto, o menos no Reino do Céu é o maior, não no sentido de virtude moral ou espiritual, mas sim no privilégio de poder contemplar JÁ o reino que já está aqui; não na sua forma final e completa, porém em suas primícias. É o próprio Senhor que afirma: “que muitos profetas e reis gostariam de ter visto o que vocês estão vendo, mas não puderam; e gostariam de ter ouvido o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram” (Lucas 10:24).
Dom Sidnei Alcoba Ruiz (in memória)
Texto para meditação
Mas João, quando completava a carreira, disse: Quem pensais vós que eu sou? Eu não sou o Cristo; mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as sandálias dos pés. Atos 13:25.
Intercessão
Que o exemplo de João Batista nos anime e oriente a viver intensamente a realidade do Reino de Deus entre nós e caminhar com esperança para sua plenitude.

sábado, 23 de junho de 2012

(Mês da Missão da IEAB)


Salmo 87,90 ou 136; Números 13:31-14:25; 
Romanos 3:9-20; Mateus 19:1-12. 
Divorciadas, solteiras, crianças
O Evangelho junta três situações da vida que aparentemente tem pouco a ver. O Divórcio hoje é uma situação habitual, algumas crianças que convivem no colégio acham até estranho quando são filhos de mães e pais que não são divorciados. Será este um sinal de decadência? Por outro lado cresce o número de pessoas que ficam solteiras por mais tempo, ou até a vida toda, o que antes era considerado um mal e uma pena, apelidando-as de “solteironas”. Há algum tempo ser criança era apenas ser “projeto” de cidadão, hoje as crianças tem seu próprio pensamento (certo ou errado) e nos ensinam muitas coisas, ao tempo que não é mais vergonha, mesmo sendo pessoas adultas, que nos sintamos ainda crianças. Com isso não quero dizer que tudo agora é melhor ou pior. Apenas estou mostrando que as coisas mudaram, se é para melhor ou pior vai depender de nós. O divórcio permitiu que, principalmente as mulheres, pudessem lutar por sua dignidade e liberdade e exigir dos seus relacionamentos o respeito devido (mesmo que ainda algumas paguem com a própria vida nas mãos de homens doentes de machismo). A liberdade de ficar solteiro/a permitiu que pessoas sejam valorizadas pelo que são e fecundem a vida com sua criatividade e inteligência. Que os adultos sejam também crianças permite que possamos estar mais perto do Reino de Deus! Não usemos critérios rígidos, nem o Evangelho com lei, mas vejamos nas palavras de Jesus, palavras de amor, que nos desafiam a amar e viver em paz!
Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Jesus, porém, disse: Deixai as crianças, e não as estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus. Mateus 19:14.
Intercessão
Oremos para que saibamos valorizar cada pessoa ela como é, na sua dignidade, na sua liberdade, como dom de Deus para nós, que somos sempre “crianças do Senhor”.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

(Albano, Primeiro Mártir da Grã-Bretanha. Mês da Missão da IEAB).


Salmos 88 ou 91,92; Números 13:1-3,21-30; 
Romanos 2:25-3:8; Mateus 18:21- 35.
Dívidas e cobranças
Todas nós avaliamos o comportamento de outras pessoas, isso é natural. Geralmente o critério de nossa avaliação é quanto esse relacionamento nos traz felicidade ou infelicidade; não é? Isso também é natural. No entanto, se este for nosso único critério seremos muito egoístas e teremos grandes dificuldades de manter relacionamentos estáveis, duradouros e felizes.
Jesus nos apresenta outro ponto de vista. Quanto a gente deve a quanta gente? Já pensou? Vamos começar com pai e mãe a quem, independente da felicidade ou infelicidade de nosso relacionamento, devemos a vida!
Como podemos pagar isso? Não podemos! Mas, há muito mais gente na lista. Vejamos tudo o que a gente aprendeu na vida. Será que aprendemos apenas do que nos deu felicidade? Será que alguém foi sempre feliz durante seu aprendizado? Mesmo assim, se não tivéssemos convivido com essas pessoas como seriamos hoje? Os professores ganhavam salário? Sim, claro. Mas, será que nos ensinaram apenas na proporção do que recebiam ou nos deram mais, nos deram parte das suas vidas? Podemos pagar isso?
Não podemos. Vamos para o ambiente familiar. Quanto nos dá o companheiro ou companheira, mesmo com seus defeitos. Quando  temos filhos e filhas, quanto devemos a nossas crianças? Ou será que elas somente devem a nós? Podemos pagar? Enfim, deste ponto de vista, somente há uma maneira boa e sadia de se relacionar com verdadeira felicidade: sermos gratas a Deus e gratas a todas as pessoas que participam da nossa vida!
Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
 Mateus 18:27.
Intercessão
Oremos para que a gratidão seja a base de todos nossos relacionamentos.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

(Mês da Missão da IEAB).


Salmo [83],34 ou 85-86; Números 12:1-16;
Romanos 2:12-24; Mateus 18:10-20.
O que tinha se perdido
Jesus afirma que veio procurar o que tinha se perdido. Engraçado é que na Igreja quando dissemos “essa pessoa aí está perdida” é como se disséssemos: não vale mais a pena tentar chegar a ela com Deus, ela é um esforço inútil! E isso vale para todas as pessoas que se afastaram de nosso convívio mais próximo, mesmo dentro das nossas próprias famílias. Eu gosto muito de fazer a chamada “consulta de enfermagem” para gestantes. Neste trabalho encontro as mais diversas situações. Nunca sei o que está perdido ou não. Algumas adolescentes grávidas às vezes estão menos perdidas que suas próprias mães ou avós. Pai perdidos de repente reaparecem e assumem sua responsabilidade, só porque perguntamos “cadê o pai?” e depois o convidamos para a próxima consulta. Quando Jesus disse que via em busca das pequenas pessoas, e das perdidas, estava falando de “nunca desistir de ninguém”, nunca dizer que “não tem jeito”, nunca deixar de convidar, de cumprimentar e de perguntar: “cadê?”.
Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido. Mateus 18:11.
Intercessão
Senhor faz com que não usemos a palavra “perdido/a” para desistir de ninguém, mas como sinal de que Tu, em Cristo, nunca desistes de nós.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

(Mês da Missão da IEAB).


Salmo 119:97-120 ou 81,82; Números 11:24-33(34-35);
Romanos 1:28- 2:11; Mateus 18:1-9. 
O inferno são os outros
Jean-Paul Sartre, o filósofo existencialista francês, foi que inventou esta frase: “o inferno são os outros”. Sartre apenas colocou em uma frase algo que vemos diariamente no que as pessoas dizem umas sobre as outras. Ouvindo algumas pessoas parece que todo o mal do mundo acontece por causa de outras pessoas, nunca delas mesmas. As outras mentem, as outras não querem fazer nada, as outras erram, as outras querem sempre se aproveitar e assim por diante. Desse jeito parece que se eliminássemos todas as pessoas do mundo, e deixamos apenas aquela que está acusando as outras, o inferno do mundo seria um céu, um verdadeiro paraíso! Será? O apóstolo Paulo lista uma série de pecados horríveis, tão nojentos que ele mesmo afirma que aquelas pessoas que praticam tais coisas mereceriam a morte (Rm 1:32). Mas, logo à frente diz que estas coisas não devem servir para acusar outras pessoas, mas para moldar nosso caráter, querendo ser melhores para nós, para as outras pessoas, para Deus e para a Vida (2:3). Cuidado, que o inferno pode estar em nós mesmas, vamos apagar seu fogo com o amor de Deus!
Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Oh! se o meu povo me tivesse ouvido! se Israel andasse nos meus caminhos! Salmos 81:13.
Intercessão
Oremos para que não usemos o “inferno” contra outras pessoas, mas que busquemos o céu cultivando tudo o que bom, justo e agradável a Deus dentro de nós mesmas.

terça-feira, 19 de junho de 2012

(Mês da Missão da IEAB).


Salmo 78; Números 11:1-23;
Romanos 1:16-25; Mateus 17:22-27.
Insatisfeitos
Nestes dias me enviaram uma mensagem por e-mail relativa à crise financeira mundial (crise do sistema capitalista, diga-se de passagem). Era de um homem da China acusando os europeus de “não querer trabalhar” e apenas se interessar por “lazer, ecologia e futebol na TV”. Eu fiquei preocupada não tanto pelo futebol na TV, que verdadeiramente não me interessa, mas pelo lazer e muito mais ainda pela ecologia. O povo de Israel era escravo no Egito, lá não tinham lazer, nem ecologia, seus filhos eram ameaçados de morte diariamente pelos seus opressores e, se reclamavam, aumentavam sua carga de trabalho até a exaustão. O que fez Deus? Deixou aquele povo assim porque estavam trazendo “prosperidade” para o Egito? Não, ele não admitiu isso e os libertou. No entanto, a libertação não foi um passeio no parque. Depois de ser libertados do jugo opressor foram parar no deserto! A liberdade não era trabalhar e trabalhar, acumular e acumular, até morrer. Deus lhes dava o necessário, mas tinham que aprender a mais difícil de todas as lições, a lição que os sistemas de governo ainda não aprenderam (e muito menos o capitalismo): repartir com justiça! Justamente por não termos aprendido esta lição é que insistimos em querer voltar para o Egito, em vez de avançar para a terra prometida!
Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Porém, o SENHOR disse a Moisés: Teria sido encurtada a mão do SENHOR? Agora verás se a minha palavra se há de cumprir ou não. Números 11:23.
Intercessão
Senhor ajuda-nos a aprender a lição do Egito, a lição de Deus contra a violência dos que se achavam e se acham “donos do mundo”.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

(Bernardo Mizeki, Catequista e mártir na Rodésia, 1836, Mês da Missão da IEAB).


Salmos 80 ou 77,[79]; Números 9:15-23 e 10:29-36;
Romanos 1:1-15; Mateus 17:14-21
 Santas: pelo amor de Deus!
Na nossa tradição cultural no Brasil temos dificuldade de chamar uma pessoa de “santa”. Parece que ao chamar alguém de “santa” estamos dizendo “perfeita”, “sem pecado”, que “não erra”. Quem seria santa desse jeito? Quem não erra? No entanto, conheço pessoa que eu chamo de “santas”. São pessoas que me demonstraram tanto amor, que mostraram tanta coragem e paciência ao enfrentar seus sofrimentos e os dos outros, que, sem dúvida, as chamo de “santas”! Claro que tenho dificuldade de me ver como “santa”, mas posso ver outras pessoas assim!
O apóstolo Paulo, ao dirigir sua carta para a Comunidade de Roma, disse: “amados de Deus, chamados santos”. Pois quem sabe, além da admiração que tenho pelas minhas santas e santos, (exemplos de fé e vida para mim, e dons de Deus na minha vida), eu deva acrescentar a perspectiva de que todas as pessoas “amadas de Deus” são feitas, pelo amor de Deus, “santas”? Bem nessa perspectiva posso me considerar muito “santa” porque Deus tem me amado muito, tem me abençoado muito, tem me ajudado muito! Sou santa, desse ponto de vista, porque sou imperfeita, fraca, mas determinada na busca permanente de Deus! Bem, que Deus abençoe todas e todos nós, pessoas pecadoras e imperfeitas, porque agora, pelo amor de Deus podemos ser chamadas “santas”.
Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. Mateus 17:20b.
Intercessão
Senhor, te agradecemos porque nos aceitas como somos e nos santificas com Teu amor, faz com que nos relacionemos entre nós como santos e santas.

domingo, 17 de junho de 2012

3º Domingo de Pentecostes (Próprio 6) Mês da Missão da IEAB


Salmo 92; Ezequiel 31:1-6,10-14;
II Coríntios 5:1-10; Marcos 4:26-34.
Deus invisível?
Lembro-me que desde criança, quando acompanhava meu pai nos cultos, cantávamos aquele hino: “ó Deus invisível aos olhos mortais”. Claro que nessa época, e ainda durante alguns anos, apenas compreendia em parte essa imagem. Será que Deus é mesmo invisível? Por um lado é... Agora tenho que fazer óculos novos e sei quanto as coisas se tornam invisíveis, não porque elas não existam, mas por nossa dificuldade em vê-las. Por outro lado, meu coração me dizia: “mas um pouquinho deve dar para ver”. Agora posso dizer que vi Deus muitas vezes! Em rostos, em vidas, em lágrimas, em gestos, com os olhos abertos e com os olhos fechados, e não precisei beber ou fumar nada para isso! Jesus nas parábolas quer nos ajudar a ver Deus chamando a atenção para aquilo que acontece na nossa frente, mas a gente não pára para ver. Como a semente lançada no chão que vai crescendo tão lentamente que só filmando com uma câmera especial para ver. Por isso agora entendo que Deus pode ser visível se nos dispomos a vê-lo na vida que brota (que termina e que recomeça) cada dia ao nosso redor.
Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? Marcos 4:30.
Intercessão
Oremos para que Deus nos conceda a sensibilidade de perceber Sua presença nos processos simples da vida ao nosso redor.

sábado, 16 de junho de 2012


Salmos 75,76 ou 23,27; Números 3:1-13;
Gálatas 6:11-18; Mateus 17:1-13.
Levita
O texto de Números para o dia de hoje, fala a respeito da ordem dos Levitas do Tabernáculo. Neste livro, encontramos a organização da sociedade tribal do Povo de Deus, são vários preceitos, entre eles as Tábuas da Lei, para governar as relações entre as pessoas, os preceitos de culto, os preceitos para a vida comum das pessoas, sempre visando o bem estar social e a adoração ao único Deus. Os Levitas são os escolhidos pelo Senhor para uma função vital no culto. Eles estão subordinados aos sacerdotes do Tabernáculo, e as regras e leis que regem suas vidas são muito mais rigorosas que as dos demais habitantes de Canaã. Eles devem viver, e são chamados, para a santidade. Os objetos de culto, o lugar do culto, os rituais, as vestes, tudo é santificado para a beleza e pureza do sacrifício a Deus. Por isso, não apenas os aspectos externos eram rigorosamente selecionados, mas como suas vidas mesmo, deviam ser rigorosamente virtuosas e santificadas, pois a pureza brota do interior e se externa. Há muitos que acham que com elementos externos persuadem os demais de sua santidade, são aqueles que chamamos popularmente de 'santarrões'. Mas há, os que, em simplicidade de vida, sem buscar reconhecimentos, são puros em seu interior, e são chamados a experimentar a graça da santificação. Esses são os nossos, e as novas, Levitas contemporâneos. Deus continua mesmo a separar pessoas assim, para administrar o culto, para adornar a liturgia com a pureza de seus  orações.
Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul RS
Texto para meditação
E eu, eis que tenho tomado os levitas do meio dos filhos de Israel, em lugar de todo o primogênito, que abre a madre, entre os filhos de Israel; e os levitas serão meus. Números 3:12
Intercessão
Oremos pelas Ordens e Irmandades, pelos sodalícios e fraternidades, pelas sociedades religiosas, para que tenham cada vez mais, o  privilégio da alegria do Senhor em suas vocações.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Salmos 69 ou 73; Eclesiastes 11:9-12:14;
Gálatas 5:25-6:10; Mateus 16:21-28
Tome a Cruz
O ser humano deixou de ser instintivo há milhares de anos, não age mais conforme sua natureza, mas antes, raciocina diante do perigo, das vantagens, das oportunidades, que poderão decorrer, ou não, de uma ação, isso o tornou um ser racional. Mas, nós sabemos que, apesar disso tudo, ainda preservamos o senso arcaico de sobrevivência da espécie. Nós não desejamos morrer, e esse é um ponto fundamental. Nós até trocamos nossas vidas pela de nossos filhos, para que a espécie continue. Sacrificamo-nos por amor deles, mas só deles, e não de qualquer outra pessoa. Quando Jesus convida seus discípulos e discípulas a carregarem a sua cruz e seguirem, ele está os convidando para uma vida de despojamento de projetos individuais, de regalias e vantagens pessoais, para uma vida de privação, de possível dor e sofrimento e de abnegação. Em primeiro lugar, isso exige da pessoa cristã quee ame a Jesus acima de qualquer coisa, pois não é possível tomar a cruz sem a exigência desse amor. Quando de fato nos lançamos para o amor de Jesus, tudo o mais é “perfumaria”, todas as demais relações são vistas a partir da compaixão cristã, e neste momento, tomamos a cruz como uma missão de vida, não importando mais meus projetos pessoais, mas o projeto de Cristo para mim. Há muitos que estão perdendo seu tempo em projetos ilusórios e mesquinhos, há muitos que estão deixando o mais importante para amanhã. Jesus precisa daqueles que têm coragem para renunciar
Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul RS
Texto para meditação
Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me. Mateus 16:24
Intercessão
Oremos pelos seminaristas, clérigos e clérigas, bispos e bispas e todas pessoas que exercem o ministério leigo e que separaram suas vidas para o serviço integral.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

(Basílio Magno ,Bispo de Cesaréia, 379).


Salmos [70],71 ou 74; Eclesiastes 11:1-8;
Gálatas 5:16-24; Mateus 16:13-20.
Andando no Espírito
A Epístola de São Paulo aos Gálatas traz a expressão “andai em Espírito” como um contraponto aos que andam “na carne”. São Paulo traça esta idéia como um duelo, um confronto paradoxal, entre o espírito e a carne. Lembremos que “carne” não deve ser confundido com “corpo”. A “carne” conforme São Paulo ensina, representa os desejos e intenções materiais e de proveito individual.
Não podemos confundir cuidado com o corpo com desejos carnais. Entretanto, a expressão “andai no Espírito” ainda desperta muita curiosidade. Certo dia, li um livro chamado “O Peregrino Russo”, relatando a experiência de um místico cristão anônimo no século XVIII. Neste livro, o autor fala da prática da oração contínua, da oração do Senhor que é praticada ininterruptamente, inclusive enquanto dormimos. Essa prática tem relação direta com o que São Paulo diz sobre “andar em Espírito” ou com a expressão evangélica “vigiar sem cessar”. Confesso que essa é uma das práticas mais difíceis da fé cristã, pois consiste em se desprender dos nossos pensamentos das preocupações corriqueiras, e ligar nosso intelecto à dimensão espiritual e, por sua vez, ao Espírito do Senhor. Essa conexão é a que permite o estado de oração contínua.
É como se estivesse ligado, em comunicação constante com o mistério da presença do Senhor em nosso cotidiano. Então, percebemos que “andar no Espírito” não quer dizer castigar nosso corpo porque ele desencadeia os desejos carnais, mas antes, nos ligar ao Espírito, e assim os desejos carnais irão silenciar.
Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul RS
Texto para meditação
Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Gálatas 5:16
Intercessão
Oremos pela ajuda de Deus quando perturbados, penitentes, quando sofremos em nossas consciências, para que encontremos alívio e absolvição para nossos pecados, e vivamos na graça do Espírito.

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Salmos 72 ou 119:73-96; Eclesiastes 9:11-18;
Gálatas 5:1-15; Mateus 16:1-12.
Revolução Pacífica
O texto do livro de Eclesiastes para hoje, enfatiza a sabedoria como virtude superior à força, como uma virtude que pode vencer batalhas, enfatizado no relato do velho sábio no texto. Não pude furtar-me ao ler este texto, de lembrar da personalidade de Ghandi. Como sabemos, ele era um homem indiano de baixa estatura, de fracos braços e de recursos limitados; entretanto Ghandi era um homem de muita sabedoria, discernimento e prudência. Suas atitudes iniciaram um movimento chamado de Revolução Pacífica, que culminou com a libertação e independência da Índia. Ghandi não empunhou uma arma se quer, ele não levantou sua mão à um inimigo se quer, não usou de palavras desclassificadas uma vez se quer, Ghandi demonstrou toda a beleza do povo, toda a estatura moral de uma nação, toda a envergadura espiritual de várias etnias que ali moravam, através de suas ações sábias, de suas palavras comedidas. Seus seguidores, também não empunharam armas, mas, lutaram com seu discurso, com palavras, e com uma ação que constrangia a toda força bruta, a paz. Para cada ação desproporcional e brutal das forças armadas imperiais, Ghandi e seus seguidores revidavam com a surpreendente atitude da não-violência. Ghandi foi um homem sábio, que salvou uma nação da violência e brutalidade, mas como no texto de Eclesiastes, o sábio foi esquecido. Infelizmente, continuamos a fazer das guerras, nosso fórum privilegiado de discussão de nossos interesses. Como o sábio do Eclesiastes diz: 'as palavras dos sábios, devem em silêncio serem ouvidas.'
Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul RS
Texto para meditação
Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra. Eclesiastes 9:18a
Intercessão
Oremos pela Paz no mundo, pelas vítimas civis de confrontos bélicos, pelos soldados nos campos de batalha e pelo entendimento entre as nações.

terça-feira, 12 de junho de 2012


Salmos 61,62 ou 68; Eclesiastes 8:14-9:10;
Gálatas 4:21-31; Mateus 15:29-39.
Fartura em meio ao deserto
No texto do Evangelho de São Mateus par ao dia de hoje, encontramos um dos relatos de multiplicação de pães. Após uma viagem, Jesus para em um monte, onde continua atendendo à todos quantos o procuram. Jesus confidencia a seus amigos que não deseja despedir a multidão à sua própria sorte, em meio ao deserto, pois eles desfalecerão. Seus discípulos muito racionalmente lhe questionam: “de onde nos viriam, num deserto, tantos pães?” A pergunta, é fácil de ser respondida. Esses pães, não virão porque o deserto não nos apresenta possibilidade alguma. Diferente do outro relato, em que uma criança apresenta seus mantimentos, aqui, os próprios discípulos apresentam suas reservas, sete pães e alguns peixes. Jesus dá graças e o reparte para a multidão. Vivemos realidades paralelas em nossa vida comunitária. Às vezes, por comodismo dizemos que, atender os necessitados é tarefa do Estado. Ou, como na maioria das vezes, dizemos que é um luxo de comunidades mais financeiramente resolvidas, entretanto, não nos damos conta de que, servir aos necessitados é o compromisso mais concreto do Evangelho de Jesus. Se temos pouco, ofereçamos o que temos, e certamente, esse gesto de desprendimento irá repercutir na sociedade civil, nas demais igrejas, nas demais religiões, nos bolsos mais abastados, e o impacto dessa nossa ação, por menor que a julguemos, será positiva e irá alimentar, saciar, confortar muita gente.
Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul RS
Texto para meditação
E os seus discípulos disseram-lhe: De onde nos viriam, num deserto, tantos pães, para saciar tal multidão? Mateus 15:33
Intercessão
Oremos pelos famintos, pelos sem abrigo, sem família, moradores de rua.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

(São Bernabé, Apóstolo).


Salmos 56,57,[58] ou 64,65; Eclesiastes 7:1-14;
Gálatas 4:12-20; Mateus 15:21-28. 
Sejais como eu
Na Epístola aos Gálatas, São Paulo por várias vezes enfatiza a importância da Imitação, para o testemunho do Evangelho de Cristo. Ele diz, “sede meus imitadores, como eu sou de Cristo”, e ainda, “não sou mais eu quem vivo, mas Cristo vive em mim”, e no texto de hoje, ele diz que “sejais como eu”. Citações como essa, nos faz pensar ligeiramente em prepotência ou arrogância de alguém, igualando-se ao Senhor. Entretanto, no seguimento de Cristo, seus seguidores e seguidoras, quanto mais próximos estão de seu Senhor, mais parecidos com Ele se fazem também, e São Paulo, aponta sempre não para si mesmo não como um fim, mas como meio para a compreensão da graça de Nosso Senhor. Desde muito cedo, a igreja em seu culto público, começou a venerar figuras proeminentes em seu testemunho de vida, tal como São Paulo, que inspirou o cristianismo primitivo até nossos dias. O exemplo de santos e santas de Deus, sempre apontaram para o mistério maior, nunca se colocando como intermediadores do relacionamento entre Deus e a Humanidade. Pelo contrário, os santos e santas sempre agiram testemunhando de forma concreta, como o amor de Deus e a prática de Jesus, pode ser vivida por qualquer pessoa, e como nós podemos nos aproximar de Deus por meio da piedade e vida devota. O que nos parece ser sempre mérito de alguns, está aberto e possível a qualquer pessoa. Como diz o hino: “como um santo do céu, qualquer um pode ser, e sempre com Deus viver”. Irmãos e irmãs: sejamos santos e santas, como todos os santos e santas nos convidam a ser. 
Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul RS
Texto para meditação
Irmäos, rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou como vós. Gálatas 4:12ab
Intercessão
Oremos para que a Graça de Deus alcance os cristãos nominais, os que estão afastados de suas comunidades de fé, os que perderam as esperanças, e permita que dêem testemunho ao mundo.

domingo, 10 de junho de 2012

2º Domingo de Pentecostes


Salmo 130; Gênesis 3:(1-7)8-21;
II Coríntios 4:13-18; Marcos 3:20-35.
Onde estás?
No relato do livro de Gênesis para o dia de hoje, encontramos o clássico texto em que a serpente tenta a humanidade à desobediência, mostrando os atrativos de uma proposta de igualdade no conhecimento de Deus. Como o texto demonstra, toda a criação foi decaída de sua graça e bênção original. É interessante notar que, a partir do momento da queda, quando Deus procura a humanidade em seu relacionamento, Adão se esconde e não se mostra; não se revela. Então Deus pergunta, '- Onde estás?' Ele, como diz o texto, se constrange pela sua nudez, e por isso não se revela. A cobiça ao fruto da árvore proibida, demonstrada pelo desejo dos personagens, e a ganância em poder, demonstrada pela vaidade em igualar-se a Deus, o Criador, transporta a humanidade para sua dimensão mais degradante. Perdem a pureza de suas mentes e corações, e surge a questão do mal fundado na moral. Perceber-se nu diante do outro, não devia causar constrangimento, como não causa à nenhuma outra espécie. A consciência de que somos vistos por Deus em nossa intimidade, faz com que a humanidade tenha vergonha de si mesma, de seu estado de decadência, de desordem, de transgressão. No final do relato, o próprio Deus, tece roupas feitas de pele, para cobrirem seus corpos. As roupas são muito mais um 'reparo' ao enorme dano causado pela humanidade a si mesma. Vivemos 'tecendo' reparos para nós! Edificamos escolas de moral e virtudes, templos à sabedoria e ciência, monumentos às glórias de nossas bravuras e intrépidas ações, mas esquecemos do principal, o lugar em que estamos em nosso relacionamento com Deus. Ainda, vivemos procurando nos esconder, mas Ele sabe onde estamos, e não há o que nos possa ocultar.
Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul RS
Texto para meditação
E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?
Gênesis 3:9
Intercessão
Oremos pelas pessoas desaparecidas, pelas famílias que tem entes desaparecidos, e pela Graça de Deus, para poder nos apresentar como realmente somos diante d'Ele .

sábado, 9 de junho de 2012

(Columba, Abade de Iona, 597; Mês da Missão da IEAB).


Salmos 55 ou 138, 139; Eclesiastes 5:8-20;
Gálatas 3:23-4:11; Mateus 15:1-20 
Fé Católica
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo” (Gálatas 3:27)
“A palavra 'católica' significa toda ou completa. Fé católica, então, quer dizer a fé cristã tomada não apenas sob um aspecto, por mais importante que ele seja, mas no seu todo. Assim o Cristianismo completo ou católico se caracteriza por:
(1) Incluir todos os meios que Deus ordenou para a salvação das pessoas;
(2) oferecer esses meios a todas as criaturas;
(3) ser esse conhecimento feito em todas as gerações.
A Igreja Anglicana é católica, já que estes três aspectos do Catolicismo, ela os possui”.
John Wild
(Extraído e adaptado do Estandarte Cristão, nº 1430, Março 1959, p.9)
Texto para meditação
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3:28
Intercessão
Oremos para que vivamos a fé católica na Comunhão Anglicana, através do acolhimento, da inclusão e da evangelização.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

(Vicente Brande; Mês da Missão da IEAB).


Salmos 40,54 ou 51; Eclesiastes 5:1-7;
Gálatas 3:15-22; Mateus 16:18-36.
Vicente Brande: um dos “Pedros” da IEAB.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (Mateus 16:18)
“O trabalho da Igreja Episcopal em Jaguarão RS, foi estabelecido em 1898 pelo Rev. Vicente Brande (...) Brande pretendia iniciar os cultos, que chamou de ensaios de hinos, no dia 28 de Julho de 1898. Mas uma forte ventania, seguida de chuva torrencial, impediu o plano. Assim, o primeiro ensaio de cultos aconteceu três dias depois. Brande escreveu no jornal da igreja: 'ainda que estivéssemos de portas e janelas fechadas, assistiram mais de 30 pessoas (...) quando algumas se retiravam, outras entravam, e assim nos detivemos em agradável conversação até as 10 da noite' (E. Cristão, 15 de Agosto de 1898, p.1). Quarenta e cinco pessoas visitaram a nova missão naquela noite. O segundo ensaio de hinos aconteceu no dia 2 de Agosto, também sob forte temporal. 'os relâmpagos rasgavam o crepúsculo da noite e os trovões ribombavam no espaço, enquanto a chuva cantava sobre as pedras. A esta majestosa orquestra se juntavam as suaves notas do órgão e as vozes dos que aprendiam a cantar louvores ao Rei dos reis' (E. Cristão, 15 de Agosto de 1898, p.1).”
Revdo. Oswaldo Kickhöfel
(Extraído da obra “Paróquia de Cristo: 100 anos em Jaguarão”,p.17-18)
Texto para meditação
E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR. Salmo 40:3
Intercessão
Oremos pelos Pontos Missionários, e Missões, que continuam sendo abertas em diferentes lugares do Brasil atraindo para Cristo novas pessoas que encontram, na IEAB, comunhão com Cristo Jesus.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

(Antônio Fraga; Mês da Missão da IEAB).


Salmos 50 ou [59,60],8,84; Eclesiastes 6:1-12;
Gálatas 3:1-14; Mateus 14:13-21.

Fé, partilha e sustento nos primórdios da IEAB
“Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer” (Mateus 14:16)
“Se todo trabalho cristão sempre levou à manifestação da providência de Deus, este em Brasil, o fez. Não devemos acreditar, então, que ela anda com negligência ou sem um propósito sério. Mas, esta foi conclusão errada de muitos amigos generosos, e da continua indiferença de outros, trazendo-nos esta ansiedade, e por isso acreditamos que as orações daqueles que intercedem vão direto para Deus, e nós por nossa parte nos apegamos a Ele, para nos ocupar mais do que antes, e antes de nada fazer grandes sacrifícios por este esplêndido trabalho, e continuar convocando outros para o mesmo engajamento. Pelo sucesso que temos encontrado aumentam nossas forças, nos fomos compelidos a exercitar aquela fé que nos chama a responder o pedido de auxílio do povo de Deus, e a sermos generosos como nunca antes fomos generosos (...)”
Editorial do Jornal “The Echo”,
Tradução do número da Quaresma, 1900.
Texto para meditação
Aquele que oferece o sacrifício de louvor me glorificará; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus. Salmo 50:23.
Intercessão
Oremos para que o chamado de Deus não morra em nós, para que sintamos, como sendo nossa, a responsabilidade de levar fé e vida para todas as pessoas, em todas as situações.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

(Américo Vespúcio Cabral; Mês da Missão da IEAB).


Salmos 119:49-72 ou 49,[53]; Eclesiastes 3:1-15;
Gálatas 2:11-21; Mateus 14:1-12
Revdo. Américo Vespúcio Cabral: o pregador!
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3:1).
O nome “Eclesiastes” vem da palavra “ekklesia” ou Igreja, significando aquele que prega para a congregação (o mesmo que em hebraico “cohelet”). Este mesmo dom e ministério caracterizaram o Revdo. Américo Vespúcio Cabral. Vejamos parte de um depoimento dado em 1946 pelo Revdo. Orlando Baptista: “Américo Vespúcio Cabral foi um príncipe do púlpito sagrado. Era a águia, pairando soberbo na sublimidade de sua inspiração e arrojo. Grande na serenidade do porte privilegiado, grande na exposição do tema, grande na formosura das frases, grande na eloquência com que falava, arrebatando as massas dóceis, presas ao encanto do seu verbo dominador (...). Cristão fervoroso; era todo devotado ao serviço da Igreja, a qual votou toda a sua vida, inteligência e erudição. Ouviu a pregação do Evangelho no início da missão episcopal levada a cabo por Morris e Kinsolving, abriu seu coração generoso à boa semente por eles lançada, fez sua grande decisão e nunca arrefeceu no entusiasmo pela Causa que abraçara em sua mocidade”.
Revdo. Orlando Baptista (in memória)
(Extraído do Estandarte Cristão, n.1221, 1/11/1947, p.5)
Texto para meditação
Isto fiz eu, porque guardei os teus mandamentos. Salmo 119:56.
Intercessão
Oremos para que o exemplo de fé, de entrega e dedicação, do Revdo. Américo Vespúcio Cabral, nos inspire na entrega de toda nossa vida a proclamação do Evangelho de Jesus Cristo.