quarta-feira, 31 de outubro de 2012

(Dia da Reforma do Século XVI)


Salmos 119:49-72 ou 49(53); Eclesiástico 28,14-26;
Apocalipse 12:1-6; Lucas 11:37-52 .

Insônia e adoração

A meia noite me levantarei para te louvar, pelos teus justos juízos. Salmo 119:62.

Meia-noite chegou e passou. Estou acordado. O sono deu lugar à preocupação horas atrás e agora parece improvável que consiga dormir, apesar do meu cansaço. Minha mente está cheia de preocupações, de listas para compras. Eu não estou pronto. Muitos planos, preparações demais, muitos detalhes que permanecem na minha mente. Eu sento e olho cada parte do quarto. Oração? Não é prático. O que eu preciso é de tempo um tempo a mais. Eu percorria a pilha de revistas não lidas. Eu pegava um livro e o colocava para baixo. Oração? Na parte da manhã no meu "tempo determinado." Eu olho na geladeira. Eu olho pela janela. Eu olho em todos os lugares, mas não por dentro, porque por dentro é uma bagunça, e eu preciso de ordem. Quando eu me ajoelho para encher um recipiente lembro-me do que é real. Obrigado, Senhor. Seja por dormir ou por não dormir, porque você me enviou seu Filho, por isso esta é uma boa noite.

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. Apocalipse 12:5

Intercessão
Oremos para que nosso sono ou nossa vigília possa sempre acontecer na Paz do Senhor.

terça-feira, 30 de outubro de 2012


Salmos 45 ou 47,48; Eclesiástico 24:1-12;
Apocalipse 11:14-19; Lucas 11: 27-36.

O Reinado de Cristo

O livro de Apocalipse nos fala de um tempo de reis cruéis dominado por um imperador romano, ainda mais cruel e sanguinário. Corajosamente esta liturgia do Reino proclama que Jesus Cristo reinará sobre os reis, isto é, retirará seu poder para repartir este poder entre a multidão das pessoas que amam a paz e a justiça! Hoje, vivemos em um mundo dirigido por governos que se dizem “democráticos” e, em parte, é um grande avanço, pois o povo, ou melhor, a cidadania, pode intervir nos rumos dos seus governos. De certa forma esta democracia já está mais perto do reinado de Cristo. No entanto, ainda há crueldade e injustiça, porque o povo é enganado e corrompido em seus direitos democráticos. Portanto  a condenação vale também para aqueles que enganando o povo lhe roubam seu poder, lhe roubam a esperança e, finalmente, lhe roubam a vida. Nós, como cristãos e cristãs, acreditamos no reinado de Cristo, que é o reinado da justiça e da paz, e ninguém que use qualquer poder, mesmo sob a justificativa da representação popular, contra estes princípios divinos terá nossa aprovação, pois não tem a aprovação do Senhor. Lembremos disso antes de votar!

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. Apocalipse 11:17

Intercessão
Oremos para que no processo eleitoral também possamos testemunhar os valores do Reinado de Nosso Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Salmos 41,52 ou 44; Eclesiástico 19:4-17;
Apocalipse 11:1-14; Lucas 11:14-26.

O Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais nos têm contado a obra que fizeste em seus dias, nos tempos da antiguidade.Salmo 44:1

Will e Ariel Durant, em seu livro “As Lições da História”, nos lembram da importância de um estudo aberto do passado. "Para aqueles de nós que estudarem história não o façam apenas como um lembrete de aviso de loucuras do homem e de seus crimes, mas também como uma lembrança animadora de almas geradoras; assim o passado deixa de ser uma câmara deprimente de horrores, torna-se uma cidade celestial, um país espaçoso da mente, em que milhares de santos, estadistas, inventores, cientistas, poetas, artistas, músicos, amantes e os filósofos ainda vivem e falam, ensinam, esculpem e cantam". Deus tem trabalhado através de tais pessoas, e seu exemplo, em vez de ser uma "câmara de horrores deprimente", torna-se para nós a luz para iluminar nosso caminho. Precisamos desta perspectiva do passado. Isto é especialmente verdadeiro em uma era sofisticada como a nossa, quando a relevância para as exigências do presente tantas vezes parece dominar o nosso pensamento. É bom para nos lembrar de como Deus tem trabalhado nesse país espaçoso, onde santos e poetas e amantes viveram, onde ensinaram e suas obras foram esculpidas e cantadas. Isto pode ajudar-nos a ver Deus agindo em nossos próprios dias.

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente. Salmos 52:8

Intercessão
Oremos a Deus para que encaremos a história como algo ultrapassado, mas como uma fonte onde podemos beber maturidade e sabedoria.

domingo, 28 de outubro de 2012

22º Domingo após Pentecostes (Próprio 25) SÃO SIMÃO e SÃO JUDAS, APÓSTOLOS


Salmos 119:89-96; Isaías 28:9-16; 
Apocalipse 21:9-14; Lucas 6:12-23.

O Céu

E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandescente. Apocalipse 21:11

Como você imagina o céu? Nossa capacidade de imaginar qualquer coisa é limitado pelo que temos experimentado, o que significa que é limitado às coisas terrenas. Não é de estranhar, portanto, que vários sonhos de João sobre o céu, registradas no Livro de Apocalipse, se assemelhem às coisas na terra. Como poderia ser de outra forma? Ruas de ouro, portões de pérola, música de harpa, roupões brancos, ramos de palmeiras, uma interminável lista de nossas imagens estereotipadas do céu. João leva as mais belas coisas da terra para o céu e imagina como se fosse feito inteiramente delas. Sabemos que não pode ser literalmente verdadeiro, mas as imagens terrenas são as únicas imagens que temos. Eu gosto do que John Donne fez com isso em um de seus sermões: “No portão que entrarão, e na casa que eles habitarão, não há nenhuma nuvem nem sol, nem escuridão, nem luz deslumbrante, mas um igual contínuo, sem barulho nem silêncio, mas uma música igual, sem medos nem esperança, mas um igual de posse, onde não há inimigos, nem amigos, mas uma comunhão de igualdade e de identidade, sem fins nem começos, mas uma eternidade igual”.

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu. Salmos  119:89

Intercessão
Oremos para que nossa esperança do Céu seja a esperança da igualdade e da felicidade para toda a humanidade e toda a criação.

sábado, 27 de outubro de 2012


Salmos 30,32 ou 42,43; Eclesiástico 15:9-20
Apocalipse 10:1-11; Lucas 11:1-13.

O amargo e doce livrinho de Cristo

O texto de Apocalipse ou Revelação apresenta uma imagem de Cristo se apresentando com um livrinho. Por que um “livrinho” e não um “livro”? Vejo aqui uma abordagem carinhosa. Um livrinho é mais maleável e convida à sua leitura, no entanto, quando vemos um livro grande e grosso já desanimamos antes de começar. Este “livrinho” não é para ler é para comer! Quer dizer que seu conteúdo tem que fazer parte de nossos corpos, correr em nosso sangue e não apenas passar fugazmente pelas nossas mentes. Este “livrinho” não é a Bíblia, porque este é um livro grande, mas é o próprio Verbo Encarnado, a Palavra Viva de Deus; que se faz pequeno como um pedaço de pão ou como uma hóstia e pode ser comido. Esta Palavra Sacramental de Cristo, é amarga porque vem do sangue derramado em uma Cruz, é amarga porque, pela mesma causa, há outras pessoas que têm derramado vidas, sonhos, esforços por causa dela. É doce porque quando toma conta de nossa vida vemos essa pequena partícula molhada em vinho nos transformar por dentro, como o raro prazer de sermos acolhidos e acolhidas em algo muito maior que une a todos e todas e nos une a Deus em Cristo.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. Apocalipse 10:10.

Intercessão
Oremos para que a Santa Comunhão não seja uma refeição qualquer, sem gosto, mas seja doce em Cristo, e amarga na indignação e no compromisso de denunciar toda morte e toda injustiça.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Salmos 31 ou 35; Eclesiástico 11:2-20;
Apocalipse 9:13-21; Lucas 10:38-42.

Tudo, menos, nada.

Esta passagem do Evangelho segundo São Lucas também já foi muito comentada, tem quem seja mais como Marta (voltada para as coisas práticas e as responsabilidades concretas na família e na comunidade) e quem seja mais como Maria (voltada mas para a espiritualidade, para a reflexão, para o conhecimento). Mas, eu gostaria de levar a reflexão em outra direção. Até porque o que mais preocupa às pessoas do laicato e ao clero de nossas comunidades e dioceses, não é quantas Martas e quantas Marias temos, mas a falta de ambas! Vivemos uma acomodação perigosa. Perigosa porque não nos faz bem, não nos leva a lugar algum e não produz nada. Sabem que nada é quase sinônimo de morte. Ficar em silêncio meditando, observando e contemplando é refletir, e até se expor a uma transformação profunda, muitos cientistas alcançaram importantes conhecimentos para a humanidade apenas observando. No entanto, há quem viva no “nada”, apenas como um bichinho treinado repetindo sempre a mesma coisa, sem pensar, sem perguntar, até sem querer. Outros vivem atarefados fazendo “nada”. Sempre cheios de ocupações, mas que estão produzindo? Até em nossas comunidades repetimos e repetimos atividades, mas o que elas trazem de novidade? Será que elas estão de fato nos aproximando mais de Cristo e da Sua Missão? Sejamos Marta e Maria! Sejamos pessoas em busca de Cristo, sejamos tudo em Cristo, e paremos de ser “nada”.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Marta, porém andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. Lucas 10:40

Intercessão
Oremos por discernimento na oração, na reflexão e na ação em nossas vidas particulares e comunitárias, de forma que tudo nos aproxime de Cristo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Salmo 37; Eclesiástico 10: 1-18;
Apocalipse 9:1-12; Lucas 10: 25-37.

 O grande mandamento

Muito já se disse e se escreveu na Igreja de Cristo sobre esta nova interpretação da Lei de Deus, pela qual amar totalmente a Deus e amar as outras pessoas como amamos a nós mesmos/as seria o resumo e a essência de tudo o que é exigido para a salvação! No entanto, vejamos a história da Igreja e cada uma das denominações em particular. Já forma estimuladas guerras em nome de Deus, tem que justifique a pena de morte como vontade divina, a maior parte dos seguidores e seguidoras de Cristo discriminam outras pessoas, nos acusamos mutuamente de heresia e assim por diante. O que está faltando, então? De novo, entendo humildemente, que a falha pode estar na forma em
como construímos nossa espiritualidade. Como você ora para Deus? Quem é Deus para você ou para mim? E se a gente conduzir nossa espiritualidade através de duas expressões presentes nesta nova interpretação da Lei: “com tudo/toda” e “como”? Assim Deus será tudo para nós, será suficiente, e estaremos felizes porque todo nosso ser está voltado para Deus em Cristo Jesus. E se amarmos como Jesus, como Jesus nos ama, e como nós gostaríamos de ser amados e amadas?

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Lucas 10:28 

Intercessão
Oremos para que nossa espiritualidade pessoal e comunitária seja construída tendo o amor a Deus e o amor às outras pessoas como alicerce e sustento.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Salmos 38 ou 119:25-48; Eclesiástico 7:4-14;
Apocalipse 8:1-13; Lucas 10:17-24.

Celebrando a Missão

Quando aquelas setenta ou setenta e duas pessoas (dependendo da tradução do grego) voltaram da Missão de Deus chegaram cheias de alegria, animadas pelas maravilhas que viram e testemunharam. Assim, diante de Cristo celebraram a Missão! Quando a gente chega no Domingo na Igreja deveríamos chegar com essa mesma alegria. No Domingo deveríamos agradecer (Eucaristia significa: ação de Graças) pelas maravilhas que Deus tem feito em nossas vidas, e como na nossa missão cotidiana tem se manifestado. Quando nos reunimos em Concílio ainda mais, porque estão todas as pessoas enviadas na Missão reunidas! No entanto, a Eucaristia virou obrigação e o Concílio virou reclamação. O problema é que não estamos ouvindo bem o chamado, temos que ir fora, fora do templo, ali fazer Missão e então teremos o que agradecer e muitos motivos para nos alegrar.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus. Lucas 10:20

Intercessão
Oremos para que nossas celebrações eucarísticas, nossos Concílios e Sínodos sejam uma grande e alegre celebração do sucesso da Missão de Deus entre nós.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

SÃO TIAGO DE JERUSALÉM, IRMÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, MARTIR, 62


Salmos 26,28 ou 36,39; Eclesiástico 6:5-17
Apocalipse 7:9-17; Lucas 10:1-16.

De dois em dois

A forma como Jesus envia seus discípulos e discípulas para a missão mostra que ninguém faz missão sozinho/a. Isso parece bastante óbvio, mas na Igreja tendemos a deixar as pessoas sozinhas. Depois de abandoná-las ainda as acusamos de fazer tudo. Como disse um líder leigo: “a gente escolhe alguém para resolver todos os nossos problemas sem nos comprometer e depois ainda o culpamos por não ter resolvido tudo”. Por outro lado, às vezes, em um ataque de “compromissite” e nos dispomos a ajudar, mas o surto dura pouco e logo ali na frente deixamos a pessoa sozinha de novo, porque, depois de tudo, todas as pessoas estão sempre muito ocupadas com suas prioridades. A saída é espiritual! Sim, é buscar o Espírito da Missão de Deus que pede apenas para perguntar: “precisas de alguma coisa?” ou dizer “eu gostaria de participar mais, me convida!” e quando assumimos uma responsabilidade fazê-la, mesmo que junto, como se fossemos os únicos responsáveis, e não pensando: “se não funcionar é culpa dele/dela que quis assumir”.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir. Lucas 10:1

Intercessão
Oremos para encontremos no Evangelho a verdadeira motivação para trabalharmos juntos, tão comprometidos quanto se estivéssemos sozinhos, mas unidos como sendo UM em Cristo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Salmos 25 ou 9,15; Eclesiástico 4:20—5:7
Apocalipse 7:1-8; Lucas 9:51-62.

Anjos do Apocalipse

Os anjos são, literalmente, seres que trazem mensagens da parte de Deus. Nem deveríamos usar mais a palavra “anjos” e sim “mensageiros/as”. Vejam, se a gente diz que quatro mensageiros de Deus iriam chegar a terra para destruir tudo, antes de pensar na destruição iríamos querer saber qual era a mensagem que motivava tal ação. Justamente está é a mensagem de Apocalipse, pois que Deus possa destruir tudo (como novamente ameaçam os seguidores do calendário Maia) não é novidade! Se Deus criou, Deus pode destruir e recriar. Mas, se Deus nos manda anjos é porque quer nos passar uma mensagem transformadora e não apenas destruir tudo. Qual seria esta mensagem? Primeiro que a destruição não atingirá todas as pessoas que vivem e praticam a justiça (isto é, 144.000 que simboliza todas!) e que, portanto, o mal não é vontade de Deus, mas consequência das injustiças humanas (Apocalipse 7:3). Segundo que o fim deste mundo é para o começo de um novo mundo onde não exista mais: fome, sede, angustia. Portanto, mesmo que tudo vá caminhando para a destruição pelo nosso egoísmo e maldade, devemos acreditar que se seguirmos lavando as vestes no sangue do Cordeiro (isto é, no seu gesto de vitória sobre a morte) teremos um mundo novo e melhor!

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém. Apocalipse 7:12

Intercessão
Oremos para que diante da possibilidade da destruição da vida na terra, principalmente pela ação humana, nunca desanimemos e continuemos a proclamar a possibilidade de um mundo novo e melhor.

domingo, 21 de outubro de 2012

21º Domingo após Pentecostes (Próprio 24)


Salmo 35:17-28; Isaías 53:7-12;
Hebreus 4:14-16; Marcos 10:35-45.

Diaconia: base de todos os ministérios

Hoje, na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, contamos com Serviço Anglicano de Diaconia e Desenvolvimento (SADD) que estimula os projetos de ação social, solidariedade e promoção humana em toda a igreja. No entanto, ainda temos muitas dificuldades em transformar nossa ação solidária em “projeto”. Por quê? Será porque ter projeto significa compromisso sério? Pode ser, porque geralmente vemos a diaconia (isto é, o serviço solidário) como um “complemento” e não como uma atividade essencial à nossa fé. Na Igreja o ministério ordenado começa pelo diaconato. Em muitas comunidades há gente que, por não saber o valor da diaconia, acha que a reverenda diácona ou o reverendo diácono é um “reverendo pela metade” e pressionam para que o antes possível estas pessoas sejam ordenadas presbíteras. No entanto, como poderão ocupar os primeiros lugares, a presidência, ou até o episcopado, se não aprenderam primeiro a ser servas de todos?

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Marcos 10:44

Intercessão
Oremos a Deus, que em Cristo se fez servo, para que aprendamos a valorizar a diaconia e ministério diaconal em todas suas formas.

sábado, 20 de outubro de 2012


Salmos 20 ou 21:1-7 (8-14); Eclesiástico 3:17- 31
Atos 28:17-31; Lucas 9: 37-50.

Acima e além de tudo: T E S T E M U N H A R!

Ter consciência da própria limitação é próprio das pessoas humildes e, por isso, Ben Sirac (autor de Eclesiástico) adverte: quanto mais importante você for, mais humilde seja e então encontrará favor diante do Senhor! Continua ele: não procure o que não lhe compete e faça com dedicação aquilo que lhe foi ordenado, porque um coração obstinado acabará mal! Na mesma direção vem a oração dos salmos lembrando a todas as pessoas que o auxílio na doença e o socorro nas tribulações vêm somente do Senhor, pois, só Deus nos dá segurança (a começar pelo governante\rei temente a Deus Exatamente esta é a atitude do Apóstolo das Nações ao chegar a Roma. Mesmo permanecendo detido em prisão domiciliar (a espera do julgamento de César) Paulo continua sua pregação missionária convidando, em primeiro lugar, os judeus para lhes esclarecer seu caso (jurídico) mas, acima de tudo, para anunciar-lhes o Reino de Deus e persuadi-los sobre Jesus no contexto da Lei e dos Profetas. No Evangelho para hoje Lucas registra vários episódios (perícopes = trechos independentes justapostos) que acontecem no dia-a-dia de Jesus, tais como: - a cura X a falta de fé (37-43a); - a certeza da morte X a firmeza de propósito (43,b-45); - a fama X a humildade (46-48); - a intolerância X a inclusão (49-50). Ao mencionar estes fatos do cotidiano de Jesus o evangelista tem a finalidade de nos orientar e, ao mesmo tempo, nos fornecer subsídios a fim de que o nosso testemunho diário também seja semelhante, coerente e contundente como o de Jesus. Ou seja, que ao nos depararmos com as mais diferentes atitudes e contraditórias situações no nosso dia-a-dia, nós também tenhamos o mesmo proceder de Jesus.

Revdo. Ramacés Hartwig
Pelotas RS

Texto para meditação
A mente sábia medita a parábola... Eclesiástico 3:28a

Intercessão
Oremos para que o nosso testemunho (pessoal – familiar – social – eclesial, etc) seja tão audacioso quanto o de Paulo e tão inclusivo e amoroso quanto o de Jesus.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

(Henry Martyn, Presbítero e Missionário na Índia e Pérsia, 1812)


Salmos 16,17 ou 22; Eclesiástico 1:1-10,18-27;
Atos 28:1-16; Lucas 9:28-36

Viva pregando o Evangelho com a vida!!”

Paulo continua sua peregrinação para Roma e, apesar dos rigores e perigos da viagem, segue pregando o Evangelho, curando muitas pessoas, mas também sendo reconhecido e distinguido com honras e admiração por todos porque sua vida era um “Evangelho Vivo”. Para o Apóstolo das Nações todas as pessoas eram (e são) o alvo do Amor de Cristo e, portanto, dignas de receber a Boa Nova a qualquer custo. No relato evangélico Lucas registra a Transfiguração, isto é, o momento em que a figura Humana de Jesus transcende e transpõe os limites humanos para reunir em figura Divina a Lei (Moisés) e os Profetas (Elias) querendo significar que n'Ele se realiza e se completa toda a História da Salvação. Pedro, sempre pronto e afoito para tomar iniciativas (mesmo que negue depois e chore arrependido), quer construir, de imediato, três tendas. Entretanto, no centro desta manifestação do Senhor como Salvador da humanidade, a voz proclama sonoramente e nos adverte solenemente: - Este é o Meu Filho! Ouçam o que Ele diz! Esta Voz Divina quer nos dizer que não basta reconhecer o Cristo, é preciso colocar em prática o que Ele ensina e, para tanto, é necessário descer da montanha e misturar o Evangelho no dia-a-dia da Vida. Este é o exemplo do missionário Henry Martyn que chegou à Índia em abril de 1806 e a primeira coisa que fez foi aprender o vernáculo para traduzir o Segundo Testamento para o urdu, o persa e para o judaico-persa. Ele também foi o tradutor dos Salmos e do LOC para o urdu. No dia 06 de outubro ele escreveu no seu diário: Quando é que vão aparecer os novos céus e a nova terra onde habita a justiça? Lá, de modo algum entrará qualquer coisa que contamine o ser humano; nenhuma maldade que faça as pessoas piores do que as bestas selvagens; nenhuma corrupção destas que trazem a miséria da mortalidade deve ser vista ou ouvida neste lugar!
Jesus, Cristo de Deus, ajuda-nos a sermos missionário\as do Teu Reino em Verdade e Justiça!

Revdo. Ramacés Hartwig
Pelotas RS

Texto para meditação
Não se eleve, para não cair... Eclesiástico 1:27

Intercessão
Oremos pelas missionárias/os que, por amor a Cristo, levaram o EVANGELHO a outros povos e culturas, porém, igualmente peçamos perdão pelas atrocidades, excessos e exageros cometidos em nome de Cristo, da Fé Cristã e da Igreja através das denominações e\ou ordens religiosas e/ou instituições.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SÃO LUCAS, EVANGELISTA


Salmo 147:1-7; Isaías 61:1-6;
Atos 1:1-8; Lucas 10:1-9.

O Espírito do Senhor nos indica
o caminho para o Reino!

Neste pequeno trecho do livro do profeta Isaías nos é apresentado condensadamente um dos mais belos, profundos e repetidos textos do Primeiro Testamento. Seu conteúdo profético aliado ao seu vigor teológico apresenta a Boa Notícia da esperança messiânica em termos concretos e fatos reais para que, sob a unção do “Espírito do Senhor” seja concretizada a Salvação através da libertação de todos os males e danos que acometem qualquer pessoa. O Evangelho ratifica a mesma mensagem messiânica e repete as mesmas orientações para os “missionários do reino de hoje”, a fim de que fique bem claro que aquelas pessoas que se dispõem a seguir Jesus e a dar continuidade na implementação dos sinais do Reino devem assumir esta missão com fervor, amor e total disponibilidade mesmo que isso implique em alguns atrapalhos ou dissabores pelo caminho. Curar os enfermos é uma das tarefas dos discípulos\as de Jesus e, de acordo com a tradição, Lucas foi médico (cf. Cl 4,14 ou exerceu alguma atividade na área da saúde) e, por isso, foi escolhido para ser o “padroeiro dos médicos” (protetor, inspirador, orientador). É deveras oportuno que continuemos lembrando da Campanha da Fraternidade promovida, este ano, pela Igreja Católica-Romana (cujo tema é SAÚDE). O SUS deve oferecer aos seus funcionários (administradores e corpo clínico) e aos usuários (particularmente a população carente) o devido respeito profissional com o necessário e digno atendimento pessoal, carinhoso e cuidadoso aos pacientes (verdadeira finalidade do SUS).

Revdo. Ramacés Hartwig
Pelotas RS

Texto para meditação
Curai os enfermos e anunciai que o Reino de Deus está próximo! Lucas 10:9.

Intercessão
Oremos pelos enfermos, idosos, abandonados ou esquecidos quer estejam em asilos, hospitais ou em suas casas (ou de familiares).).

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

(Inácio, Bispo de Antioquia e Mártir, 115)


Salmos 119:1-24 ou 12,13,14; Jonas 1:17—2:10;
Atos 27:9-26; Lucas 9:1-17

Deixai-me ser alimento das feras ... serei triturado pelos dentes das feras para tornar-me o Pão puro de Cristo! (Inácio, Bispo de Antioquia)

Do “fundo do poço” (do ventre do peixe) com a angústia e o desespero sufocando a sua vida, Jonas clama a Deus que o faz subir da sepultura  do mundo dos mortos). Deus esperou o tempo certo (kairós) para que ele reconhecesse que ao Senhor pertence a salvação (tanto a sua como de todos os povos) fazendo-o retornar e retomar sua missão. Nas orações salmódicas ouvem-se clamores, pedidos de socorro e afirmações de fé que atestam a soberania absoluta e o total governo de Deus sobre toda a Sua criação mesmo que, por vezes, estas criaturas “traiam Sua confiança, rebelem-se contra Ele e voltem-se umas contra as outras!” (Livro de Oração Comum, p. 82). Lucas, no Evangelho, registra as orientações de Jesus para os discípulos a fim de que estes saíssem pelo mundo pregando o Reino de Deus e curando os enfermos. Para cumprir esta tarefa eles não precisavam de bagagem alguma, bastava que levassem a fé e a coragem e enfrentassem o pó da estrada. O resultado desta empreitada missionária foi tão grande que preocupou e tirou o sono até de Herodes e, como sua consciência ainda pesava com o caso de João, o Batista, ele associou o movimento de Jesus com o (re)aparecimento do decapitado (por sua ordem). Porém, a mensagem de Jesus vai muito além do movimento daquele que batizava para o arrependimento porque, além de aglomerar multidões ao seu redor, Ele ia da teoria para a prática fazendo com que as pessoas repartissem dons e alimentos, compartilhassem sofrimentos e curas, trocassem experiência e esperanças e, acima de tudo, passassem a viver comunitariamente o amor à Deus servindo o próximo e o inimigo.

Revdo. Ramacés Hartwig
Pelotas RS

Texto para meditação
Quanto a mim, confio na Tua benignidade! Salmo 13:5.

Intercessão
Oremos pelos trabalhos pastorais e sociais das (nossas) comunidades eclesiais ou das ONGs (ou outros), bem como pelos órgãos e autoridades (não governamentais ou do governo) sejam diligentes no serviço social.

terça-feira, 16 de outubro de 2012


Salmos 5,6 ou 10,11; Jonas 1:1-17;
Atos 26:24—27:8; Lucas 8:40-56.

A Missão de Deus, através de Cristo, é salvar todas as pessoas!

Neste trecho da novela de Jonas (uma bela estória ilustrativa da Redenção da Humanidade) o autor conta como ele recebeu o chamado de Deus para uma missão especial, mas pensando que podia fugir da Sua presença, toma outro rumo. Jonas retomou sua missão e deu continuidade ao plano de Deus. Lucas relata detalhes da viagem de Paulo (para a Itália) na intenção de mostrar o zelo de Deus para com o seu “filho especial”. Jonas e Paulo tinham missões especiais para cumprir e nada deveria afastá-los dos desígnios de Deus e do cumprimento de suas divinas tarefas. Quem “ouve a Voz Divina” clamando deve responder: “Manda-me! Estou pronto, aqui!” (Hino 184). No texto do Evangelho há dois fatos entrelaçados: um de cura e outro de ressurreição, um é decorrência do outro. Do pedido intercessório de um pai (por sua filha falecida) à súplice coragem de uma mulher (em grave estado de saúde) revela-se o grandioso poder de Deus que ama tanto os seres humanos, lhes restabelece a saúde, mas também lhes devolve a vida. Do homem sabemos o nome (Jairo) por ser o chefe da sinagoga. Da mulher, além de não sabermos o nome (por ser uma pessoa humilde e comum do povo). Jesus constrange-a para que se apresente - talvez com a intenção de que ela testemunhasse sua grande fé mediante a qual foi salva! Quanto à menina ressuscitada (também sem nome podendo significar qualquer pessoa) ela é devolvida ao convívio da família e, por mais espetacular e significativo que seja este fato, Jesus ordena que eles não o contem para ninguém, como querendo simbolizar que a ressurreição é o maior mistério da vida.
Jesus, Cristo de Deus, reina sobre a nossa vida e salva-nos da morte eterna !

Revdo. Ramacés Hartwig
Pelotas RS

Texto para meditação
Não temas, crê somente ! Lucas 8:50.

Intercessão
Oremos por todas as pessoas que, sem fé, sem esperança e sem amor, deixam-se abalar e abater pelas vicissitudes e pelos sofrimentos da vida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

(Tereza de Ávila, Priora, 1582 e Samuel Isaac José Schereschewky, Bispo de Xangai, 1906)


Salmos 1,2,3 ou 4,7; Miquéias 7:1-7;
Atos 26:1-23; Lucas 8:26-39 

De onde vem a salvação?

O desespero do profeta frente a decadência e a desmoralização da sociedade de Israel (em geral) faz com que ele eleve a Deus suas angústias e inquirições, afinal, nem nos amigos mais íntimos, tampouco nos familiares, era possível confiar. Restava-lhe uma única saída: - Eu esperarei no Deus da minha salvação! O relato do Evangelho registra a passagem de Jesus pela terra dos gerasenos onde, pela Sua simples presença amorosa e atitude misericordiosa, o mal transparece e assume a sua ferocidade tomando a forma da maldade humana. Porém, não lhe resta alternativa a não ser se atirar pelos penhascos e abismos (altos e baixos) imundos (porcos) do submundo da mentira, da corrupção, da ganância, da fraude, do pecado e, por fim, da morte. Entretanto, a partir do confronto da mensagem evangélica que Jesus trouxe e pelo grande alvoroço que Sua presença causou o povo, que optou por pedir que Jesus se retirasse a fim de que a triste vidinha continuasse como antes (em aparente paz, muita mentira e vergonhosos relacionamentos político-sociais-religiosos). Contudo, o rapaz que foi libertado do poder do mal e que poderia recomeçar uma nova vida seguindo com o grupo de Jesus foi, pelo próprio Mestre, enviado para ser “mensageiro da novidade” que Deus havia realizado em sua vida a anunciar para seus próprios familiares e concidadãos como Jesus o tinha socorrido e livrado de todo o mal.
Jesus, Cristo de Deus, quero que também sejas o meu Salvador!

Revdo. Ramacés Hartwig
Pelotas RS

Texto para meditação
Em paz me deitarei e logo dormirei porque o Senhor me faz habitar em segurança! Salmo 4:8.

Intercessão
Oremos para que, a partir do nosso encontro (pessoal e intransferível) com Jesus a exemplo de Santa Tereza, nós também possamos viver e professar a Fé em Cristo.

domingo, 14 de outubro de 2012

20º Domingo após Pentecostes (Próprio 23)


Salmo 90:1-12; Gênesis 3:8-19;
Hebreus 4:1-3,9-13; Marcos 10:17-30.

A plenitude de Deus e a finitude humana!

Onde estás? Foi a pergunta de Deus para Adão, cuja resposta foi: Estava nu e me escondi! Esta nudez (simbólica) nos dá alguns indicativos precisos e verdadeiros sobre fragilidade da natureza humana na presença de Deus: desvela nossa intimidade (porque de nada adianta se encobrir com trajes elegantes, fazer plástica ou usar maquiagem); manifesta nossa sagacidade para encontrar desculpas (e capacidade para achar culpados); revela nossas limitações (porque com as dores do parto e com o suor do rosto é que sobreviveremos) e, finalmente, demonstra nossa finitude (porque és pó e ao pó voltarás!).Hebreus nos alerta que a Palavra de Deus é viva e eficaz e, por isso, ela consegue separar e tornar manifestas todas as coisas aos olhos d'Aquele a quem temos que prestar contas. A oração do salmo nos traz (re)conforto e segurança porque mesmo que a santidade de Deus exponha nossas maldades e pecados secretos: Ele é o nosso refúgio! Por sua vez, no relato evangélico, Jesus toca em um dilema humano, ou seja, no apego aos bens materiais ao ponto da pessoa correr o risco de perder a salvação (que é oferecida por Amor e Graça). Ele afirma que “se” o ser humano fizer a sua parte (que é possível) com toda a certeza, Deus fará a Sua (mesmo que seja impossível) porque para Deus tudo é possível! A questão central deste Evangelho é: Como é que enfrentamos e resolvemos os dilemas da finitude humana? Será que confiamos suficientemente na Graça e no Amor de Deus a ponto de deixarmos em Suas Santas Mãos todas as nossas preocupações, ansiedades, sonhos, frustrações, alegrias e tristezas? 
Jesus, Cristo de Deus, ajuda-nos a governar nossas vidas seguindo Teu caminho !

Revdo. Ramacés Hartwig
Pelotas RS

Texto para meditação
...tudo passa depressa e nós voamos ! Salmo 90:10

Intercessão


Oremos para que a Graça de Deus sempre nos preceda e acompanhe a fim de que perseveremos nos caminhos do Senhor e realizemos as Boas Obras que Ele preparou para nós.

sábado, 13 de outubro de 2012


Salmos 137:1-6(7-9),144 ou 104; Miquéias 5:1-4,10-15;
Atos 25,13-2 ; Lucas 8:16-25.

Resistência: uma lição de humanidade

O salmo 137 é um dos mais belos poemas. Está repleto de uma humanidade arrebatadora. Fala sobre resistência e reconstrução. É uma afirmação da força humana em meio ao caos. No exílio babilônico, o povo precisa lidar com uma de s uas maiores crises, pois havia perdido seus grandes referenciais: a terra, o templo e seu rei. Era hora de encontrar um novo sentido para o passado e reconstruir a vida. No exílio, o povo é desafiado a enfrentar diariamente seu opressor. É também chamado a afirmar sua fé, apesar da aparente derrota. Por isso a oração é tão encarnada e contextual: retrata a luta de muitos de nós, brasileiros. É preciso resistir sempre. Essa resistência também vem pela lembrança (de Sião); pelo protesto (pendurar as harpas); pela humilhação (pedido dos opressores); pela imprecação pessoal (voto); pela imprecação do outro (desabafo) e pela ação divina ( que fará justiça). Muitas experiências difíceis fazem que o lamento e melancolia povoem nossa alma. À semelhança do salmista, é preciso continuar crendo no Deus Criador de todas as coisas. Cabe a nós o desabafo e o clamor, cabe a Ele os atos de justiça em nosso favor. O exílio tem a ver, também, com nosso estado de espírito. Resistir é a senha para a saída do exílio pessoal.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR

Texto para meditação
Se eu me esquecer de você, Jerusalém, que seque a minha mão direita. Salmo 137: 5.

Intercessão
Oremos para que mesmo em situações de total exílio, jamais nos esqueçamos de que as forças para resistirmos vêm de Deus.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

DIA DAS CRIANÇAS


Salmos 140,142 OU 141,143:1-11(12); Miquéias 3:9 - 4:5;
Atos 24:24 – 25:12; Lucas 8:1-15.

É possível reconstruir as relações

A atualidade da palavra de Miquéias nos causa espanto. Sua denúncia cai “como uma luva” no contexto político brasileiro assim como em alguns ambientes religiosos. A origem camponesa do profeta lhe garante uma linguagem simples, clara e direta. Sua indignação é contra as injustiças sociais, a cobiça, a ganância de líderes políticos e religiosos sem escrúpulos. Basta um breve “passeio” pelas emissoras de tv para sermos afrontados por “apóstolos”, “bispos” e “pastores” que não se intimidam em usar o nome de Deus em vão. De igual modo, os noticiários trazem uma verdadeira avalanche de crimes, corrupção, suborno, roubos e crimes cometidos por aqueles que deveriam garantir a ordem da nação e a dignidade do povo. Onde estão os Miquéias de nosso tempo? Nossos jovens estão carentes de líderes honrosos. Nosso povo precisa de vozes que denunciem o mal que se encontra instalado entre os que tem poder para governar, mas não o fazem com retidão. A situação das crianças é um bom exemplo do descaso social e educacional. Que progresso e saúde podem haver quando há tanta contaminação? A resposta vem do mesmo Ezequiel: é possível reconstruir as relações; é possível retomar o projeto divino e desenharmos outro perfil para a nação, outro mundo, mas para que isso aconteça é necessário fazer outras escolhas, caminhar segundo outros critérios. É preciso abandonar os ídolos e voltar-se para Deus.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR
Texto para meditação
Todos os povos caminham, cada qual em nome de seu deus; nós, porém, caminhamos em nome de Javé, nosso Deus para sempre!. Miquéias 4: 5.

Intercessão
Oremos para que Deus ilumine nossos corações e mentes para fazermos escolhas melhores.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Salmos 131, 132 (133) ou 134, 135 ; Miquéias 3:1-8;
Atos 24:1-23; Lucas 7: 36-5.

Ainda sou do Caminho!

Ao iniciar sua resposta, destacando e elogiando a autoridade do líder político de seu tempo, Paulo revela sabedoria, sagacidade e mostra que sua defesa e argumentação não se baseiam na violência física ou recursos infundados, mas em sua prática e testemunho, em sua capacidade intelectual e sua fidelidade ao projeto de Deus. Paulo é fiel àquilo em que acredita, tem convicção de sua vocação profética e missionária, está disposto a enfrentar as adversidades em nome do Cristo com o qual havia se encontrado a caminho de Damasco. É uma situação difícil, crítica e da qual, naquele momento e aos nossos olhos, não alcança livramento. Embora inocente é feito prisioneiro, pois naquele tempo – e hoje – prevalecem os interesses econômicos e políticos em detrimento da vida e saúde humana. A experiência vivida pelo apóstolo nos ensina que o Cristianismo não é qualquer coisa nem um caminho qualquer. O projeto divino não termina na morte, mas na ressurreição. Essa é também nossa força. Como cristãos, seguidores do Caminho, e à semelhança de Paulo, precisamos agir com mais ousadia, mostrando aos outros, por meio de ações e palavras, as transformações que Cristo trouxe a cada um de nós.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR
Texto para meditação
Confesso-lhe, porém, uma coisa: eu estou a serviço do Deus de nossos pais, segundo o Caminho, que eles chamam de seita. Atos 24:14a.

Intercessão
Oremos por todos aqueles que se sentem prisioneiros, para que experimentem novamente a força da ressurreição seja nossa força.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Salmos 119,145-176 ou 128,129,130; Miquéias 2:1-13;
Atos 23:23- 35; Lucas 7:18-35.

Eu sei quem é Jesus!

Jesus insiste: E vocês, quem dizem que eu sou? E a resposta veio. Certa e poderosa: “O Messias de Deus!" Jesus é o Messias de Deus! Jesus é aquele que foi "traspassado" pelos nossos erros, pelos nossos pecados e pela nossa fraqueza! Jesus é aquele em quem devem estar os nossos olhos! É aquele que nos fortalece, quando estamos fracos; que está conosco, quando nos sentimos sozinhos, independente do que somos; é aquele que sempre se posicionou pelos fracos, oprimidos, doentes, injustiçados, excluídos, abandonados; é aquele que diz que a dignidade e a honra não passam pelo ter, mas pelo ser; é aquele que nos dá a paz que excede todo o entendimento! A paz é impossível de ser explicada ou entendida, pois nos invade mesmo diante das situações mais adversas. Não há como fugir. Qual a nossa resposta? Quem é Jesus para nós? Em que a experiência com esse Cristo tem feito de nós pessoas melhores? Talvez possamos recuar no tempo e rastrear nossa caminhada com Jesus. Procure em sua infância um lugar no qual você se sentia feliz, seguro, protegido, amado, abençoado. Ou traga à memória alguém que é ou foi importante para você. Talvez fique surpreso ao descobrir quem é Jesus se for capaz de identificar sua presença ao longo da vida, por meio de lugares simples, pessoas humildes e gestos sinceros.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR
Texto para meditação
Voltem, e contem a João o que vocês viram e ouviram. Lucas 7:22a.

Intercessão
Oremos pelos nossos irmãos que se encontram confusos e não acreditam mais que Jesus é o Filho de Deus.

terça-feira, 9 de outubro de 2012


Salmos (120)121,122,123 ou 124,125,126,(127); Miquéias 1:1-9;
Atos 23:12-24; Lucas 7:1-17.

A paz nem sempre é bem-vinda

Angústia, convocação divina, reclamação, problemas, persuasão a que Yahweh (nome hebraico de Deus) intervenha marcam o Salmo 120. O canto vem do exílio quando povo era prisioneiro na Babilônia. A paz é tema de destaque na voz do salmista. A manutenção da guerra e de forças que promovem a morte os aflige, os angustia, revolta e os cerca o tempo todo. Em nossa caminhada pela vida experimentamos e vivemos conflitos e dores. No salmo, a língua é personificada, afinal, não é ela em si que retribui, mas aquele que a usa, pois é sobre o que faz mau uso dela que se costuma emitir uma censura, uma reprovação. Nem todos buscam a paz, alguns preferem os lucros da guerra. Por isso, aqueles que promovem a paz certamente encontrarão resistência: seja na sociedade, na igreja ou no espaço familiar. E mais: para aqueles que não possuem intimidade ou familiaridade com o sagrado, a paz nem sempre é bem-vinda. O próprio orante revela essa tensão: um diz “paz”, enquanto o outro se opõe e declara “guerra”. Entre súplica e lamento, o salmista faz sua oração. O conflito do orante é também o de cada um de nós, afinal, sentir-se bem e em paz é tudo que queremos, para nós e para o próximo.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR
Texto para meditação
Quando eu digo: Paz, eles dizem: Guerra. Salmo 120:7.

Intercessão
Oremos por todos aqueles – homens e mulheres – cujas ações desafiam os discursos que não garantem a paz.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Salmo 106; Oseias 14:1-9;
Atos 22:30 -23:11; Lucas 6:39-49.

Alianças de infidelidade

Em Oséias, o contexto histórico é de crise e instabilidade econômica, política e religiosa. A infidelidade havia afastado o povo do projeto divino. Assim como nos tempos bíblicos, há muitas formas de ser infiel a Deus e de ser incoerentes em nossa prática e discurso: aliar-se a opressores, perder a esperança, preferir ser servido a servir, omitir-se quando é possível defender alguém ou uma causa, não ser coerente no discurso e nas ações. Podemos ser infiéis quando desprezamos os ensinamentos bíblicos e nos afastamos do projeto de amor, paz, justiça pelo Reino de Deus. Ao afirmar a ressurreição, Paulo é fiel a suas convicções e princípios, mas se indispõe com os líderes religiosos de seu tempo. Da mesma forma o evangelho de Lucas nos alerta: o radicalismo em nada traz benefícios, mas a coerência em muito promove o equilíbrio e a vida. Não cabe ao ser humano o julgamento sobre quem quer que seja. O sucesso, tão almejado pelas pessoas, tem sua base em valores que são até mesmo desprezados pelo nosso tempo. Por isso, nossa oração precisa ter mãos que se estendam e pés que se dirijam ao encontro do outro, do necessitado, olhos que, de fato, vejam; uma mente sábia e um coração misericordioso.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR
Texto para meditação
Por que vocês me chamam: Senhor! Senhor!, e não fazem o que eu digo?” Lucas 6:46.

Intercessão
Oremos para que nossa postura radical seja sempre para promover a vida e que Deus nos livre das armadilhas da infidelidade ao projeto divino.

domingo, 7 de outubro de 2012

19º Domingo após Pentecostes (Próprio 22)


Salmo 128; Gênesis 2:18-24;
Hebreus 1:1-4; 2:9-11; Marcos 10: 2-16.

Ninguém é melhor do que ninguém

Mais uma vez Jesus é desafiado pelos religiosos de seu tempo. A radicalidade do discurso que o desafia, leva-o a suscitar em seus ouvintes outros sentimentos, provocar novos olhares e instalar certa desordem entre aqueles que dele se aproximavam. Onde se reúne muita gente as dúvidas e questionamentos também aumentam. A questão levantada punha Jesus à prova, pois era validada pela Lei. O Mestre, porém, conduz a conversa para outro nível: o do respeito, do amor, da igualdade. Para Jesus, o bom relacionamento exige responsabilidade e envolvimento de ambas as partes: homem e mulher. O amor é o princípio estruturador das relações humanas, fraternas e conjugais. O temor a Deus, também anunciado pelo salmista, é ressignificado pelo Cristo, que o transforma num compromisso de amor, de reconhecimento. Nos tempos bíblicos, mulheres e crianças não eram reconhecidas ou respeitadas enquanto seres inteiros e completos, mas consideradas “vazias”. A reação do Cristo nos desafia a não sermos tão precipitados, rígidos ou intolerantes em relação ao próximo, ou quanto a assuntos considerados polêmicos. Os critérios e o modelo apresentado pelo Mestre incluem respeito e autoanálise. Ninguém é melhor do que
ninguém.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR



Texto para meditação
Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés escreveu esse mandamento. Marcos 10:5.

Intercessão
Oremos para que Deus nos ajude a ser cristãos mais coerentes.