terça-feira, 30 de setembro de 2014

Jerônimo, Presbítero e Monge em Belém, 420

Salmos 97,99,[100] ou 94,[95]; Oséias 4:1-10; 
Atos 21:1-14; Lucas 5:12-26.

“Fidelidade – Responsabilidade Cristã”

O salmista diz que a fidelidade de Deus dura para sempre, os profetas criticam a infidelidade do povo, em Atos dos apóstolos podemos constatar a fidelidade para com Deus nas palavras: “Seja feita a vontade do Senhor”, e nós, como estamos na nossa fidelidade a Deus?
                  
A fé cristã é estabelecida numa relação de confiança e amor, e é esta confiança que nos proporciona a segurança de que nada deverá abalar a nossa fidelidade a Deus. A fidelidade é a nossa resposta a Deus pelo dom da vida, a maior dádiva da Sua graça, porém exige uma maior responsabilidade que deve ser priorizada. Partindo da especial responsabilidade, não só com a própria vida, mas com tudo o que diz respeito à vida, envolvendo, especialmente o cuidado com as outras pessoas e a natureza. Esta resposta se traduz na nossa responsabilidade cristã, proporcionando oportunidades em sentir afeto e compartilhar, participando ativamente na totalidade da vida, cumprindo a vontade de Deus.

ML Angela Arnt Senez – Niterói RJ (reeditado)

Texto para meditação
“...Seja feita a vontade do Senhor.” Atos 21:14

Intercessão
Oremos para que a nossa responsabilidade cristã seja motivo de inspiração para muitas pessoas. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SÃO MIGUEL E TODOS OS ANJOS

Salmo 89; Oséias 2:14-23; 
Atos 20:17-38; Lucas 5:1-11. 

“Encontrar a felicidade nas pequenas coisas”

As mudanças que somos obrigados a enfrentar no nosso dia a dia, por vezes são fáceis, agradáveis, por outras, são extremamente árduas. Porém, qualquer que seja a mudança é fundamental que se tenha disposição de enfrentá-la para que possamos crescer em maturidade. A conversão é a maior mudança na vida do ser humano e exige “mergulhar em águas profundas” como nos ensina Jesus Cristo, em um aprofundamento na fé e na entrega a Deus. 
              
Quando iniciamos a nossa vida adulta a preocupação gira em torno da sobrevivência, a luta pelo trabalho, por um lugar na sociedade, pela construção da própria família, pela independência financeira, sempre na expectativa de receber alguma 
coisa. Na busca da tão sonhada felicidade, muito facilmente somos levados a desvirtuar os verdadeiros valores da vida, escondidos nas pequeninas coisas do dia a dia. 
              
Hoje, o livro de Atos nos convida a perceber o verdadeiro valor da ajuda, do cuidado com o próximo, descobrindo que a felicidade está no real valor de “dar mais do que receber”. Vale refletir mais profundamente sobre esta leitura.

ML Angela Arnt Senez – Niterói RJ (reeditado)

Texto para meditação
“Há mais felicidade em dar do que em receber”. Atos 20:35

 Intercessão
Oremos para que as pessoas possam perceber nas pequenas coisas a felicidade escondida.

domingo, 28 de setembro de 2014

16º Domingo de Pentecostes (Próprio 21)

Salmo 25; Ezequiel 18:1-4,25-32; 
Filipenses 2:1-13; Mateus 21:28-32.

Sim para Deus, sim para a ação!

Com que responsabilidade dizemos “sim” para Deus? Com qual dos dois filhos nos identificamos? E os matrimônios? O “sim” no matrimônio é ainda mais flagrante. Diz-se “sim” a qualquer custo, sem responsabilidade alguma com a palavra. Na primeira dificuldade, quando o “eu” precisa dar espaço para o “nós”, o “sim” é esquecido, é jogado na lixeira.
                    
Enquanto o “eu” sentar no trono de meu coração, não há lugar para o arrependimento, para a justiça, para o amor ao próximo. Não há lugar para Deus.
É necessário abrir o coração e deixar Jesus sentar em seu trono. Deixar a fé nos questionar, corrigir e orientar a nossa vida. Quando Jesus ocupar o seu lugar em nossa vida, teremos autoridade para falar, questionar, propor, lutar por justiça promotora de vida. Essa autoridade vem de Deus e a recebemos ao praticar o amor, a solidariedade, a misericórdia, a paciência, enfim a justiça do Criador.
                     
Deus é Emanuel – Deus conosco. Ele dá-nos autoridade quando recebemos seu Santo Espírito no Batismo. Isso nos torna povo de Deus. O Espírito dá-nos força na fé para andar no caminho da justiça de Deus, vivendo a sua palavra à luz do evangelho de Jesus Cristo. 

Jair Holzschuh e Clarise Holzschuh
(Extraído de: http://www.luteranos.com.br/conteudo/mateus-21-23-32. Apud. Proclamar a Libertação, Volume XXII).

Texto para meditação
Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Mateus 21:31b.

Intercessão
Oremos pela sinceridade em nossas relações humanas e nossa relação com Deus.

sábado, 27 de setembro de 2014

Salmos 87,90 ou 136; Oséias 1:1-2:1; 
Atos 20:1-16; Lucas 4:38-44. 

CURAS QUE LIBERTAM

Dando seqüência ao capítulo 4 de Lucas, em sua parte final, não poderia deixar de frisar a cura da sogra de Pedro, operada por Jesus. Esta, por sua vez, não encontrou melhor forma de agradecer do que servindo, a exemplo de Jesus, cuja vida se transformou em serviço. Na seqüência, Jesus segue curando doentes atingidos por diversos males, além de endemoninhados que O reconheciam e O declaravam como “o Filho de Deus”, ameaçando para que se calassem. Não era do interesse de Jesus encurtar caminho, informando a todos que Ele ora o Messias, o correto é as pessoas o identificarem por si mesmas, pelos sinais que vinha fazendo e pelo anúncio da Boa Nova. 
                      
A grande procura por Jesus para livrá-los das enfermidades, pode parecer para os céticos uma forma barata e superficial de fé, sem custos, buscando apenas o benefício de se livrar das enfermidades. Mas, sem sombra de dúvida, essa forma de pensar pode ser descartada, pois sem a devida fé, e muita fé, não aconteceria cura nenhuma, pois o próprio Jesus declarava: “A tua Fé te salvou”. E quando curava estrangeiros afirmava “em Israel, nunca vi tamanha fé”. A cura não aconteceria para aproveitadores. Nem mesmo a Herodes conseguiu se dar o gosto presenciar algum sinal de Jesus na frente dele para matar a curiosidade e ver um espetáculo sensacionalista (Lc 23,8).

Revdo. Luiz Sírtoli – Curitiba PR (reeditado)

Texto para meditação
“Devo anunciar o Boa Notícia do Reino de Deus também para as outras cidade, porque para isso é que fui enviado”. (Lucas 4:43) “Então, no mesmo instante, ela se levantou, e começou a servi-los”. (Lucas 4:39b)

Intercessão
Oremos por todos os que sofrem necessidades, são enfermos e precisam de cuidados especiais e para que a bênção da saúde possa capacitar mais pessoas no exercício do serviço solidário.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Lancelot Andrews, Bispo de Winchester, 1626.

Salmos 88 ou 91,92; Ester 8:1-8, 15-17 
ou Judite 13:1-20; Atos 19:21-41; Lucas 4:31-37. 

FAZER PELOS OUTROS

No recorte de hoje do Evangelho de Lucas, se apresenta Jesus ensinando e agindo de forma desconcertante. Ele dá ordens ao espírito mau e este lhe obedece sem resistência, algo incomum na época. Antes Jesus o manda se calar, ao que também obedece. O espírito mau já estava falando demais. Certamente isso deve ter causado admiração, ou espanto em todos (v 36). Mas Jesus não queria ser apresentado por “espíritos maus” pois é algo muito mais profundo que leva o povo a perceber a origem divina de Jesus, aquilo que somente os olhos da fé são capazes de notar.
             
No livro de Ester, o texto indicado mostra como a presença feminina é capaz de remover a dureza do coração que, em geral, os reis trazem consigo. O rei Assuero se curvou diante de Ester admirado com sua sinceridade, atendendo prontamente ao principal pedido dela, a quem não lhe interessavam as riquezas do reino, mas sim revogar o plano de morte contra os judeus tramado por Amã (escrito e lacrado com o anel real, dando-lhe um caráter irrevogável). Assim Ester salva seu povo judeu da sentença de morte.
              
Tanto a ação de Jesus, quanto a de Ester são de desapego total, em favor do povo, necessitado e ameaçado de morte. Jesus e Ester mostram aquilo que não traz retribuição econômica, nem fartura material, mas sim o que faz a vida ganhar sentido e encher-se de uma gratuidade que não tem preço.

Revdo. Luiz Sírtoli – Curitiba PR (reeditado)

Texto para meditação
“Como poderia eu contemplar a desgraça que atingiria o meu povo? Como poderia contemplar o extermínio da minha família? Ester 8:6

Intercessão
Oremos para que saibamos colocar o serviço e a gratuidade acima de nossos interesses e que busquemos em tudo a defesa da vida de todas as pessoas, especialmente aquelas condenadas a viver em ambientes de extrema violência e ameaça, e na miséria.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Sérgio, Abade da Santíssima Trindade, Moscou, 1392.

Salmos  [83], 11.117 ou 85,86; Ester 7:1-10 
ou Judite 12:1-20; Atos 19:11-20; Lucas 4:14-30.  

A FORÇA DO ESPÍRITO MAIOR QUE O TEMOR

Mais uma vez a força do Espírito é lembrada, na leitura do livro do profeta Isaias onde se encontra a tão significativa passagem em que o Espírito do Senhor envia o Ungido à Missão para a cura e libertação. Jesus é o ungido designado por Deus e anunciado pela boca dos profetas, e Ele próprio o confirmou para maior admiração dos presentes, que naquele momento se cumpria a referida passagem da Escritura. Os sinais fortes da missão que mais tarde levavam os discípulos de João a reconhecerem aquele que devia vir, são o anúncio da Boa Notícia aos pobres, a libertação aos presos, a recuperação da vista aos cegos e a libertação dos oprimidos. 
                            
Apesar de todos reconhecerem a profundidade das palavras cheias de sabedoria que saiam da boca de Jesus, pairava a pergunta cética sobre a procedência de Jesus, como membro da família de Nazaré. Ao se defender, citando os exemplos da viúva de Sarepta e o profeta Elias, bem como o caso da cura de Naamã por Eliseu, Jesus parece ter cutucado a onça com vara curta, o que lhe custou a expulsão da cidade e quase a vida precipício abaixo, não fosse sua habilidade em escapulir-se. Muitas vezes esse é o preço da honestidade. Qual seria nossa reação, numa circunstância dessas? 

Revdo. Luiz Sírtoli – Curitiba PR (reeditado)

Texto para meditação
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar o ano de graça do Senhor”. Lucas 4:18

Intercessão
Oremos por aqueles que se dedicam aos Ministério da Proclamação da Boa Nova, para que tenham coragem e ousadia em manifestar a vontade amorosa, inclusiva e libertadora de Deus em Cristo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Salmo 119:97-120 ou 81,82; Ester 6:1-14 ou Judite 10:1-23; 
Atos 19:1-10; Lucas 4:1-13.

GUIADOS PELO ESPÍRITO SANTO

Na leitura de Atos apontada para hoje, vemos como o Apóstolo Paulo, em sua itinerância, chega a Éfeso, onde encontra alguns discípulos, ainda não batizados no Espírito Santo, que tinham recebido o Batismo de João, apenas como sinal de arrependimento para o perdão dos pecados. Batizados então em nome do Senhor Jesus, ao impor Paulo as mãos sobre eles, começaram a falar línguas e profetizar. Por coincidência, eram doze. Sendo assim entendemos que maturidade da fé cristã só se realiza mediante a ação do Espírito Santo. Entende-se que o falar línguas, muito mais daquilo que é explorado hoje como forma sensacionalista por parte de algumas Igrejas Pentecostais para impressionar, se trata de uma mudança na vida das pessoas que o Espírito causa, impulsionando-as à ação através do Sagrado e em direção à missão. É a força do Evangelho que faz as pessoas se encantar pelo Reino e lutarem por ele.
                    
Por outro lado, o Evangelho de hoje nos relata os quarenta dias de deserto de Jesus, que busca o retiro para se preparar para o início de sua grande missão. Juntamente à relação íntima com o Pai, onde Ele busca a totalidade da revelação, passa por tentações que o mundo apresenta. O maligno não perde tempo em tentar persuadir Jesus e reverter o sentido de sua missão. Para os três casos, Jesus se sentiu seguro e preparado para responder com categoria ao demônio. Como nós estamos trabalhando as tentações que se nos apresentam hoje? Sabemos ser críticos, ou cedemos comodamente?

Revdo. Luiz Sírtoli – Curitiba PR (reeditado)

Texto para meditação
“Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles,...” Atos 19:6

Intercessão
Oremos para que a ação do Espírito nos transforme, a partir de dentro, e que nos guie e motive a resistir às tentações egoístas do mundo e a nos dispor alegremente a seguir o caminho da missão.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Salmo 78; Ester 5:1-14 ou Judite 8:9-17; 9:1,7-10; 
Atos 18:22-28; Lucas 3:15-22.

Briguinhas de poder

Já fui chefe, já fui subalterna, e não importa a posição sempre há alguma briguinha de poder. No meu serviço há dois computadores para quatro pessoas (coisa comum no nosso sucateado serviço público). A minha chefa me encomendou terminar um relatório enorme e só havia um computador livre, pronto, fui e sentei lá. De aqui pouco chega uma colega, mas antiga no serviço, que sempre usava esse computador e disse: “esse computador é meu”! Nem perguntou se ia demorar, se tinha muito a fazer e muito menos se precisava de ajuda. Eu reagi dizendo: “pois agora é meu”. A atitude dela mostrou que de nada adiantava explicar por que estava usando esse computador. 
                  
Vejo na história da Ester algo parecido. Na época a rainha costumava oferecer banquetes ao rei e sua corte (era o computador da que estava reinando). Por outro lado ela tinha que salvar seu povo ameaçado de morte, não podia perder tempo. Então assumiu os banquetes, antes usados para o exibicionismo, para salvar as vidas de todo um povo.
                 
Temos cuidar da gente não se “adonar” da Igreja. A Igreja não é minha, é de Jesus! Ela, como o computador, como o banquete, existe para ajudar outras pessoas a encontrar o caminho da Vida, não apenas para fazer o que “eu quero”, mas o que “Deus quer”, não apenas para o que “me agrada”, mas o que “agrada a Deus”.

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS

Texto para meditação
E se lembravam de que Deus era a sua rocha, e o Deus Altíssimo o seu Redentor. Todavia lisonjeavam-no com a boca, e com a língua lhe mentiam. Salmos 78:35-36

Intercessão
Oremos para que sempre nos lembremos que nada nos pertence, tudo pertence a Deus e tudo é para o bem de todas as pessoas segundo a vontade amorosa do Senhor.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Salmos 88 ou 77[79]; Ester 4:4-7 ou Judite 7:7-1-7,19-323; 
Atos 18:1-11; Lucas (1:1-4) 3:1-14.

CONVERSÃO REAL

Neste dia em que lembramos John Coleridge Patterson e seus companheiros mártires é também lembrada a Revolução Farroupilha; trazemos ao centro a figura de João Bastista, também mártir, o precursor de Jesus, que tão corajosamente pregou o batismo de conversão ao povo que estava na ânsia da chegada do Messias tão esperado. A compreensão do ministério de João Batista começa pelo vínculo com o profeta Isaías aconselhando superar os obstáculos que impedem a mudança devida, expressos pelas metáforas: endireitar as estradas, aterrar os vales, aplainar montanhas e colinas... 
                         
Assim como Jesus, mais tarde, João foi rigoroso com os hipócritas e simuladores de conversão, chamando-os de “raça de cobras venenosas” e desviadores de atenções. A conversão exige coisas que provem a mudança de vida. Diante da pergunta do povo sobre o quê fazer em concreto, a resposta é clara e direta: “quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa”. É a retomada do projeto Igualitário, experimentado no tempo dos juízes e tão defendido pelos profetas e pelo Filho de Deus. A conversão abrange a todos e surpreende, quando vemos pessoas das diversas classes, como cobradores de impostos e soldados dispostos à mudança, perguntando pela forma de vida proposta por João. Isso demonstra que em qualquer lugar social é possível mudar de vida.

Revdo. Luiz Sírtoli – Curitiba PR (reeditado)

Texto para meditação
“Façam coisas para provar que vocês se converteram” Lucas 3:8

Intercessão
Oremos por aqueles que, mesmo distantes da verdade, são honestos e anseiam por conversão.

domingo, 21 de setembro de 2014

15º Domingo após Pentecostes (Próprio 20) - SÃO MATEUS, APÓSTOLO E EVANGELISTA.

Salmo 145; Jonas 3:10-4:11; 
Filipenses 1:21-27; Mateus 20:1-16. 

A verdadeira justiça!

A passagem da contratação dos trabalhadores jornaleiros e seus pagamento, em Mateus 20:1-16, refere-se inicialmente a inveja dos judeus que se sentiam mais dignos na fé por serem do povo que foi chamado primeiro e não admitiam que pessoas de outros povos, chamadas bem depois, tivessem direito a mesma herança de vida e salvação prometida pelo Deus de Israel ao seu povo escolhido. 
          
Pode ser aplicado a todas as pessoas que, por pertencer a várias gerações à Igreja, sentem-se mais dignas da tradição anglicana do que outras que se integraram a menos tempo. Mas, pela mesma razão, pode ser aplicado a dignidade de todas as pessoas trabalhadoras que, sem importar se trabalharam mais ou menos, se construíram grandes patrimônios ou não, merecem o pagamento justo que dá dignidade a todo ser humano. Este é o sentido do salário mínimo, mas além do salário mínimo que deveria ser também “salário digno”, deveria haver educação mínima, saúde mínima, moradia mínima, lazer mínimo, humanidade mínima, cidadania mínima!

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves – Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Mateus 20:15-16

Intercessão
Oremos para que vejamos todas as pessoas com igual dignidade diante de Deus, diante da tradição anglicana, e como trabalhadoras e cidadãs em nossa sociedade.

sábado, 20 de setembro de 2014

John Coleridge Patteson, Bispo de Melanésia e seus companheiros mártires, 1871.

Salmos 75,76 ou 23,27; Ester 2:5-8,15-23; 
Atos 17:16-34; João 12:44-50. 

A missão de reabilitar!

Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Salmo 23:4
                     
Eu só ouvi recentemente o nome do francês Joseph Gaudet (1861-1934), uma nova edição do calendário da igreja comemora sua memória nesta data. Mas, o que eu sei sobre ele, eu quero ser seu fã no Facebook! Não existe uma página para ele, mas talvez eu possa começar uma, e espero que admiração por ele seja viral. Por agora, eu simplesmente vou dar graças por sua vida e seu trabalho.  
                     
Americano, africano e indígena, filho de um escravo liberto, nascido em uma cabana, Gaudet defendeu com sucesso a reforma das prisões; ele fez dos delinquentes juvenis o foco dos seus esforços. As prisões, em sua época, foram projetadas principalmente para punir, como muitas delas são até hoje. No entanto, Gaudet, interiorizando a mensagem do salmo de hoje, teve a visão e a coragem de se opor às práticas prisionais e de apresentar uma filosofia de misericórdia e de reabilitação. Sua mensagem deve ter sido recebida com uma enorme resistência, mas ele perseverou.  Deus, por favor, dai-me ainda uma pequena medida de sua coragem e compromisso.

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. João 12:44

Intercessão
Oremos por todas as pessoas que participam de pastorais carcerárias, especialmente na Diocese Anglicana de Pelotas.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Teodoro de Tarso, Arcebispo de Cantuária, 690.

Salmos 19,112; Isaías 8:11-20; 
Romanos 10:1-15; Mateus 13:44-52. 

Tesouro escondido

Com o aumento dos assaltos à pedágios e comum ver no guichê a advertência: “este posto conta com caixa boca de lobo que só pode ser aberto por pessoas autorizadas”. Este aviso, dirigido aos potenciais assaltantes, visa desestimular a expectativa de haver grande quantidade de dinheiro a disposição no caixa. Interessante é lembrar-se disso quando pensamos em Mateus, ou Levi, um coletor de impostos que deixou o tesouro do dinheiro pelo tesouro do Evangelho de Cristo.
         
Nossas comunidades e nossa fé pessoal às vezes parecem ter esta “boca de lobo”, escondendo o tesouro que Deus nos deu gratuitamente. Falamos que a fé é tão importante para nós, no entanto, não temos problemas em esconder isso de outras pessoas. Não convidamos pessoas para virem a nossa igreja. Não gastamos alguns minutos para compartilhar com outras pessoas os grandes benefícios, e o sentido que Deus tem dado a nossa vida. O tesouro estava escondido, mas depois de descoberto, depois que deixamos tudo para tê-lo, deve ser compartilhado! Assim fez Mateus, e todos os outros apóstolos e apóstolas, por causa disso há, até hoje, um tesouro para nós.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado)

Texto para meditação
Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Mateus 13:44

Intercessão
Oremos para que tesouro da fé que Deus nos deu seja generosamente compartilhado com todas as outras pessoas.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Salmos (70),71 ou 74; Jó 28:1-28;  
Atos 16:25-40;  João 12:27-36.

A fé através das gerações e dos testemunhos

Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste das entranhas de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente. Salmo 71:6
Na Catedral de Cantuária é possível sentir em parte as orações dos peregrinos ao longo dos séculos. É um lugar onde os santos do passado são lembrados, incluindo o assassinado arcebispo Thomas Becket. Durante o último ofício da Conferência de Lambeth, humildes irmãos da Malásia foram lembrados. Eles foram martirizados nos últimos tempos quando eles tentaram levar a paz para as Ilhas Salomão.  
            
O salmista canta a fidelidade de Deus. Deus tem um propósito para nós a partir do momento da nossa juventude até a velhice. O salmista celebra a fidelidade de Deus, que continua para além da extensão de nossas vidas terrenas "a todos os que estão por vir”.  Somos parte de um grande rio de fiéis que acolhe, celebra e proclama a fidelidade de Deus.  Eu gostaria de ver uma janela em uma catedral que expressasse a cor e a luz da maravilha de ser parte desse grande rio que flui do passado, nos abraça, e fluirá em nossas crianças, filhas e filhos, e nos filhos e filhas deles e delas.

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força. Salmos 71:9

Intercessão
Oremos para que a Igreja faça parte da história das famílias, e que as famílias aprendam a fazer parte da grande história de fé e testemunho que a Igreja nos oferece através dos séculos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Salmos 72 ou 119:73-96; Jó 42:1-17; 
Atos 16:16-24;  João 12:20-26.

Pobres de Deus

Compadecer-se-á do pobre e do aflito, e salvará as almas dos necessitados. Haverá um punhado de trigo na terra sobre as cabeças dos montes; o seu fruto se moverá como o Líbano, e os da cidade florescerão como a erva da terra.
Salmos 72:13,16
Em grande parte da América, o grão está amadurecendo e em breve estará pronto para a colheita. Fileiras de árvores se ergendo pelos campos como gigantes, prontas para o corte e descasque. Mas em países como Mali e na Etiópia, o solo se esgota, negligenciado, e esvaziado de seu poder, e as colheitas, quando houver, são miseráveis e as pessoas que ali vivem estão desesperadas. Mesmo quando tentamos partilhar com nossa generosidade, as guerras e ditadores corruptos, por vezes, contrariam os nossos esforços.  Mas devemos tentar. Há pessoas insensíveis aos outros que não se importam que em breve venham a perecer. 
             
Deus não vai por muito mais tempo proteger um povo que vira as costas para os pobres. A terra produz alimentos suficientes para todos os seres humanos comer, mas há pelo menos uma criança morrendo de fome enquanto você lê esta página.  Talvez tenhamos de passar mais horas de joelhos, orando por vontade e sabedoria para fazer algo concreto em relação à fome no mundo e encontrar maneiras de superar estes pequenos tiranos que frustram a distribuição. Talvez nós precisemos oferecer a Deus nós mesmos, nossas almas e corpos, como um sacrifício razoável, santo e vivo para socorrer os pobres.

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará. João 12:26

Texto para meditação
Oremos pelos milhões de pessoas que passam fome no Brasil e no mundo, e por um mundo onde a especulação do mercado não prevaleça sobre a solidariedade e a justiça na distribuição da riqueza.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Salmos 61,62 ou 68:1-36; Jó 40:1; 41:1-11; 
Atos 16:6-15; João 12:9-19. 

Espiritualidade e Louvor

Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria. Salmo 68:3
                
Nas tradições dos cristãos, judeus e muçulmanos há uma profunda compreensão da necessidade do louvor a Deus diariamente. Os muçulmanos nunca vêm a oração como "pedir".  Eles sabem pouco de petições em oração, mas cada muçulmano é obrigado a louvar a Deus cinco vezes por dia: ao amanhecer, ao meio-dia, no final da tarde, ao pôr do sol, e à noite.  
                
Os judeus também entendem isso.  A tradição do judaísmo é a orar três vezes ao dia (como Jesus e os discípulos fizeram) de manhã, à noite ao meio-dia, e como o autor Herman Wouk diz: "Um homem quer louvar a Deus pelas maravilhas da vida, e pedir para ser poupado de seus terrores, se possível, e dar graças pelo que ele tem na mão, na saúde, trabalho, família".  Dentro dessa tradição, os cristãos entram e permanecem, louvando a Deus diariamente. A oração da manhã e da noite a diário é o convite que a igreja faz para todos os seus filhos e filhas, para se juntar ao louvor incessante e diário de Deus.

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo.Atos 16:17

Intercessão
Oremos por inspiração para orarmos e proclamarmos diariamente o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Salmos 56,57,(58) ou 64,65;  Jó 40: 1-24;  
Atos 15:36-16:5; João 11:55-12:8. 

Mistério de Deus

Hamlet de Shakespeare, uma vez desafiou seus traiçoeiros amigos Rosencrantz e Guildenstern para "arrancar do coração o meu mistério." Hamlet não estava apenas falando sobre o seu conhecimento secreto da morte de seu pai nas mãos de seu tio, ele estava falando sobre seus pensamentos mais íntimos e temores, o mistério profundo da alma que só é conhecido por Deus, de quem, nas palavras de uma velha coleta, "não há segredos estão escondidos."  
                  
O meu lado racionalista e solucionador de problemas diz que os mistérios existem para serem resolvidos, como o crime em um romance de novela policial. Mas, o pregador e teólogo que também há em mim quer dizer o oposto, que os mistérios existem para ser paradoxos e enigmas que provocam além do pensamento, além da razão, para a admissão humilde de que eu não posso saber tudo o que há para ser conhecido. Esse é certamente o caso do meu conhecimento dos seres humanos, especialmente se suas vidas são tão distantes do mim quanto a de um australiano aborígene, ou próximas como a do meu querido amigo. E se isso é verdade ara o que sei sobre as pessoas mais próximas de mim, quanto mais é verdade sobre o que eu sei do mistério de Deus?

Avante Dia a Dia
(traduzido e adaptado de: http://forwardmovement.org)

Texto para meditação
Esconde-me do secreto conselho dos maus, e do tumulto dos que praticam a iniqüidade. Salmo 64:2

Intercessão
Oremos para que os mistérios de Deus e os mistérios humanos sejam igualmente contemplados com admiração e respeito.

domingo, 14 de setembro de 2014

14º Domingo de Pentecostes (Próprio 19) – DIA DA SANTA CRUZ

Salmos 103; Eclesiástico 27:30-28:7; 
Romanos 14:5-12; Mateus 18:21-35.

Perdoar Sempre!

Os companheiros do credor incompassivo poderiam ter ficado calados ou omissos diante de sua atitude para com o seu companheiro menos afortunado, numa atitude de "não querer comprometer-se", mas eles denunciaram aquilo que consideraram um comportamento inadequado. Quem não vive o perdão recebido de forma conseqüente menospreza o amor de Deus. O perdão compromete, a graça constrange. Ao estendermos o perdão recebido, o fazemos considerando a pessoa que nos ofendeu e em obediência ao mandamento de Deus. A prática do perdão rompe a relação de desigualdade, de exploração e de exercício desumano de poder e coloca a base de uma sociedade alternativa: as novas comunidades cristãs. 
                        
Na oração do Pai Nosso pedimos: "perdoa as nossas ofensas assim como também perdoamos a quem nos tem ofendido". A misericórdia de Deus para conosco não tem limites nem se esgota. Só que ela nos constrange a orientar toda a nossa vida por ela. Caso contrário, desprezamos o perdão de Deus, deitamos a perdê-lo. A graça de Deus não é uma graça barata, mas uma graça que exige de nós o compromisso de sermos agentes de perdão e reconciliação. O sermão eclesiástico de Mateus pretende dar diretrizes de como as primeiras comunidades cristãs - e também nós hoje - podemos ajudar a construir uma sociedade alternativa em que o perdão prevaleça sobre a estrutura de dominação e a pirâmide do poder opressor.

Sônia Mota e Nelson Kilpp

Texto para meditação
Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. Mateus 18:35

Intercessão
Oremos para vencer a tentação de reproduzir com as pessoas mais vulneráveis aquele mal que sofremos, mas, pelo contrário, busquemos novas relações.

sábado, 13 de setembro de 2014

Cipriano, Bispo e Mártir de Cártago, 258.

Salmos 55 ou 138, 139: 1-23;  Jó 38:1-17;  
Atos 15:22-35;  João 11: 45-54. 

O Espírito Santo e nós

O Espírito Santo é Deus agindo em nós! Mas, não é suficiente que o Espírito se mova em mim se esse movimento não me aproximar de ti, e se este momento em mim, e em ti, não se tornar um movimento nosso nas comunidades e na Igreja. Foi assim que a Igreja de Jerusalém, através do apóstolo Tiago, irmão do Senhor, reconheceu que não seria mais necessário exigir um dos mais importantes opreceitos da lei judaica aos cristãos. 
            
O Espírito continua a agir, ele quer fazer coisas novas acontecer em mim, em ti e em nós. Vamos olhar bem, ouvir bem, observar bem porque o Espírito está nos chamando para importantes transformações que nos capacitam para a Missão de Deus e que nos ajudam a acolher e animar mais pessoas no caminho da fé em Cristo.
             
Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado)

Texto para meditação
Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias. Atos 15:28

Intercessão
Oremos para que o Espírito Santo sempre nos motive a acolher bem as pessoas novas na Igreja, com a alegria do Senhor ao ver seus filhos e filhas reunidos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Salmos 40,54 ou 51; Jó 29:1; 31:24-40;  
Atos 15:12-21;  João 11: 30-44. 

Dar a vida, dar vida!

Neste dia lembramo-nos da Cruz de Cristo. Quando Cristo foi crucificado pelo poder do Império Romano, com o incentivo das autoridades judaicas de Jerusalém, não estava só. Dois ladrões estavam sendo crucificado aos lados dele. A Cruz de Cristo, no entanto, era diferente, porque ele era inocente, mas porque estava ali voluntariamente. Não é que Cristo quisesse ser condenado à Cruz. As lágrimas de Cristo no jardim de Getsemani na noite da Quinta Feira Santa mostram que ele não desejava morrer assim. Mas, quando soube que este seria o caminho de se solidarizar com a humanidade, de vencer a morte e denunciar as forças que promovem a morte, então, aceitou! Jesus não apenas morreu na Cruz, mas deu a sua vida em favor da humanidade e seus crucificados e crucificadas. 
                  
Quando Jesus deu a vida, ele se abriu para que participando do seus sofrimentos participássemos também da sua vitória, assim a Cruz, que é instrumento de tortura e morte, em Cristo, é sinal de Vida para todas as pessoas.

Dom  Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado).

Texto para meditação
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? João 11:26

Intercessão
Oremos para que, ao olhar para a Cruz de Cristo, vejamos a vitória e a vida para todas as pessoas.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Salmos 50, (59,60) ou 93,96; Jó 29:1; 31:1-23; 
Atos 15:1-11; João 11:17-29.

Inclusão no Espírito de Deus

Quando o apóstolo Paulo e seus companheiros e companheiras na Missão perceberam que não mais devia ser exigida a circuncisão para participar da Igreja de Deus, causaram alvoroço e divisão na Igreja Primitiva. O texto bíblico não esclarece quantos dos seguidores mais conservadores, especialmente aqueles provenientes do judaísmo, deixaram de participar da Igreja após a decisão do apóstolo Tiago (líder da Igreja de Jerusalém). Mas, por que Paulo defendeu este “afrouxamento da lei” e por que Pedro ajudou na defesa sendo que ambos eram de origem judaica e circuncidados?

Foi o Espírito Santo que se manifestou em pessoas que não seguiam as exigências da lei! Alguns deles e delas manifestaram a presença de Deus antes mesmo de serem batizados/as. Portanto, o Espírito Santo vai além de qualquer lei, pois Deus não fica restrito a uma lei, mesmo aquela dada por Ele mesmo ao seu povo. Por essa mesma causa, hoje defendemos a ordenação feminina (sem restrição), a inclusão das pessoas homo-afetivas, a comunhão das crianças, a inclusão de manifestações culturais diversas na liturgia, etc. Olhemos com atenção, pois o Espírito Santo ainda inclui aquilo que nós, em princípio, rejeitaríamos. 
           
Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado)

Texto para meditação
Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Atos 15:10

Intercessão
Oremos para que Deus nos conceda uma correta apreciação da ação inclusiva do Espírito Santo na Igreja e no mundo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Salmos 119:49-72 ou 49(53); Jó 29:1 ;30:1-2, 16-31;  
Atos 14:19-28; João 11:1-16. 

Confirmando a fé

A “confirmação” é um sacramento que surgiu após as crianças serem admitidas no batismo na Igreja Cristã. Portanto, ela “confirma” o que foi declarado e assumido no batismo! Enquanto o batismo é um sacramento de “acolhida”, de “boas-vindas” à comunidade de fé, de “consciência” e celebração da filiação divina concedida a nós pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, a confirmação é um ato de compromisso e disposição para o seguimento ministerial do Evangelho.
           
As pessoas, mesmo todas sendo igualmente amadas por Deus em Cristo, precisam se confirmar porque a fé cristã é, essencialmente, um disciplina de militância em favor de um causa, a causa de Cristo, que é a causa da libertação e salvação de toda a humanidade e de toda a criação. Por isso não é possível viver a fé no isolamento do meu lar, ou sem manifestar de alguma forma explícita que pertenço a Cristo e que vivo com Cristo!
           
É isso que o apóstolo Paulo faz para animar as comunidades diante das tribulações e dos desafios de viver a fé em um mundo hostil e incompreensivo. Hoje o mundo está longe de Cristo, e às vezes, até as pessoas que se dizem cristãs estão longe de Cristo vivendo um fé omissa e acomodada. Vamos nos confirmar!

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado)

Texto para meditação
Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus. Atos 14:22

Intercessão
Oremos para que sintamos a necessidade de confirmar nossa fé e seguir firmes na proclamação do Reino de Deus como pessoas e como igreja.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Salmos 45 ou 47,48; Jó 29:1-20;  
Atos 14:1-18;   João 10:31-42. 

Sois deuses

Diante da acusação de blasfêmia feita pelas autoridades judaicas, Jesus argumenta de uma forma muito peculiar que causa até alguma estranheza no leitor ou ouvinte da Palavra. Ele poderia ter argumentado em relação a sua filiação divina, o fato dele ter vindo do Pai ou ser Um com o Pai. Mas, de forma surpreendente este Evangelho relata Jesus citando o Salmo 82:6: “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”.  
       
Uma vez, conversando com um amigo ateu, chegamos a conclusão de que tínhamos algo em comum: ambos sabíamos que não somos “Deus”. O ateus não pode ser “deus” porque sendo assim não seria mais ateu (isto é, sem deus) e sim “ególatra” (adorador de si mesmo). A pessoa cristã não pode ser deus porque sabe quem é Deus! 
      
No entanto, este Deus que não é você, nem eu, nem ninguém, está também em nós! De fato, como diz o Salmo, quando cremos em Deus, então, através da fé, participamos de Deus e somos divinos e divinas por causa da presença viva de Deus que temos em nós. Lembremos-nos disso e nunca estaremos sós!     

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado)

Texto para meditação
E dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles. Atos 14:15

Intercessão
Oremos para que cada pessoa possa perceber a presença viva de Deus dentro de si ao tempo que descobre sua verdadeira humanidade.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Salmos 41, 52 ou 44; Jó 32:1-10,19 -33:1, 19-28; 
Atos 13: 44-52; João 10: 19-30. 

As obras de Jesus

Jesus sabia da limitação humana de entender o sentido mais profundo do Evangelho, apenas com palavras. Então, as obras feitas por Ele são uma linguagem mais clara, sinalizando seu amor, especialmente para com as pessoas mais sofridas e excluídas. 
         
No Rito do Batismo, ou Confirmação, o celebrante, ou o Bispo, pergunta para a pessoa batizada, ou confirmada, ou para seus padrinhos e madrinhas: “Proclamarás por palavras e exemplos a Boa Nova de Deus em Cristo?”. Esta pergunta diz claramente que a Boa Nova não se transmite apenas com palavras, mas com o exemplo. Geralmente pensamos nas obras como prática da fé, mas não como proclamação da fé. Deveríamos, no entanto, pensar: como podemos evangelizar outras pessoas mostrando as obras de Jesus em nossas vidas?
         
Na verdade as obras não são nossas! E as obras forem nossas, então, não servem para proclamar o Evangelho de Jesus e o Reino. As obras são de Jesus quando são inspiradas na Palavra Viva de Deus em Cristo, quando são realizadas em oração e quando as realizamos como pessoas agradecidas, como servos e servas do amor de Deus. 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado)

Texto para meditação
Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas testificam de mim. João 10:25

Intercessão
Oremos por inspiração e oração para que possamos, através de nossas obras, mostrar as obras de Jesus Cristo em nossas vidas.

domingo, 7 de setembro de 2014

13º Domingo após Pentecostes (Próprio 18) – DIA DA PÁTRIA

Salmo 119:33-48; Ezequiel 33:1-11; 
Romanos 12:9-21; Mateus 18:15-20.

Grita Pátria Amada!

(...) Ah! Pátria amada, que nos dais a cada filho teu o adjetivo de brasileiro, acorda de teu sono eterno, em cujos “berços esplêndidos” repousas! Levanta de tua inércia e grita com voz forte, retumbante, um grito de liberdade capaz de fazer brilhar sobre o céu de cada filho teu aquele mesmo sol da liberdade que se canta e encanta em teu hino. (...) Grita alto, ó Pátria amada, para que os filhos teus não esmoreçam, mas que esta terra desça de amor e esperança! Desce com teu grito forte, gestando no coração de teu povo a garra, o amor, a força capaz de enfrentar até mesmo os adoradores da morte, os cultuadores de todo sistema que se levanta para pôr fim aos filhos teus e as filhas tuas.
                
(...) Grita aos teus filhos para que eles se descubram como a ti: a pátria amada. Gesta nos teus filhos e filhas a consciência que são eles os responsáveis de fazer brilhar nos céus da mãe gentil aquele sol verdadeiro, não o poético do hino, mas aquele sol da liberdade capaz de torná-lo o que o é por natureza: gigante. Lembra aos filhos teus e as filhas tuas, ó mãe gentil, que são eles a pátria amada. Mas grita forte! Pode ser que eles estejam em sono profundo. Faze teu povo reconhecer-se como Pátria amada, gigante pela própria natureza! Grita com aquele mesmo brado retumbante dado às margens daquele rio, de forma que os filhos teus não deixem que fiquem somente na bandeira bela, a ordem e o progresso de teu solo, nem tão somente em teu hino, o sol da liberdade!

 Paulo Evangelista da Costa

Texto para meditação
Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos; a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. Romanos 12:16-17

Intercessão
Oremos por este maravilhoso país chamado Brasil, para que, nesta Pátria superemos a corrupção com educação e a violência com inclusão!