terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sto. André, Apóstolo

Isaías 1:21-31
Salmos 5, 6 ou 10, 11
I Tessalonicenses 2:1-12
Lucas 20:9-18

O Vinho Aguado

Nos Evangelhos, lemos que o primeiro milagre de Jesus, foi nas Bodas de Caná, onde transformou água em vinho. Diz o texto que o mestre de cerimônias, afirmara que o vinho servido ao final, era melhor que o servido no início, contrariando as regras de etiqueta da época, que deixavam o vinho de menor qualidade para quando os ânimos se exaltavam e o paladar já não mais tinha o mesmo vigor. Já na profecia de Isaías que lemos hoje, a metáfora utilizada à Jerusalém é “vinho aguado”. Aqui na serra gaúcha, onde concentra-se a maior parte da produção de vinho do país, sabemos que vinho aguado, além de ser ruim ao paladar, é produto da “esperteza” astuta de quem pretende aumentar seu produto. Isso é comum com outros produtos, mas o vinho, que deveria ser o símbolo da festa e da alegria, torna-se elemento da ganância e avareza. Muitas vezes, para nosso próprio proveito, também enganamos inocentes, sendo desonestos e falsos. Não seja um vinho aguado, mas um vinho novo!

Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS


Texto para Meditação
“Como foi que se transformou em prostituta a cidade fiel, repleta do direito? Nela, quem morava era a justiça, agora são os assassinos.” Isaías 1:21

Intercessão
Aos comerciantes e comerciários, para que sejam honestos e verdadeiros.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Isaías 1:10-20
Salmos 1, 2, 3 ou 4, 7
I Tessalonicenses 1:1-10
Lucas 20:1-8

O-B-D-C

Em nosso batismo, nossos pais e padrinhos declararam em nosso nome, ser Jesus nosso Senhor e Salvador. Em nossa confirmação, afirmamos com nossos próprios lábios e corações que Ele é Senhor de nossas vidas, mas não nos cansamos de contrariar nossa própria confissão de fé. Quando iniciamos nossos estudos, aprendemos o abecedário, depois a juntar letras formando sílabas, depois juntar as sílabas e formar palavras, e por último, juntar palavras formando orações. Quando iniciamos nossa educação cristã nos caminhos da fé, nosso alfabeto é outro, ao invés de usarmos o A-B-C-D usamos o O-B-D-C, ou seja, a primeira coisa que aprendemos é “obedecer” nosso Senhor e Salvador. A autoridade de Jesus não é ditatorial ou autoritária, mas amorosa e misericordiosa, porque Deus é Bom. Aprendamos a trocar a ordem das letras de nosso abecedário e certamente nos será revelada a autoridade amável e bondosa de nosso Deus.

Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS


Texto para Meditação
“Dize-nos com que autoridade fazes estas coisas, e quem é que te deu esta autoridade?” Lucas 20:2

Intercessão
Oremos pelos governos e autoridades civis e militares.

domingo, 28 de novembro de 2010

1º Domingo de Advento

Isaías 2:1-5
Salmo 122
Romanos 13:8-14
Mateus 24:37-44

As armas da Luz

S. Paulo, em diversas ocasiões utiliza o vocabulário bélico e militar, outras vezes o jurídico, outras o esportivo e outras o filosófico. No texto da Epístola aos Romanos, S. Paulo fala sobre o revestimento com as armas da luz. Estamos numa guerra entre dois reinos, o Reino de Deus, que é o Reino de Luz e o Reino das Trevas. As armas da luz são também compreendidas pelo revestir-se do Senhor Jesus Cristo. O cristão não deve se calar ou se intimidar com os desvios morais e espirituais de nossa sociedade, antes deve ele mesmo, sob as virtudes proféticas e a força de nossa mensagem, penetrar corações com a espada do Espírito, defendermo-nos com o escudo da fé, com nossos pés em prontidão para anunciar o Evangelho da Paz. Não podemos nos conformar com este mundo, mas procurar a sua transformação pelos valores do Reino de nosso Senhor e Mestre.

Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS


Texto para Meditação
“... quem ama o próximo, cumpre plenamente a lei.” Romanos 13:8b

Intercessão
Oremos pelos que dão mal testemunho público, envergonhando a si e suas famílias.

sábado, 27 de novembro de 2010

Salmos 137:1-6(7-9), 144 ou 104
Zacarias 14:12-21
Filipenses 2:1-11
Lucas 19:41-48

O roubo “autorizado”

Quando somos colocados diante desta atitude de Jesus, expulsando os “ladrões” de dentro da “Casa de Oração”, sabemos muito bem como se torna profética e questiona diversas práticas religiosas e atitudes pessoais dentro da igreja. No entanto, gostaria de alertar para um perigo ao interpretar esta atitude de Jesus. Jesus não estava condenando a desonestidade pessoal (que é reprovável como qualquer desonestidade, seja esta na administração dos bens materiais ou de qualquer outra forma). Aqueles “ladrões” estavam protegidos pela lei! Os religiosos da época permitiam isso e lucravam com isso! O roubo sistemático das pessoas através da manipulação da fé sustentava o sistema religioso dos escribas, fariseus e saduceus. Digo isto porque às vezes parece que o “roubo” só é condenável quando não beneficia à igreja, se a igreja lucra não é roubo é “oferta”. Devemos agir com honestidade e rigor na administração dos bens da igreja, porque a Igreja é o instrumento da missão de Deus! Se houver falhar agir com firmeza, sem perder o amor e a misericórdia. Mas, não esqueçamos que Jesus nos pede uma atitude ainda mais rigorosa, profética e clara com aqueles que usam a fé para lucrar, que fazemos terrorismo ameaçando a quem não lhes dá lucro e coisas desse tipo. A oferta é uma ato de gratidão e partilha, seja esta regular ou casual, nunca pagamento, menos ainda deve ser considerada instrumento de salvação.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores.” Lucas 19:46

Intercessão
Oremos para que nossa fé nunca seja transformada em instrumento de lucro fácil e engano, mas de gratidão e partilha.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Salmos 140, 142 ou 141, 143:1-11(12)
Zacarias 14:1-11
Romanos 15:7-13
Lucas 19:28-40

O jumentinho do Rei

Sei que montar em um jumento na época de Jesus evocava tradições antigas das juízas com Débora e dos juízes como Gedeão. Estas lideranças populares estavam presentes nas lendas e contos que a crianças aprendiam desde pequenas em Israel e que depois passaram para a Bíblia. Por isso quando o povo viu Jesus montado naquele jumentinho o identificou logo como um líder libertador e popular. Mas, e o jumentinho? O destino do jumentinho parece que tinha sido determinado por Deus, tanto que os discípulos não tiveram problemas em pegá-lo. O seu dono sabia que um “senhor” viria buscar este jovem animal. Será que o jumentinho sabia? Eu sou seguidora de São Francisco de Assis desde minha adolescência, mesmo que não pertença a nenhuma ordem específica. São Francisco foi visto como louco porque conversava com os passarinhos e aprendia deles. Pois me permitam conversar com o jumentinho e ver nele um modelo de discipulado de Cristo. Qual é nosso destino? Será que nos consideramos apenas jumentinhos, apenas animais de carga para servir outras pessoas tidas como “mais importantes”. Eu como funcionária pública sinto isso às vezes. No entanto, sei que, como aquele jumentinho, mesmo limitada, tenho um grande destino me esperando e fico atenta para quando alguém, em nome de Cristo, me diga: “vem o Senhor precisa de ti”.

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre/RS


Texto para Meditação
“E, se alguém vos perguntar: Por que o soltais? assim lhe direis: Porque o Senhor precisa dele.” Lucas 19:31

Intercessão
Oremos para termos consciências de que todas as pessoas e todas as criaturas, somos importantes e temos papeis relevantes no plano de Deus.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dia Nacional de Ação de Graças, Oferta Unida de Gratidão

Salmos 131, 132, [133] ou 134, 135
Zacarias 13:1-9
Efésios 1:15-23
Lucas 19:11-27

Gratidão

A parábola dos talentos tem tudo a ver com a Oferta Unida de Gratidão. A grande pergunta é: o que fazemos com o que Deus nos dá? No Brasil mais de 30% pagamos em impostos para receber quase nada de volta e alimentar alguns corruptos de plantão. Bem, aqui temos que usar nossa cidadania para que o Deus nos dá e os governos nos tiram vá para onde deveria ir! Os outros 70% quase tudo, quando não tudo (especialmente da classe média para baixo) vai para “sobreviver”. Claro que disso tiramos também nossa oferta para a Igreja e para outras causas como a de hoje. O bonito de destinar o que teoricamente nos falta para uma oferta solidária é que quebramos a lógica de que “pagar” e “sobreviver” seja o sentido maior de nossas vidas. Ao compartilhar do que temos fora da lógica do consumo e da sobrevivência estamos passando a mensagem de que a vida é muito mais do que mera sobrevivência e a cidadania é muito mais do que votar cada tanto e pagar impostos sempre. A partilha de gratidão nos fala de algo que nos vêm de Deus e que vale mais do que tudo. Que bom que somos livres para investir em gratidão!

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“Pois eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado.” Lucas 19:26

Intercessão
Oremos para resistir a lógica egoísta e viver uma vida sempre generosa e agradecida.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Salmos 1119:145-176 ou 128, 129, 130
Zacarias 12:1-10
Efésios 1:3-14
Lucas 19:1-10

A conta de Zaqueu

Zaqueu era rico e baixinho. Quanto teria dado ele para medir uns dez centímetros a mais? Mas era um verdadeiro empreendedor, tanto que para ver o famoso mestre não hesitou em subir numa árvore (algo um pouco humilhante para um homem rico). Claro que no meio do tumulto Zaqueu contou com o anonimato da multidão (como no Carnaval quando pobres e ricos se misturam). A coisa ia bem até Jesus olho para ele e disse: “hoje eu vou jantar na tua casa”. Ups! Zaqueu foi descoberto! Deve ter ficado em estado choque até chegar na casa, então, o negociante deu lugar ao ser humano angustiado que vivia dentro dele. Sem pensar em contabilidade disse: “vou devolver quatro vezes tudo o que robei e dar a metade do que eu tenho aos pobres”. Que aconteceu? Ele sentiu que tudo isso que tinha ganhado se prevalecendo de outras pessoas era o que lhe impedia de ser alguém pleno, completo, feliz. Sentiu que enriquecer sem ter sido solidário o tornara muito solitário, vazio, sem paz interior. Será que sobrou algo para Zaqueu depois disso? Sim, sobrou sentido de vida, salvação, felicidade, amizade e comunidade. Enfim, Zaqueu agora era verdadeiramente rico!

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.” Lucas 19:9

Intercessão
Oremos para que vejamos que a maior riqueza é o amor e a partilha e que as outras riquezas só fazem sentido se submetidas à presença amorosa e generosa de nosso Senhor.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Clemente, Bispo de Roma, 100

Salmos [120], 121, 122, 123 ou 124, 125, 126, [127]
Zacarias 11:4-17
I Coríntios 3:10-23
Lucas 18:31-43

Não entendiam nada

Sempre busquei entender mais, mesmo que saiba que nem tudo é possível entender. Tenho buscado entender os problemas que afetam meu corpo e meu ser, no sentido integral, em parte sei muito mais, mas ainda não consigo saber tudo o que gostaria de saber. Pois si isso é verdade para meu próprio corpo quanto mais para Deus. Por outro lado, nem tudo o que sei posso compartilhar com todas as pessoas. Será que elas iriam me entender? Certamente algumas me chamariam de louca, outras de crente e outras de descrente, algumas até me chamariam de herege! Mas, fico feliz em saber que nem mesmo os discípulos que seguiam Jesus entendiam tudo. Mesmo assim Jesus teve paciência com eles, sei que também terá paciência comigo. Por isso, nunca desista de buscar mais entendimento espiritual, pessoal, etc. Mas, não fique muito nervosa se não consegue entender tudo, mesmo assim Jesus não desistirá de lhe mostrar tudo o que seja necessário no momento oportuno.

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre/RS


Texto para Meditação
“Eles nada disto entendiam, e esta palavra lhes era encoberta, não percebendo o que se lhes dizia.” Lucas 18:34

Intercessão
Oremos por determinação e paciência na busca do conhecimento espiritual.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Salmo 106
Zacarias 10:1-12
Gálatas 6:1-10
Lucas 18:15-30

Deixem que as crianças venham

Eu fui ministra encarregada na Missão São Pedro em Canela, na época muitas crianças freqüentavam a comunidade. Era comum as ver correndo ao redor dos bancos da capela mesmo durante as celebrações. Alias todo o culto era cheio de alegria e as crianças pareciam dar o tom para isso. As crianças gostavam do culto, participam em apresentações e estavam bem integradas em tudo. Por outro lado, quando olhamos para o barulho de uma criança na igreja como um problema. Se as crianças fazem barulho podem nos querer dizer uma de duas coisas: estão mostrando que nossa igreja não está dando espaço e participação para elas ou estão mostrando que estão muito felizes e consideram a igreja com sua própria casa. Lembro-me que nos fundos da capela havia um quadro com Jesus acolhendo as crianças! Devia ter um desses em todas nossas igrejas!

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre/RS


Texto para Meditação
“Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque das tais é o reino de Deus.” Lucas 18:16

Intercessão
Oremos para que todas nossas comunidades se lembrem que o Reino de Deus é das crianças.

domingo, 21 de novembro de 2010

27º Domingo depois de Pentecostes

Próprio 29
Salmo 46
Jeremias 23:1-16
Colossenses 1:11-20
Lucas 23:35-43

Salve-se a si mesmo

Vivemos no mundo do “salve-se quem puder” e também no mundo de “si mesmo”. A tecnologia trouxe, ao mesmo tempo, a possibilidade de relacionamentos infinitos e sem fronteiras e, por outro lado, o total isolamento em um quarto e um computador. Os relacionamentos virtuais já renderam relacionamentos reais, dos bons e dos que as próprias pessoas lamentaram por muito tempo. Conheci um casal com média de idade de 60 anos que se conheceu através de um site de relacionamento na internet. Finalmente marcaram um encontro, mas depois que se encontraram não precisaram mais marcar pela internet. Então, o relacionamento isolado ou asséptico (limpo, sem contato) deu lugar ao relacionamento interpessoal, superando os medos que envolvem a amizade e muito mais o namoro ou casamento. Jesus poderia ter sido um Senhor virtual, ter deixado apenas “mensagens” para nós seguirmos. No entanto, decidiu ser um Senhor real, interpessoal, venceu seus próprios medos, se ofereceu fisicamente por nós, superou a filosofia do “salva-te a ti mesmo” e nos mostrou o caminho do amor. Não deixemos que a tecnologia seja uma para nós uma armadilha que nos condene à solidão, ao egoísmo e ao medo.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS


Texto para Meditação
“E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.” Lucas 23:42

Intercessão
Oremos para que os recursos tecnológicos de comunicação sirvam para superarmos barreiras e preconceitos, não como instrumentos de isolamento egoísta ou promotores do medo do contato interpessoal.

sábado, 20 de novembro de 2010

Salmos 107:33-43, 108: 1-6(7-13) ou 33
Malaquias 3:13-4:16
Tiago 5:13-20
Lucas 18:9-14

A bênção da saúde

Uma das tradições mais bonitas e importantes da nossa Igreja, em minha opinião, é a bênção da saúde. Com toda humildade e respeito, nos colocamos à serviço de Deus para ministrar aos demais irmãos, com imposição das mãos, sinal da cruz feito com óleo consagrado e uma pequena sentença, oferecendo, assim, uma bênção para sua vida e para a saúde.
Particularmente, realizo esse ritual todos os domingos, na Celebração da Eucaristia, e também nas reuniões de oração, às terças-feiras. Temos relatos impressionantes de cura das mais diversas enfermidades, através desse abençoado ritual.
O texto de Tiago nos leva a refletir sobre a importância da oração presbiteral, com a ministração da bênção da saúde, para nossas vidas. Sem propagandas estrondosas e sem segundas intenções, nossa Igreja tem por tradição levar a unção a todos os que necessitam. Que possamos dar valor a essa bênção e, com humildade, convidar nossos conhecidos para irem ao culto conosco para recebê-la.

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo
Rio de Janeiro/RJ

Texto para Meditação
“Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça dessa pessoa em nome do Senhor.” Tiago 5:14

Intercessão
Oremos por todos os doentes que estão se sentindo desamparados e precisando de cura do corpo e da alma.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Salmos 102 ou 107:1-32
Malaquias 3:1-12
Tiago 5:7-12
Lucas 18:1-8

Oração contínua

Um dos grandes “vilões” do nosso crescimento espiritual é o desânimo. Quando desanimamos de ir à igreja, de cultuar a Deus no Templo, de participar dos estudos bíblicos e das reuniões de oração em nossas paróquias, nossa vida espiritual começa a definhar.
A parábola que Jesus contou aos discípulos sobre a viúva, nos faz refletir sobre esse importante tema. Nossa oração deve ser contínua: andando, trabalhando. Nas horas de trabalho e nas horas de lazer. Em todas as ocasiões podemos elevar nossos pensamentos a Deus para louvá-lo, para agradecer e para interceder. Sempre com humildade, respeito e perseverança. Assim, estaremos sempre ligados a Deus e o desânimo não encontrará lugar em nosso coração.

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo
Rio de Janeiro/RJ


Texto para Meditação
“... mostrando aos discípulos que deviam orar sempre e nunca desanimar.” Lucas 18:1

Intercessão
Oremos para que nunca venhamos dar lugar ao desânimo em nossas vidas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Hilda, Abadessa de Whitby, 680

Salmo 105
Malaquias 2:1-16
Tiago 4:13-5:6
Lucas 17:20-37

Se Deus quiser

Vivemos dias de muita “religiosidade” e pouca submissão a Deus. A chamada “teologia da prosperidade” tem ganhado tanto espaço em nossa sociedade que até mesmo cristãos antigos, se não estiverem bem embasados na fé, podem sucumbir aos seus apelos.
É comum vermos alguns “novos cristãos” afirmando: “se Deus quiser não! Deus quer!” Este é o chamado “determinismo”, onde o fiel é ensinado agir com Deus como uma criança birrenta age com seus pais, exigindo tudo e faltando com o respeito que lhes é devido, especialmente quando não atendem seus pedidos.
O texto de Tiago é bem claro: devemos submeter nossa vida, decisões a atitudes à vontade Deus, pois quem nos dá vida e saúde para levar nossos projetos adiante é Ele. Sem o amor de Deus nos guiando, somos apenas “crianças birrentas” conduzidas por nossa natureza humana, egoísta e individualista, que normalmente nos leva para o pior caminho.

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo
Rio de Janeiro/RJ


Texto para Meditação
“O que vocês devem dizer é isto: ‘Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’” Tiago 4:15

Intercessão
Oremos para que sempre nos submetamos à vontade de Deus e peçamos a sua direção nas nossas decisões.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Salmo 101, 109:1-4 (5-19)20-30 ou 119:121-144
Malaquias 1:1,6-14
Tiago 3:13-4:2
Lucas 17:11-19

Saber agradecer

Em umas das paróquias onde trabalho, temos por hábito escrever nossos pedidos de oração em uma folha específica, onde constam: a) pedidos em geral, b) pelos que viajam c) agradecimentos e d) pelos falecidos. A parte de “pedidos em geral”, tem 58 linhas e quase sempre fica totalmente preenchida, às vezes utilizando-se até o verso da folha. A parte dos que viajam, com três linhas, às vezes tem um ou dois pedidos. Falecidos, com quatro linhas, idem. Mas a parte de “agradecimentos”, com dezesseis linhas, raramente passa das seis linhas preenchidas...
Sempre dizemos que temos mais a agradecer do que a pedir, mas será que temos realmente agradecido a Deus por cada uma das bênçãos que recebemos (ou que percebemos ter recebido)? Por que os pedidos são sempre detalhados e os agradecimentos, quando citados, são sempre: “fulano agradece as bênçãos”? Desde sempre ouvi criticas (e também critiquei) aos nove leprosos curados que não voltaram para agradecer a Jesus. Mas será que essa carapuça também não nos serve?

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo
Rio de Janeiro/RJ


Texto para Meditação
“Jesus disse: Os homens que foram curados eram dez. Onde estão os outros nove?” Lucas 17:1

Intercessão
Oremos para que sejamos mais agradecidos e demonstremos isso verbalmente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Salmo 97, 99, [100] ou 94, [95]
Habacuque 3:1-10 (11-15) 16-18
Tiago 3:1-12
Apocalipse 19:1-10
Lucas 14:25-35

Seguidores de Jesus

Quando somos contratados para trabalhar em alguma empresa, logo no início nos são apresentadas às regras da empresa: nossos deveres, nossos direitos e nossas obrigações. Quando nos afiliamos a qualquer organização, seja um clube, um grupo de estudos ou algo semelhante, a mesma coisa acontece: sempre há alguém encarregado de nos “apresentar” as regras do local e como devemos nos portar como participantes daquele grupo. Nas religiões não é diferente. Há um protocolo a ser seguido. Alguns mais difíceis outros nem tanto.
No texto do Evangelho de hoje, Jesus nos apresenta “as condições” para que sejamos realmente seus seguidores. Não são muitas, mas também não são fáceis, especialmente levando-se em consideração os apelos que recebemos da nossa sociedade secular atual (no tocante aos valores morais e éticos, especialmente). Ser um discípulo de Jesus exige, e sempre exigiu, renúncia a alguns sentimentos que resultam mais difíceis de abrirmos mão (como a vingança, o egoísmo e individualismo). Mas não é impossível. Jesus mesmo quem nos dá condições de alcançar essa meta. Basta que creiamos, façamos a nossa parte e contemos com sua graça.

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo
Rio de Janeiro/RJ

Texto para Meditação
“Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.” Lucas 14:33

Intercessão
Oremos para que tenhamos mais amor a Jesus do que a qualquer outra pessoa, coisa ou bem.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Salmo 89
Habacuque 2:1-4,9-20
Tiago 2:14-26
Lucas 16:19-31

Viver a fé com autenticidade

Inúmeras vezes já ouvimos o “diabólico” ditado: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Sabemos que vivemos sob um sistema que é totalmente sem Deus e contra Deus. Sabemos que somos bombardeados todos os dias por inúmeras situações que nos colocam a prova e onde temos que dar testemunho real e concreto da nossa fé e religiosidade. Sabemos sim. No entanto, há uma pergunta que devemos sempre nos fazer: vivemos isso?
Em nossa nova vida no Reino de Deus, como filhos e filhas do Criador, não há espaço para essas “vidas duplas”. Ou vivemos o que pregamos ou a nossa pregação é inútil e serve apenas de escândalo para o Evangelho. O texto de Tiago fala diretamente para cada um(a) de nós, não apenas para aquelas pessoas da época ou para os líderes religiosos antigos, fala para todas as pessoas neste momento. Vivemos de acordo com a mensagem do Evangelho ou só vamos à igreja porque não temos nada melhor pra fazer? Somos realmente comprometidos(as) com o amor a Deus acima de tudo e amamos as demais criaturas como a nós mesmos(as)? Vivemos uma vida transparente ou somos mera fachada, pseudo-cristãos?
Se pretendermos ser respeitados pelas outras pessoas como verdadeiros seguidores de Jesus, devemos ter em mente que “a fé sem obras, é morta” (Tg. 2:17). É inútil.

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo
Rio de Janeiro/RJ

Texto para Meditação
“Portanto, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem ações está morta.” Tiago 2:26

Intercessão
Oremos para que tenhamos coragem de pôr sempre em prática a nossa fé, em todas as ocasiões.

domingo, 14 de novembro de 2010

26º Domingo de Pentecostes - Sagração de Samuel Seabury, 1º Bispo dos Estados Unidos de Norte América, 1784

Próprio 28
Salmo 98
Malaquias 3:13-4:2a,5-6
II Tessalonicenses 3:6-13
Lucas 21:5-19

O fim de um mundo

O Salmo 98 é um cântico de júbilo pela grandeza de Deus. Vivemos em um sistema excludente, onde somos oprimidos de todas as formas: políticas, sociais e econômicas. A maldade e o egoísmo humanos regem as relações das elites para com as demais classes. Os textos para o dia de hoje, nos falam sobre o fim de um tempo. O fim do tempo em que o mal não mais terá domínio sobre a criação; o fim do tempo em que os maus desejos, que controlam não apenas a nós mesmos, mas ao mundo todo, não terão mais domínio sobre nada nem ninguém.
O Salmo de hoje nos leva a já glorificar a Deus, desde agora, pelo que Ele fará por todos nós e nos mostra o quão feliz ficará a criação por causa dessa intervenção divina. O “mundo” que exclui, é injusto e parcial, mas o Senhor, nosso Deus, julga e julgará a todos com justiça e imparcialidade. Não é para termos medo, muito pelo contrário, é para que aguardemos esse dia com ansiedade e felicidade!

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo
Rio de Janeiro/RJ

Texto para Meditação
“... com justiça julgará o mundo e, os povos, com imparcialidade.” Salmo 98:9

Intercessão
Oremos pelos nossos relacionamentos, com Deus, com a criação e com nosso próximo, para que sejam regidos pelo amor e pela justiça.

sábado, 13 de novembro de 2010

Salmos 87, 90 ou 136
Joel 3:9-17
Tiago 2:1-13
Lucas 16:10-17(18)

Deus ou Mamón?

Os textos de Mateus e Lucas usem a expressão servir a Mamon em oposição a servir a Deus (Mt. 6:24 e Lc. 16:13). Pablo Richard (A luta dos deuses, 1980) esclarecia que avareza e idolatria chegam a ser sinônimos. Avareza e idolatria estão relacionadas ao desejo de ter mais que outros “implicado em acumulação, avidez, arrogância” e, portanto, “o ídolo seria o dinheiro, mas não como uma realidade em si mesma e sim, a posse do dinheiro como poder, para desejar extrair dinheiro de outros, criando inimizade e discórdia”. Quem é Deus se não é o sistema de acumulação, de avareza e de apropriação das forças vitais de outras pessoas? Dom Pedro Casaldáliga respondeu assim:
Onde tu dizes Paz, Justiça, Amor
Eu digo Deus;
Onde tu dizes Deus,
Eu digo Liberdade, Justiça, Amor.
Sendo assim, “ser rico para com Deus” ou “servir a Deus” é partilhar dos valores do Reino, não servir aos interesses egoístas do lucro desigual!

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Lucas 16:13

Intercessão
Oremos para Deus não seja confundido com “dinheiro” e para que cessem de enganar aqueles que usam o nome de Jesus para lucrar e enriquecer a custa do sofrimento humano. 

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Carlos Simeon, Presbítero, 1836

Salmos 88 ou 91, 92
Joel 2:28-3:8
Tiago 1:16-27
Lucas 16:1-9

Fé sem “ágio”

O texto de Lucas nos mostra uma contradição. Diante da desconfiança do patrão, o administrador percebe que corre o risco de ser demitido a qualquer momento. Na época o administrador vivia do “ágio”, isto é, de um valor a mais cobrado dos devedores do seu patrão. A parábola serve para os religiosos da época de Jesus que cobravam taxas e exigiam oferendas e sacrifícios pelos pecados do povo (isto é, aos devedores de Deus). A reforma protestante se insurgiu contra esta prática na venda das “indulgências” que eram pagamentos pelo “perdão” dos pecados para financiar grandes obras religiosas. Hoje, igrejas de origem “protestante” voltam a querer “vender” perdão e benções cobrando o “ágio” aos devedores. No entanto, aquele administrador resolveu renunciar ao seu lucro em favor da amizade! Chamou cada devedor e o perdoou sem cobrar nada! Desta forma pensou: “mesmo que meus erros provoquem minha demissão terei amigos!”. Será que existe a igreja certa e puramente verdadeira? Alguns acham que sim e continuam cobrando altos “ágios”. Nós que estamos na dúvida preferimos perdoar os devedores. 

Elaine Michele Escaravajal Nascimento
Alvorada/RS

Texto para Meditação
“Eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” Lucas 16:9

Intercessão
Oremos pelos dons da misericórdia e da generosidade como expressão do amor de Deus em nossas vidas.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Martinho Lutero, Reformador, nascido em 1483

Salmos [83] 23, 27 ou 85, 86
Joel 2:21-27
Tiago 1:1-15
Lucas 15:1-2,11-32

Reencontro

A parábola revela os conflitos de diversas famílias em nossas comunidades, o valor do reencontro do filho que estava perdido e que, em busca de uma certa “liberdade”, quebrou os laços familiares e saiu para uma nova vida, encontrando pela frente as drogas, prostituição, violência, ganância, rejeição entre outros.
O filho depois de perder tudo, inclusive sua dignidade, lembra do pai, e resolve voltar. A esperança nasce da consciência de que este pai vai acolher e atender a seu pedido, mesmo que, pelos seus atos, solicite apenas ser tratado como um de seus empregados. O pai misericordioso dá um grande valor ao reencontro, o valor do resgate, o filho da vida de um filho que estava perdido foi achado; por isso recepciona o filho com uma grande festa. Não há cobranças, não há “eu te disse”, não há desconfiança, há apenas amor e alegria!
A alegria na terra é também alegria no céu, quando um filho amado reencontra o Pai misericordioso que é Deus. Certamente uma grande festa acompanha este reencontro, pois Deus sente uma grande alegria quando um pecador se converte. Em nossas comunidades, e famílias, será que estamos preparados para festejar o valor do reencontro, dando uma grande festa para o filho amado que estava perdido e foi achado? Ou vivemos a desconfiança do filho que “certinho” que não entende a atitude do pai?

Elaine Michele Escaravajal Nascimento
Alvorada/RS

Texto para Meditação
“E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou (...). Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.” Lucas 15:20,24

Intercessão
Oremos para que o Pai amoroso nos prepare para o reencontro com os irmãos e irmãs, filhos e filhas, que por qualquer razão ou circunstância estavam perdidos, que a alegria supere o rancor e o preconceito.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Salmos 119:97-120 ou 81, 82
Joel 2:12-19
Apocalipse 19:11-21
Lucas 15:1-11

Busca

Para os fariseus Jesus era um fora da lei, embora fosse um grande conhecedor da lei, não a interpretava como seus opositores. Jesus falava e comia com pecadores, pecadoras e cobradores de impostos, o que na época era considerado uma grande ofensa à lei.
Jesus com toda sua misericórdia tentava mostrar qual é o real sentido do Reino de Deus, que é a busca pela comunhão com todas as pessoas. Um pastor tendo cem ovelhas perde uma, sabendo que a ovelha perdida fica desprotegida longe de seu rebanho, ele deixa as noventa e nove para procurar pela ovelha perdida. O que parece um total absurdo para a lei do “custo-benefício” é o princípio inclusivo do amor de Cristo.
Cristo demonstra todo seu amor e misericórdia por todos os seus filhos e filhas, deixando-nos a certeza que nunca desiste de um sequer. Como igreja, família, em nossas atividades pastorais, em nosso dia a dia de trabalho, devemos sempre pensar nas nossas ovelhas perdidas e nos perguntar o que Jesus, o nosso pastor amado, faria por elas. Nosso lugar, é o lugar de ovelhas, devemos, portanto, deixar que Deus pastoreie a nossa vida, em campos seguros, e devemos nos alegrar quando, aparentemente, se afasta de nós para ir buscar apenas uma que se perdeu.

Elaine Michele Escaravajal Nascimento
Alvorada/RS

Texto para Meditação
“E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.” Lucas15:6

Intercessão
Oremos por todas as ovelhas perdidas que esperam Jesus através do trabalho solidário e pastoral da Igreja, que tenhamos amor e paciência, para admitir a necessidade de nos desacomodar para buscar quem está em perigo. 

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Salmo 78
Joel 1:15-2:2 (3-11)
Apocalipse 19:1-10
Lucas 14:25-35

Seguidores

Em nossos dias encontramos multidões dispostas a seguir um “ídolo”, seguir uma pessoa que julgam ser um exemplo (ou ser expressão dos seus desejos), talvez como ator, cantor, político e até um religioso.
O relato que encontramos em Lucas também nos fala para o dia de hoje sobre esta disponibilidade. Nos fala sobre a liberdade de seguir os passos do Mestre. A escolha pelo discipulado de Jesus também deve ser radical em busca de continuar o projeto do Reino (que Ele anunciou e iniciou entre nós), onde priorizamos a vida plena para todos, sem discriminação de qualquer tipo. Este chamado é dirigido a todos os que queiram tomar a sua cruz e lhe seguir. A Cruz é reconhecida verdadeiramente naquelas pessoas que servem outras pessoas mais necessitadas. Não se trata de um serviço e de uma doação somente no aspecto econômico, estamos falando em todos os aspectos da necessidade que o ser humano enfrenta e padece. Seguir a Jesus é vivenciar uma nova experiência humana com o nosso semelhante, e conosco mesmos, assumindo uma responsabilidade solidária e fraterna, tanto diante de alegria quanto do sofrimento. Jesus é Deus, é Senhor, é o único que merece um seguimento pleno, que acompanha sempre no sofrimento, que partilha da alegria e que nos motiva na solidariedade com o próximo.

Elaine Michele Escaravajal Nascimento
Alvorada/RS

Texto para Meditação
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo.” Lucas 14:26-27

Intercessão
Oremos pelas nossas vocações, por todos os chamados que recebemos para os diversos ministérios e tarefas necessárias para extensão do Reino de Deus em Cristo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Todos os Santos e Mártires da Comunhão Anglicana

Salmos 80 ou 77, [79]
Joel 1:1-13
Apocalipse 18:15-24
Lucas 14:12-24

Convite

Nesta parábola Jesus nos chama a sonhar com um banquete do Reino, aqui e agora, onde os principais convidados vão ser os cegos os coxos e os pobres, cujo objetivo não será a troca de favores ou cortesias. Onde todos sem exceção terão lugar e vez na mesa.
Os convidados serão aqueles que têm esperança e confiam na construção de uma nova casa como algo possível. Este é o projeto do Reino que devemos seguir, um lugar onde não haverá excluídos e onde a real importância não vai ser dada para o lucro (pelo ter) mais sim pela humanidade comum como obra prima de Deus (pelo ser).
Felizes dos que reconhecem suas limitações e aceitam o convite ao banquete de amor que Cristo tem preparado para cada um, cada uma, de nos, através da Palavra, da Comunhão, da Oração, da Adoração e do partilhar em comunidade de serviço e amor.
Que possamos estar preparados para dizer “sim” ao Seu convite.

Elaine Michele Escaravajal Nascimento
Alvorada/RS

Texto para Meditação
“Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos.” Lucas 14:13-14

Intercessão
Oremos por humildade e espírito de amor e serviço, de forma que nas nossas comunidades, e no agir cotidiano, expressemos o sentido inclusivo e festivo do convite ao Banquete do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo.

domingo, 7 de novembro de 2010

25º Domingo depois de Pentecostes

Próprio 27
Salmo 17
Jó 19:23-27a
II Tessalonicenses 3:6-13
Lucas 21:5-19

Justiça

A gloriosa expressão de fé de Jó também pode ser lida como a busca e a esperança por justiça. A justiça reivindicada por Jó é acima de tudo igualitária, onde todas as pessoas são iguais, filhos e filhas do mesmo Pai justo e bondoso.
Esta Justiça esta longe de ser encontrada em nossos dias, pois quando lemos e vemos os jornais a imagem que encontramos é de fome e de desigualdade social; fatores que geram descriminação e violência. Estas coisas passaram a ser um tema corriqueiro, e o mais absurdo é que não nos surpreendemos mais com o assunto, passamos pela desigualdade e fingimos que não esta acontecendo nada. Ainda, para piorar o quadro, acreditamos que isto é normal.
Como fez Jó, o clamor por justiça deveria fazer parte da nossa vida diária. A fé me dá a certeza que o meu redentor vive e que fará justiça. Cristo não escolhe pessoas para lhes fazer justiça, simplesmente faz justiça porque Ele é justo. O clamor por justiça é, por sua vez, uma busca partilhada do reino de Deus em que cremos e vivemos. Não devemos confundir “justiça” com vingança. A justiça de Deus é a defesa da igual dignidade de todas as pessoas e do seu igual direito de partilhar a vida.

Elaine Michele Escaravajal Nascimento
Alvorada/RS

Texto para Meditação
“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.” Jó 19:25

Intercessão
Oremos por justiça e igualdade social, para que, como Jó possamos sempre teimar no clamor e na defesa do justo direito à vida para todas as pessoas. 

sábado, 6 de novembro de 2010

Eclesiástico 51:1-12
Salmos 75, 76 ou 23, 27
Apocalipse 18:1-14
Lucas 14:1-11

A força do Justo

Um exército não é forte quando não tem uma liderança inteligente. Muitos exércitos, ao longo da história, fizeram temer seus adversários pela proporção do contingente, pela tecnologia de suas armas e eficácia do treinamento. Mas isso não é tudo. Alguns exércitos, menos numerosos, fracos belicamente, sem tanto aprimoramento, tinham uma grande liderança. A fraqueza de Napoleão Bonaparte foi sua tentativa em invadir o leste europeu, num inverno que nenhuma tropa francesa outrora havia sentido. Seu exército perdeu contingente pelos óbitos, seu treinamento não era eficaz em terras tão distintas. Napoleão lá nunca venceu, e sua arrogância, enfraqueceu todo o seu império. As grandes batalhas não foram às vencidas pelos grandes exércitos, mas as que foram vencidas por exércitos que julgamos precipitadamente como fracos. Nosso Deus é o Senhor dos Exércitos, e nossa força é a alegria do Senhor e nossa arma é a Justiça. É assim que venceremos por maior que seja nosso inimigo.

Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS

Texto para Meditação
“A força dos perversos será abatida; mas a força do justo será exaltada.” Salmo 75:10

Intercessão
Oremos pelos refugiados de guerra, pelos soldados, pelos reféns e prisioneiros de guerra.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eclesiástico 50:1, 11-24
Salmos 69:1-23(24-30)31-38 ou 73
Apocalipse 17:1-18
Lucas 13:31-35

Um imenso alarido

Como vai a música em sua comunidade? Como é a música e o louvor em outras comunidades? E em outras igrejas? Nossa liturgia anglicana é rica em musicalidade. Podemos, se aprendermos, a cantar todo o ofício ao invés de recitá-lo. Desde o século XVI há Livros de Oração Comum que são inteiramente musicados. No livro do Eclesiástico, lemos que o alarido de louvor era por meio de trombetas. Em outros texto do Antigo Testamento, encontramos outros instrumentos na liturgia. Em nossa igrejas, corremos sempre o risco de sacralizar alguns instrumentos e satanizar outros. Achamos que alguns instrumentos fazem parte da tradição. Associamos outros instrumentos a outros cultos religiosos, e os excluímos de nosso louvor pelo preconceito. Precisamos refletir: cantamos tão baixo, que Deus precisa mesmo inclinar seus ouvidos para ouvir nossas bocas mudas. Não conhecemos as melodias de nossos hinos e cânticos e não nos esforçamos em aprendê-los, desejamos sempre os mesmos cânticos. Nossa música é pobre, pois há uma diversidade de timbres e sons que devem ser explorados para o louvor e adoração de nosso Deus.

Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS

Texto para Meditação
“... os filhos de Aarão clamavam, faziam soar as trombetas de metal batido e produziam um imenso alarido.” Eclesiástico 50:18

Intercessão
Oremos pelos músicos, corais, cantores, maestros e pelas comissões de liturgia e música.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eclesiástico 44:1-15
Salmos [70], 71 ou 74
Apocalipse 16:12-21
Lucas 13:18-30

Pequenas atitudes, Grandes impactos

Jesus nos ensina que o Reino de Deus é como o fermento, que mesmo sendo insignificante sua porção diante da farinha, faz com que tudo fique fermentado e cresça. Muitas vezes subestimamos o impacto de nossas atitudes e ações. Achamos sempre que somos uma comunidade pequena, sem expressão, sem visibilidade. Quase que ninguém nos conhece ou sabe que existimos. O mesmo para nossas ações individuais. Achamos que ninguém percebe o que fazemos. Por um lado, isso nos leva ao comodismo e à fuga da responsabilidade, uma vez que interpretamos estar ninguém nos observando. Mas há muitos olhos nos observando. Os filhos que observam os pais, os casais que são observados pelos amigos, os grupos que são observados pela comunidade, e assim adiante. Nossas ações, por menores que sejam, podem refletir em toda a cadeia de relacionamentos, como uma pedra que cai no rio, formando círculos. Os primeiros círculos são pequenos, mas fortes, os últimos são grandes e mais fracos, mas há sempre um impacto. Uma vez que o Reino está em nossos corações, toda nossa ação irá fazer diferença na massa.

Revdo. Josué Soares Flores
Caxias do Sul/RS

Texto para Meditação
“... há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.” Lucas 13:30b

Intercessão
Oremos pelos desanimados, para que se encham de coragem e força do Senhor.