domingo, 31 de março de 2013

DOMINGO DA PÁSCOA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO


Salmo 118; Isaías 51:9-11; 
Colossenses 3:1-4 ou Atos 10:34-43; Lucas 24:1-10.

De mãos dadas na Ressurreição

Um canto, que aqui traduzimos e adaptamos do espanhol para o português, nos convida a viver a Páscoa de mãos dadas:

Dá-me tua mão, irmão, Cristo ressuscitou, 
vem comigo à mesa que oferece Deus.
Dá-me tua mão, irmã, Cristo ressuscitou.

Vem, irmão, vem, dá-me tua mão e vem.
Vem para a mesa de nosso Redentor,
Unidos na Igreja pela fé e o amor (...).

O vinho do seu Sangue, nossa dor apagou,
Em pão de farinha e vida, nova vida nos deu.
Dá-me tua mão, irmã, Cristo nos redimiu.

Seu Corpo hoje comemos, trigo de redenção,
Bebemos do seu Sangue, vinho de cruz e amor.
Dá-me tua mão, irmão, louvaremos a Deus!

Letra de Waldino Suarez (Argentina)
Cancioneiro Aberto.
Tradução e adaptação: Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS.

Texto para meditação
Por que procurais entre os mortos quem está vivo? 
Lucas 24:5b.

Intercessão
Oremos para que não nos esqueçamos de buscar juntos e juntas o ressuscitado, assim como as mulheres e outros discípulos, e não nos isolarmos em nossas vidas, mas vencermos juntos o medo e as dúvidas.

sábado, 30 de março de 2013

Sábado Santo


Salmo 130 ou 31:1-5; Jó 14:1-14; 
I Pedro 4:1-8; Mateus 27:57-66 ou  João 19:38-42.

Esperança da Vida

O Sábado Santo é um tempo de interiorização dos mistérios da morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. De um lado está a Cruz com sua extrema crueldade e injustiça, e o amor suave de Jesus, suas palavras e gestos. Do outro lado está a Ressurreição, tão inacreditável, tão difícil, mas tão poderosa como superação da última fronteira da existência humana e das relações humanas, chamada “morte”. 
No Sábado não esquecemos a sexta feira, do Evangelho do Senhor executado pelo poder da morte. Mas, somos convidados a olhar para os túmulos não mais como fim, mas como desafio. Somos convidadas, e convidados, a encontrar a vida que supera a morte dentro de nós; pela ação do Senhor Ressuscitado. Por isso silêncio e contemplação são as marcas do Sábado Santo, como quem busca atento dentro das almas, dentro da realidade, a chave da Vida.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
No local onde Jesus tinha sido crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém tinha sido depositado. João 19:41.

Intercessão
Oremos para que ao enfrentar a morte lembremos que, pela graça da Ressurreição de Cristo, temos esperança de que ela não poderá nos derrotar.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Sexta Feira da Paixão – (John Keble, Presbítero 1886)


Salmos 22, 40:1-14 ou 69:1-23; 
Isaías 52:13-53:12 ou Gênesis 22:1-18 ou Sabedoria 2:1,12-24; Hebreus 10:1-25; João (18:1-40) 19:1-37 

Que um morra pelo povo

Anás, sogro de Caifás, o sumo sacerdote de Jerusalém, querendo justificar a necessidade de matar Jesus, usou a frase: “É melhor que um só morra pelo povo” (João 18:14b). De fato, Jesus foi um só que morreu por todos, como afirma a carta aos Hebreus (“Em virtude dessa vontade somos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, uma vez para sempre”; Hebreus 10:10). 
No entanto, a diferença entre a frase de Anás e a afirmação de Hebreus é de atitude. Anás queria se livrar do “problema” Jesus e, sem esse “inconveniente”, eles poderiam continuar com a proposta religiosa opressora, excludente, que o Senhor denunciou através da apresentação dos valores do Reino. A carta aos Hebreus reconhece o sentido divino-humano da entrega de Jesus Cristo como base da construção de uma nova relação com Deus e com a humanidade.
Esta Sexta-Feira Santa é mais uma oportunidade que a tradição da igreja nos dá para nos perguntar: qual é nosso lado? Queremos apenas praticar rituais e “cumprir com nossas obrigações religiosas” para “livrar-nos” do problema de Jesus que morre entre marginais? Ou olhamos para a Cruz como um caminho que nos leva a relações mais amorosas e comprometidas com todas as pessoas que sofrem, e em novas relações de entrega generosa entre nós?

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Olhemos uns pelos outros para estimularmos o amor e as boas obras. Hebreus 10:24.

Intercessão
Oremos para que ao olhar para a Cruz de Cristo, e para nosso mundo injusto, vejamos o quanto seu sacrifício abre as portas para novas relações de amor, justiça e paz.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Quinta Feira Santa – INSTITUIÇÃO DA SANTA EUCARISTIA E LAVAPÉS


Salmos 78:14-20;23-25; Êxodo 12:1-14a; 
1 Coríntios 11:23-26(27-32); Lucas 22:14-30.

Não seremos mais as mesmas pessoas

Assim como Jesus primeiro compartilhou o pão e o vinho com seus amigos que também compartilharam o pão e o vinho da Eucaristia (que em si significa "ação de graças"). Nós o fazemos para demonstrar o nosso amor por Jesus Cristo, para reconhecer e celebrar que, através de pão e vinho Ele está presente e ativo em nossas vidas. Hoje à noite, especialmente ao recordar e comemorar novamente a simples refeição do pão e do vinho juntemo-nos aos discípulos, a tantas outras pessoas, e a Jesus em amor e serviço.
Depois de Jesus partir o pão  e distribuir o vinho com seus discípulos e amigos, as suas vidas foram alteradas. E assim é também para nós: a cada vez que comemos o pão da vida e bebemos do cálice da salvação, nossas vidas são mudadas, como mais uma vez ao nos tornar um com Jesus.
E no final da celebração, esta noite, a Igreja é despojada de ficando com sua madeira nua. Todos os paramentos e adereços são silenciosamente removidos e ficamos apenas com o belo símbolo do jardim do Getsêmani, em nosso santuário. Isso representa o jardim onde Jesus foi com os seus amigos mais próximos, e como ele orou a Deus. Ele estava angustiado pelo  que estava por vir. Ele pediu a seus amigos para ficarem acordados ... mas no seu cansaço e ansiedade adormeceram. Como sempre fazemos em nossa Igreja, faremos um rodízio de pessoas durante a noite, vigiando e orando até a manhã.

Igreja Anglicana da Epifania
Canadá

Texto para meditação
E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. Lucas 22:28

Intercessão
Oremos para que na vivência dos gestos amorosos de Jesus, da doação do seu Corpo e Sangue na forma da partilha agradecida do pão e do vinho, e no seu gesto de lava-pés, incorporemos em nós o sentido da vida cristã.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Quarta Feira Santa - (Charles Henrique Brent, Bispo das Filipinas e Nova Iorque Ocidental, 1929)


Salmo 69:7-15,22-23; Isaías 50:4-9a; 
Hebreus 9:11-15,24-28; João 13:21-35 

Um antiga oração que nos desafia

Ajudai-nos misericordiosamente com tua ajuda, Senhor Deus da nossa salvação; que possamos entrar com alegria na meditação dos atos poderosos, em que tu nos destes a vida e imortalidade; através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amem.

Quando fui consultar a minha biblioteca esta manhã, fiquei surpreso ao saber que esta coleta antiga da Quarta Feira da Semana Santa tem algo de inovação. É muito diferente da que aparece no rito de “Sarum” para Quarta-feira Santa. O Arcebispo Cranmer, por razões desconhecidas para mim, se recusou a ter coletas especiais  para a segunda e para quinta-feira da Semana Santa. Que continuou a ser o caso nas edições dos Livros de Oração Comum de 1559 e 1662.
No Livro de Oração Comum de 1928 editado pela Igreja Episcopal dos Estados Unidos de América, é que acrescentou este coleta para quarta-feira. Massey Shepherd nas notas e comentários ao Livro de Oração Comum, diz que, foi elaborada baseando-se em uma coleta do Rito de Sarum para vésperas Segunda-feira Santa.
Pessoalmente, ela se tornou uma das minhas coletas favoritas, e eu a acho perfeita para quarta-feira da Semana Santa. Ela nos orienta quando estamos prestes a entrar nas profundezas e nas alturas da Paixão, quando pedimos a Deus que nos ajude a meditar sobre "os atos poderosos." Esta oração expressa bem nossa consciência de que estamos prestes a entrar em um sofrimento e uma redenção sagrada que queremos compreender, mais uma vez.

Site “Quero ser anglicano”

Texto para meditação
Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele. João 13:31.

Intercessão
Oremos para que ao lembrarmos-nos do sacrifício de Jesus na Cruz, do sofrimento da traição, da dor do castigo e da humilhação, da morte injusta e cruel, nossos corações e mentes olhem para as vítimas das injustiças, da tortura e da morte nos dias de hoje.

terça-feira, 26 de março de 2013

Terça Feira Santa


Salmo 71:1-12; Isaías 49:1-6; 
I Coríntios 1:18-31; Marcos 11:15-19.

Nas pegadas de Jesus

A fé deve nos proporcionar o desejo interior de conhecer Jesus para viver na sua intimidade. Nos relacionamentos humanos, o fato de conhecer alguém implica entrega e compromisso. Deus ao se fazer homem, se revela, assumindo o compromisso de dar a vida para os que querem seguir.
No Evangelho de hoje, Jesus ensina que conhecê-lo e segui-lo implica doação. É preciso dar a vida para tê-la integralmente. Todas as relações sejam elas humanas ou com Deus implicam a totalidade do ser, não há espaço para barganha, no coração de Deus não há espaço para discriminação.
Jesus revela que a sua glória, a essência da sua divindade está no servir e, portanto, se alguém quer conhecê-lo; quer estar com ele, na intimidade, deve saber que junto dele, no seu coração, estão os que mais precisam: os pobres e doentes de toda natureza, assim como as minorias marginalizadas por estruturas que estabelecem critérios para favorecer alguns poucos privilegiados.

Itabira Jonas (re-editado)
Santos-SP

Texto para meditação
Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará. João 12:26.

Intercessão
Oremos para que as pessoas jovens possam sentir a alegria de seguir as pegadas de Jesus, de dar sua contribuição juvenil em suas comunidades cristãs e no mundo.

segunda-feira, 25 de março de 2013

ANUNCIAÇÃO DA BEM AVENTURADA VIRGEM MARIA


Salmo 36:5-10; Isaías 42:1-9; 
Hebreus 11:39-12:3; Marcos 14:3-9.

Lembremos do gesto de amor

   Na versão do Evangelho segundo Marcos é Maria, irmã de Marta e Lázaro, que derrama unguento sobre os pés de Jesus. Seu coração é uma mistura de amor e tristeza. Derramando ambos sobre seus pés, ela nos mostra o caminho para expressar profunda gratidão para com Aquele que nos redimiu. 
           Nem todos entendem tais expressões de vulnerabilidade. "Esse dinheiro teria ajudado centenas de pessoas com fome!”. O unguento poderia ter sido vendido por um preço equivalente a um ano de salário. No entanto, Maria será sempre associada com esta expressão generosa de amor por nosso Senhor. 
           Somos tentados a contar cuidadosamente o custo de nossos dons, de nosso discipulado. Ela não. Ela nos oferece um modelo para o discipulado. Maria é aquela que se senta e ouve a boa notícia aos pés de Jesus, e são esses mesmos pés que Ela unge. Maria percebe a importância do tempo com Deus, embora sempre há muito trabalho a fazer na cozinha e no reino. Talvez tudo o que podemos dizer é que estamos contentes de que Jesus sabe de tal amor, de tal adoração, antes que os outros o rejeitem e o destruam. Conhecendo o poder de tanta ternura, podemos encontrá-lo em nós mesmos.

Paróquia de Todos os Santos 
Igreja Anglicana do Canadá

Texto para meditação
Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória. Marcos 14:9

Intercessão
Oremos para que esta Semana Santa seja para nós realmente santificada, lembrando-se da ternura de Cristo, e da ternura que devemos expressar para todas as pessoas.

domingo, 24 de março de 2013

DOMINGO DE RAMOS – SÃO MATIAS APÓSTOLO


Salmo 118:19-29 ou 21:1-21; Isaías 52:13-53:12; 
Filipenses 2:5-11; Lucas (22:39-71)23:1-49(50-56).

A oração, a entrega, o anjo e o cálice

Jesus ora de joelhos. Ele deve estar muito abalado e angustiado, pois naquele tempo o costume era orar em pé. Lucas traz as palavras da oração: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Contudo não a minha mas a tua vontade seja feita. E a oração da total entrega. Jesus não volta atrás, não quer escapar. Quer é continuar no caminho de acolher os excluídos, de denunciar o fechamento da religião oficial, de insistir nas exigências da fraternidade, mesmo que os poderosos o persigam e matem. Ele assume ser o Messias-Servo.
  Aparece um anjo do céu. O anjo do céu é o próprio Deus se comunicando com o ser humano. E pela terceira vez no Evangelho de Lucas que Deus se manifesta diretamente a Jesus. A primeira vez foi no Batismo (Lc 3,21-22). A segunda, na transfiguração (Lc 9,35). E agora, a terceira vez, aqui no Horto. O anjo não vem para consolar. Ele vem para ajudá-lo a continuar no caminho do Pai até o fim, a beber o cálice até o fundo. Diz a Carta aos Hebreus: “Nos dias da sua vida terrestre, Jesus apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte” (Hb 5,7). 
            De fato, depois que apareceu o anjo, Lucas diz que, “cheio de angústia, Jesus ora com mais insistência ainda” e começa a suar sangue. Suor de sangue é sinal de que a angústia que o envolve é muito grande. Jesus é jovem. Tem apenas 33 anos. E acusado e perseguido por algo que nunca fez nem quis, e sabe que vão matá-lo. “E pela oração que ele se reencontra consigo, com a missão e com o Pai. A paz voltou. Foi atendido por causa da sua total entrega!” (Hb 5,7).

Carlos Mesters e Mercedes Lopes
Extraído do Livro: “O avesso é o lado certo”

Texto para Meditação
Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Lucas 22:42

Intercessão
Oremos para que o exemplo e a entrega de Jesus seja para nós uma motivação para nos entregar, e entregar nossas vidas, totalmente a Deus e à realização da Sua vontade.

sábado, 23 de março de 2013


Salmos 137,144 ou 42,43; Jeremias 31:27-34; 
Romanos 11:25-36; João 12:37-50.

Uma pequena luz

Era noite, chegamos em casa, tinha faltado luz, então acendemos uma vela, pegamos o violão e nasceu uma canção que em parte diz:
Uma pequena vela de luz tão singela
Nos encantou, enfeitiçou
Sua chama de dança tranquila
Enfim nos cativa, reúne, ensina

Na noite escura a pequena luz
No mar um farol
No monte há uma cruz
No meio a miséria alguém parte o pão
No meio à tragédia se estendem as mãos
Se encontram, irmãs e irmãos.

         Pegue uma vela, ou lembre das velas sobre o altar na Igreja, elas são pequenas, mas apontam para a grande Luz que é Cristo em nossas vidas.

Família Feldens Maiztegui
Porto Alegre RS

Texto para Meditação
Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. João 12:46.

Intercessão
Oremos para diante do medo e da escuridão das noites da morte, possamos ver a luz de Cristo como vela, como farol, como Cruz sobre os montes, nos guiando e amparando.

sexta-feira, 22 de março de 2013


Salmos 22 ou 141,143; Jeremias 29:1,4-13; 
Romanos11:13-24; João 12:1-10.

Marta, responsável ou irresponsável.

As pessoas jovens são muitas vezes vistas como “irresponsáveis” até porque, naturalmente, são vistas como “imaturas”. Em Canoas, no projeto Crescer com Cristo, se deixar, as crianças, adolescentes e jovens, deixam tudo atirado e sujo depois das suas atividades. Em um encontro da Coordenação da Juventude da UJAB no Seminário, parece que ficou o lixo e outras coisas atiradas. Pronto! Isso é suficiente para apontar como as pessoas jovens são irresponsáveis. No entanto, as mesmas crianças do projeto, diversos almoços comunitários e outras ocasiões, quando foram motivadas a limpar e arrumar lavaram até a louça das outras pessoas com a mesma alegria e disposição.
                Marta era a contrário. Muito preocupada com a arrumação e a higiene, conforme a apresenta o Evangelho segundo Lucas (10:40a). No entanto, movida pelo seu grande amor por Jesus Cristo, derramou todo o perfume sobre os pés do Senhor e o secou com os próprios cabelos, gesto semelhante ao feito pela mulher “pecadora da cidade” (isto é, prostituta), descrito em Lucas 7:37-38. A que era lembrada pela comunidade de Lucas como quem criticava a irmã que ficou aos pés do Senhor (Lucas 10:40b), agora é criticada por desperdiçar o perfume (João 12:4-5). No entanto, Jesus, que ficou do lado de Maria agora fica do lado de Marta, contra a visão materialista e Judas. O importante não é arrumar ou desarrumar, mas nos relacionar sempre tendo Cristo, seu amor e perdão, como critério superior, inclusive superior a nossos pensamentos (aparentemente certos).

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para Meditação
Jesus disse, então: Deixa-ia (João 12:7b)

Intercessão
Oremos para que diante das atividades de crianças e jovens, ou de pessoas que fazem coisas que seriam criticáveis, pensemos primeiro em Cristo.

quinta-feira, 21 de março de 2013

(Thomas Crammer, Arcebispo de Cantuária e Mártir, 1556)


Salmos 131,132,[133] ou 140,142; Jeremias 26:1-16; 
Romanos1:1-12; João 10:19-42 

Crer nas obras de Deus

Há pessoas que entendem que Deus é uma invenção dos seres humanos para justificar tanto o que não conseguem explicar quanto seus próprios atos maus e bons. Quando a divindade de Cristo é questionada no Evangelho segundo João, Jesus responde: “mesmo que não acrediteis em mim, crede nas obras” (João 10:36a). Desta forma Jesus desloca a atenção para o que Sua presença faz no meio da vida das pessoas.
              Se quisermos que as pessoas acreditem em Jesus Cristo não basta proclamar o Seu Nome, mas devemos refletir e testemunhas Suas obras em nossas vidas! Por isso ainda há muita gente que não acredita e que acha que Deus é uma invensão. Acontece que quando olham para as obras das pessoas que dizem seguir a Cristo, e para Sua Igreja não veem as obras de Deus, mas encontram egoísmo, disputa de poder, violência, omissão. Fazer as obras de Deus não singnifica não errar, mas deixar que Cristo atue através de nós, tanto diante de nossos erros ou dos erros de outros (perdão, arrenpendimento, conversão) quanto diante de nossos acertos ou dos acertos de outros (aprendizado, revelação, descoberta, crescimento, louvor e agradecimento). 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para Meditação
Muitas obras boas vos tenho mostrado por parte do meu Pai (João 10:32b)

Intercessão
Oremos com gratidão pelas obras que Deus em Cristo tem realizado na nossa vida, na vida de outras pessoas e no meio das comunidades e da sociedade e  que possamos ser instrumentos das obras de Jesus no mundo!

quarta-feira, 20 de março de 2013


Salmos 119:145-176 ou 128,129,130; Jeremias 25:30-38; 
Romanos 10:14-21; João 10:1-18.

Bom Pastor

Jesus é o Bom Pastor, ou, dito de outra forma, o modelo do “pastor”, por várias razões:
  • Tem uma relação íntima com suas ovelhas, ele as conhece pelo nome e elas reconhecem sua voz (João 10:3-4,14). 
  • Ele denuncia os mercenários que querem se aproveitar das ovelhas e as abandonam quando estão em perigo (João 10:8,12).
  • Ele leva as ovelhas para um lugar seguro, e ele mesmo, como porta, é instrumento para sua passagem em segurança (João 10:9).
  • Ele entrega sua vida voluntariamente pelas ovelhas (João 10:17-18).

          O evangelho segundo João quer promover a unidade do rebanho de Cristo, o que é claro quando afirma “haverá um só rebanho e um só pastor”. Somos chamados a reconhecer que Jesus Cristo é pastor de todas as pessoas é saber que pode se comunicar pessoalmente com todas. Não seguir mercenários que dividem o rebanho em vez de unir. Saber que Jesus é a porta significa que todas as pessoas podem passar e ele cuida de todas de diversos apriscos. Entender que Jesus entregou sua vida voluntariamente por todas as pessoas, todas são igualmente amadas!

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem. João 10:14b.

Intercessão
Oremos por todas as pessoas de nossa igreja e de todas as igrejas, para se reconheçam como amadas por Cristo, e para que evitem a ação de mercenários.

terça-feira, 19 de março de 2013

SÃO JOSÉ


Salmos [120],121,122,123 ou124,125,126,[127]; 
Jeremias 25:8-17;  Romanos 10:1-13; João 9:18-41.

Creio

Depois da longa discussão entre o homem curado da cegueira de nascença e alguns judeus que não aceitavam Cristo, acontece um novo encontro com Jesus, onde ele se apresenta como Senhor e obtém a resposta: “eu creio”.
              O mais interessante deste relato é que quando o homem foi curado ainda não cria. A fé não foi a causa da cura, mas sua consequência. Não significa que sempre seja assim! Mas, demonstra que “crer” não apenas repetir uma fórmula doutrinal, muito importante, chamada “credo”. Crer é o ato de reconhecer entre nós a presença de Cristo agindo em nossas vidas.
              Por isso há, além dos credos Niceno e Apostólico, uma outras quantidade de credos elaborados por jovens, pessoas portadoras de deficiência, mulheres, grupos étnicos e culturais, que expressam de diversas formas o reconhecimento da presença de Cristo em suas vidas. 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou. João 9:38

Intercessão
Oremos para que encontremos nossa fé verdadeira, aquela que nasce do reconhecimento da presença de Cristo em nossas vidas e em nossa realidade.

segunda-feira, 18 de março de 2013


Salmos 31 ou 35; Jeremias 24:1-10; 
Romanos 9:19-33; João 9:1-17. 

Ele não pecou

          Todos somos pecadores e pecadoras. No entanto, não devemos atribuir tudo o que nos acontece ao pecado. Deus não é assim, se fosse ninguém viveria. Mas, é claro, que diante de uma desgraça buscamos culpados, buscamos pecados. Isso a gente faz porque nosso entendimento é muito curto, nossa visão limitada, nosso pensamento estreito. Deus vê tudo muito além do que nos atrevemos a imaginar, por isso Deus é Deus! 
              Quando trouxeram aquele menino cego de nascença havia pessoas procurando “culpados”. Jesus então afirmou: “Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9:3). Ele não poderia ser culpado da cegueira, porque nasceu cego, mas e o seus pais? Evidentemente que os pais tinham pecado antes dele nascer, e depois também. Mas, quando Jesus afirma isso quer disser que o mal que atingiu o menino não pode ser atribuído ao pecado dos pais. Jesus diz que não podemos usar o pecado como instrumento para “culpar” pessoas. Então, para que serve?
               O pecado é apenas a tensão entre a vontade de Deus e nossas limitações. O pecado serve apenas para nos mostrar onde precisamos melhorar, e para, melhorando sentirmos quanto Deus pode fazer em nossas vidas. O pecado serve para saber que, mesmo naquilo que não conseguimos melhorar, temos o amor de Deus nos dando mais uma oportunidade.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. João 9:5

Intercessão
Oremos para que nos ajudemos mutuamente a superar com amor nossos pecados e acolhamos todas as pessoas sem culpa, mas buscando que em tudo se manifeste a Glória de Deus.

domingo, 17 de março de 2013

5º Domingo da Quaresma - (Patrício, Bispo e Missionário da Irlanda,461).


Salmo 126; Isaías 43:16-21; 
Filipenses 3:8-14; Lucas 20:9-19 

Aprender a lição de Deus

         Na juventude dedicamos, ou precisamos dedicar, uma grande parte de nosso tempo ao aprendizado. Isso não significa que depois não devamos continuar fazendo isso. Realmente o que diferencia uma pessoa com propostas novas e transformadoras de outra que está morrendo, é a capacidade de aprender. Deus passou milênios querendo nos ensinar de diversas formas. 
              A primeira lição veio da própria natureza. Na Bíblia não diz como o fogo foi dominado pela humanidade. Porque essa, e outras muitas lições, aprendemos diretamente da natureza. Ainda hoje a natureza é uma fonte inesgotável de aprendizado para a humanidade. No entanto, a lição mais básica a gente, em termos gerais, não aprendeu, pois destruímos a natureza ameaçando nossa vida e toda a vida na terra.
            A segunda lição veio de atos de libertação, quando Deus interveio na nossa história, como descreve o texto do livro de Isaías. Mas, também não aprendemos e continuamos a fazer as mesmas maldades das que fomos libertados. 
          A terceira lição veio da encarnação, quando Deus se fez humano para nos mostrar como fazer tudo aquilo que não tínhamos aprendido antes. Mesmo assim ainda custamos a aprender. Queremos nos adonar de tudo, até de Deus, e usar sua revelação para nosso lucro! Mas, ainda há tempo! A escola não fechou e podemos aprender estas três grandes lições.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra, que os edificadores reprovaram, Essa foi feita cabeça da esquina. Lucas 20:17

Intercessão
Oremos para que as lições deixadas por Deus na criação, nos seus atos de libertação e salvação e, especialmente em Cristo, sejam por nós aproveitadas.

sábado, 16 de março de 2013


Salmos 118 ou 145; Jeremias 23:9-15; 
Romanos 9:1-18; João 6: 60-71.

Escândalo e abandono de Jesus
              O Evangelho segundo São João, neste capítulo 6, no chamado “discurso eucarístico de Jesus”, mostra que o Evangelho não é de fácil aceitação. O complicado em aceitar o Evangelho de Cristo não está em suas exigências morais (como pensam alguns de linha mais puritana). Nem está na necessidade de enfrentar grandes sofrimentos e fazer grandes sacrifícios (como pensam alguns mais pietistas ou ascéticos). A dificuldade se encontra em aceitar sua abertura irrestrita a todas as pessoas e seu amor incondicional.
           Quando Jesus fala coisas como, “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida” (João 6:63), está nos desafiando a não acreditar pensando apenas em nós, mas na salvação de outras pessoas e do mundo. A carne vive apenas para seu sustento e para sua própria salvação. Para isso comemos e dormimos. Não comemos para outros nem dormimos para outros. O espírito é o que rompe as barreiras do “eu”, capaz de se encontrar com o “criador” não apenas de si, mas de toda a vida. Vida é sempre o todo. Não pedimos para viver, não vivemos apenas do que sai de nós, pelo contrário, tudo o que sustenta nossa vida e a vida do mundo não é “eu”, mas é “outro”, “outras”, “além”, “ao redor”, “abaixo” e “acima”, “fonte”. Os que se escandalizaram, as pessoas que acharam injusto acreditar que todas as outras pessoas são igualmente dignas, abandonaram Jesus. Então, o que faremos?

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. João 6:68

Intercessão
Oremos para que em nossos relacionamentos como Deus em Cristo Jesus, com todas as outras pessoas e com toda a criação, vejamos traços do espírito e da vida que Nosso Senhor nos mostrou.

sexta-feira, 15 de março de 2013


Salmos 102 ou107:1-32; Jeremias 23:1-18; 
Romanos 8:28-39; João 6:52-59.

Comer e viver para sempre

  Viver eternamente é um sentimento muito humano. Podemos dizer que o ser humano carrega desde os primórdios a semente da eternidade. A isso se refere a afirmação do primeiro relato da criação no livro de Gênesis quando diz que o ser humano (macho e fêmea) foram feito à “imagem e semelhança” do Criador (Gênesis 1:27). As construções religiosas das grandes civilizações, a busca de divindades, as mitologias, tudo fala desse anseio humano por eternidade. 
         Jesus reafirma este anseio. Ele como presença de Deus que vive no meio de nós declara que somos seres eternos. Também declara que precisamos construir pontes entre a mortalidade e a eternidade. No entanto, estas pontes não são grandes monumentos nem obras de arte. A ponte é o simples gesto de comer um pouco de pão e beber um pouco de vinho, acreditando que, pela presença viva de Deus, sejam o Corpo e Sangue de Cristo. Por isso, a eternidade, antes privativa dos grandes e poderosos, ficou acessível a todas pessoas que tenham a humildade de aceitar Cristo assim: como alimento vivo e verdadeiro para a vida eterna. 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. João 6:53.

Intercessão
Oremos por discernimento para compreender a grandiosidade do pequeno gesto de Jesus, aos nos dar o alimento para eternidade na forma de um pouco de pão e um pouco de vinho.

quinta-feira, 14 de março de 2013


Salmos 69 ou 73; Jeremias 22:13-23;
Romanos 8:12-27; João 6:41-51.

Quem se abre para Deus aceita Jesus e a sua proposta

A conversa se torna mais exigente. Agora são os judeus, os líderes do povo, que murmuram: “Esse não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como é que ele pode dizer que desceu do céu?” Eles pensam conhecer as coisas de Deus.
           Na realidade, não é nada disso. Se fossem realmente abertos e fiéis a Deus, sentiriam dentro de si o impulso de Deus atraindo-os para Jesus e reconheceriam que Jesus vem de Deus (Jo 6,45).
            Na celebração da Páscoa, os judeus lembravam o pão do deserto. Jesus os ajuda a dar um passo. Quem celebra a Páscoa lembrando só o pão que os pais comeram no passado, vai acabar morrendo como todos eles!
              O verdadeiro sentido da Páscoa não é lembrar o maná que caiu do céu, mas sim aceitar Jesus como Pão da Vida e seguir pelo caminho que ele ensinou. Não é comer a carne do cordeiro pascal, mas sim comer a carne de Jesus, que desceu do céu para a vida do mundo!

Texto extraído do livro “Raio-X da Vida“.
Círculos Bíblicos do Evangelho de João.
Coleção A Palavra na Vida 147/148.
Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino.
CEBI Publicações.

Texto para meditação
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. João 6:47

Intercessão
Oremos para que cada vez que singelamente tomamos do Corpo e Sangue de Cristo na Celebração Pascal da Eucaristia, possamos sentir que este alimento é vida não apenas para nós, mas também para o mundo.

quarta-feira, 13 de março de 2013


Salmos 101,109: ou119:121-144; Jeremias 18:1-11; 
Romanos 8:1-11; João 6:27-40.

Trabalhar pelo pão verdadeiro

O povo pergunta: “O que fazer para realizar este trabalho (obra) de Deus?” Jesus responde: “Acreditar naquele que Deus enviou!” Isto é, crer em Jesus! O povo reage: “Então, dê-nos um sinal para a gente saber que você é o enviado de Deus! Nossos pais comeram o maná que foi dado por Moisés!” Para eles, Moisés é o grande líder do passado, no qual acreditam. Se Jesus quer que o povo acredite nele, deve fazer um sinal maior que o de Moisés. Jesus responde que o pão dado por Moisés não era o pão verdadeiro, pois não garantiu a vida para ninguém. Todos morreram! 
                 O pão verdadeiro de Deus é aquele que vence a morte e traz vida! Jesus tenta ajudar o povo a se libertar dos esquemas do passado. Para ele, fidelidade ao passado não significa fechar-se nas coisas de antigamente e recusar a renovação. Fidelidade ao passado é aceitar o novo que chega como fruto da semente plantada no passado.

Texto extraído do livro “Raio-X da Vida“.
Círculos Bíblicos do Evangelho de João. 
Coleção A Palavra na Vida 147/148. 
Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino. 
CEBI Publicações.

Texto para meditação
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou. João 6:27

Intercessão
Oremos para que saibamos valorizar o que Jesus nos deixou como alimento espiritual, capaz de dar um novo sentido a nossas vidas.

terça-feira, 12 de março de 2013

(Gregório Magno, Bispo de Roma, 604)


Salmos 97,99,[100] ou 94,[95]; 
Jeremias 17:19-27; Romanos 7:13-25; João 6:16-27

Ver ou não ver Jesus

Para o povo da Bíblia, o mar era símbolo do abismo, do caos, do mal (Ap 13,1). No Êxodo, o povo faz a travessia para a liberdade enfrentando e vencendo o mar. Deus divide o mar através de seu sopro e o povo atravessa com pé enxuto (Ex 14,22). Em outras passagens a Bíblia mostra Deus vencendo o mar (Gn 1,6-10; Sl 104,6-19; Pr 8,27). Vencer o mar significa impor-lhe os seus limites e impedir que ele engula toda a terra com suas ondas. Nesta passagem Jesus revela sua divindade dominando e vencendo o mar, impedindo que a barca dos discípulos seja tragada pelas ondas.
            Este longo discurso feito na sinagoga de Cafarnaum está relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo. Vale a pena ler todo este capítulo de Êxodo, percebendo as dificuldades que o povo teve que enfrentar na sua caminhada.

Texto extraído do livro “Raio-X da Vida“.
Círculos Bíblicos do Evangelho de João. 
Coleção A Palavra na Vida 147/148. 
Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino. 
CEBI Publicações.

Texto para meditação
Mas ele lhes disse: Sou eu, não temais. João 6:20

Intercessão
Oremos por todas as caminhadas e travessias que temos que fazer na vida, para que Deus nos proteja nos momentos de tempestade e medo e nos ajude a, com fé, passar sobre as dificuldades.

segunda-feira, 11 de março de 2013


Salmos 89; Jeremias 16:10-21; 
Romanos 7:1-12; João 6:1-15.

O milagre de Partir o Pão

                  Jesus nesta multiplicação dos pães e dos peixes parta do que a gente tem no momento. O milagre não é tanto esta multiplicação do alimento, mas o que acontece no interior dos seus ouvintes: sentiram-se interpelados pela palavra de Jesus e, deixando de lado o egoísmo, cada um colocou um pouco do que ainda tinham, e maravilharam-se depois do que viram quando o alimentou se multiplicou e sobrou. 
                 Compreenderam, então, que se o povo passava fome e necessidade, não tanto pela situação de pobreza, mas pelo egoísmo dos homens e mulheres que conformados com o que tinha, não lhes importava que os outros passassem necessidade. 
                   O gesto de compartilhar marcou profundamente a vidas das primeiras comunidades que seguiram Jesus. Compartilhar o pão se transforma em um gesto que prolonga e mantém a vida, um gesto de páscoa e ressurreição. No partir do pão se descobre a presença nova do ressuscitado.

Conselho Latino-americano de Igrejas

Texto para meditação
Então Jesus tomou o pão, deu graças e deu aos que estavam sentados. João 6:11

Intercessão
Oremos para que neste mundo onde o egoísmo gera desperdício e fome possamos aprender a lição de Jesus.

domingo, 10 de março de 2013

4º Domingo da Quaresma


Salmo 34; Josué (4:19-24)5:9-12; 
II Coríntios 5:17-21; Lucas 15:11-32.

Deus é PAI

A parábola do filho pródigo - Lucas 15 - é um dos textos mais comoventes, instigantes e edificantes da bíblia. No conflito do filho pródigo com seu irmão, está o retrato do dilema do crente entre a aventura e a fidelidade a Deus. Na cena do filho pródigo que passa fome, o retrato da miséria humana quando o crente está afastado de Deus. E no abraço acolhedor que o pai dá no filho que volta para casa, a representação maior do amor incondicional de Deus pela criatura, também pela humanidade.
               É no mínimo curioso que Jesus associe o amor incondicional de Deus à figura do pai. Não seria melhor uma mãe? Não é ela que geralmente está associada a saudade, braços abertos e perdão? Jesus parece provocar e querer desinstalar as idéias que se têm tanto de Deus quanto de paternidade (...)
                A questão Deus-Pai pode ser ampliada para a figura do masculino na identificação com a divindade. Quando se fala de Deus de justiça, por exemplo, ou de Deus justo, o identificamos com um homem ou com uma mulher? Por que um Deus amoroso necessariamente deve ser identificado com a mãe e um deus castigador com o pai? Aí a teologia está no limite da própria identificação antropomórfica de Deus. Em última análise, Deus é criador do ser humano, não seu pai ou mãe.

Adilson Schultz 
Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos

Texto para meditação
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Lucas 15:20

Intercessão
Oremos para que o amor de Deus não se restrinja as figuras de humanas de “Pai” ou “Mãe”, mas que, partindo deste amor, nos ajudem a entender a Graça de Deus e seu amor incondicional.

sábado, 9 de março de 2013

(Gregório, Bispo de Nissa, 394)


Salmo 87,90 ou 136; Jeremias 13:1-11; 
Romanos 6:12-23; João 7:47-59. 

Nunca ninguém falou como este homem

Os sermões são importantes na igreja. Muitas pessoas dizem que sua vida toda mudou pelo que ouviram em um sermão. Pode também ser uma meditação dirigida por pessoas do ministério leigo ou seminaristas. Jesus se destacava porque falava coisas como nunca antes tinham sido ouvidas. Mas, onde está a chave destas mensagens? Certamente não estão apenas na eloquência das palavras. A novidade das palavras de Jesus vinha da sua essência, isto é, de ser plenamente divino e humano. 
                  Quando pensamos em uma mensagem para outra pessoa, ou na igreja, ou por escrito, não cuidemos de palavras bonitas. Busquemos o que há de divino dentro de nós, depois olhemos sinceramente para nossa humanidade, em sua beleza e fraqueza. Então deixemos que o divino e o humano fluam em conjunto, sem medo, sem restrição. Então ouviremos dentro de nós, e transmitiremos essas palavras que ninguém antes falou, essas palavras que são ecos da Palavra Viva.

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
E seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmo 90:17

Intercessão
Oremos para que a Palavra Viva, Nosso Senhor, se manifeste através de nós levando mensagens novas, como nunca antes foram ouvidas.