sexta-feira, 29 de março de 2013

Sexta Feira da Paixão – (John Keble, Presbítero 1886)


Salmos 22, 40:1-14 ou 69:1-23; 
Isaías 52:13-53:12 ou Gênesis 22:1-18 ou Sabedoria 2:1,12-24; Hebreus 10:1-25; João (18:1-40) 19:1-37 

Que um morra pelo povo

Anás, sogro de Caifás, o sumo sacerdote de Jerusalém, querendo justificar a necessidade de matar Jesus, usou a frase: “É melhor que um só morra pelo povo” (João 18:14b). De fato, Jesus foi um só que morreu por todos, como afirma a carta aos Hebreus (“Em virtude dessa vontade somos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, uma vez para sempre”; Hebreus 10:10). 
No entanto, a diferença entre a frase de Anás e a afirmação de Hebreus é de atitude. Anás queria se livrar do “problema” Jesus e, sem esse “inconveniente”, eles poderiam continuar com a proposta religiosa opressora, excludente, que o Senhor denunciou através da apresentação dos valores do Reino. A carta aos Hebreus reconhece o sentido divino-humano da entrega de Jesus Cristo como base da construção de uma nova relação com Deus e com a humanidade.
Esta Sexta-Feira Santa é mais uma oportunidade que a tradição da igreja nos dá para nos perguntar: qual é nosso lado? Queremos apenas praticar rituais e “cumprir com nossas obrigações religiosas” para “livrar-nos” do problema de Jesus que morre entre marginais? Ou olhamos para a Cruz como um caminho que nos leva a relações mais amorosas e comprometidas com todas as pessoas que sofrem, e em novas relações de entrega generosa entre nós?

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS

Texto para meditação
Olhemos uns pelos outros para estimularmos o amor e as boas obras. Hebreus 10:24.

Intercessão
Oremos para que ao olhar para a Cruz de Cristo, e para nosso mundo injusto, vejamos o quanto seu sacrifício abre as portas para novas relações de amor, justiça e paz.

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