domingo, 10 de março de 2013

4º Domingo da Quaresma


Salmo 34; Josué (4:19-24)5:9-12; 
II Coríntios 5:17-21; Lucas 15:11-32.

Deus é PAI

A parábola do filho pródigo - Lucas 15 - é um dos textos mais comoventes, instigantes e edificantes da bíblia. No conflito do filho pródigo com seu irmão, está o retrato do dilema do crente entre a aventura e a fidelidade a Deus. Na cena do filho pródigo que passa fome, o retrato da miséria humana quando o crente está afastado de Deus. E no abraço acolhedor que o pai dá no filho que volta para casa, a representação maior do amor incondicional de Deus pela criatura, também pela humanidade.
               É no mínimo curioso que Jesus associe o amor incondicional de Deus à figura do pai. Não seria melhor uma mãe? Não é ela que geralmente está associada a saudade, braços abertos e perdão? Jesus parece provocar e querer desinstalar as idéias que se têm tanto de Deus quanto de paternidade (...)
                A questão Deus-Pai pode ser ampliada para a figura do masculino na identificação com a divindade. Quando se fala de Deus de justiça, por exemplo, ou de Deus justo, o identificamos com um homem ou com uma mulher? Por que um Deus amoroso necessariamente deve ser identificado com a mãe e um deus castigador com o pai? Aí a teologia está no limite da própria identificação antropomórfica de Deus. Em última análise, Deus é criador do ser humano, não seu pai ou mãe.

Adilson Schultz 
Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos

Texto para meditação
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Lucas 15:20

Intercessão
Oremos para que o amor de Deus não se restrinja as figuras de humanas de “Pai” ou “Mãe”, mas que, partindo deste amor, nos ajudem a entender a Graça de Deus e seu amor incondicional.

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