terça-feira, 9 de outubro de 2012


Salmos (120)121,122,123 ou 124,125,126,(127); Miquéias 1:1-9;
Atos 23:12-24; Lucas 7:1-17.

A paz nem sempre é bem-vinda

Angústia, convocação divina, reclamação, problemas, persuasão a que Yahweh (nome hebraico de Deus) intervenha marcam o Salmo 120. O canto vem do exílio quando povo era prisioneiro na Babilônia. A paz é tema de destaque na voz do salmista. A manutenção da guerra e de forças que promovem a morte os aflige, os angustia, revolta e os cerca o tempo todo. Em nossa caminhada pela vida experimentamos e vivemos conflitos e dores. No salmo, a língua é personificada, afinal, não é ela em si que retribui, mas aquele que a usa, pois é sobre o que faz mau uso dela que se costuma emitir uma censura, uma reprovação. Nem todos buscam a paz, alguns preferem os lucros da guerra. Por isso, aqueles que promovem a paz certamente encontrarão resistência: seja na sociedade, na igreja ou no espaço familiar. E mais: para aqueles que não possuem intimidade ou familiaridade com o sagrado, a paz nem sempre é bem-vinda. O próprio orante revela essa tensão: um diz “paz”, enquanto o outro se opõe e declara “guerra”. Entre súplica e lamento, o salmista faz sua oração. O conflito do orante é também o de cada um de nós, afinal, sentir-se bem e em paz é tudo que queremos, para nós e para o próximo.

Post. Selma Rosa
Curitiba PR
Texto para meditação
Quando eu digo: Paz, eles dizem: Guerra. Salmo 120:7.

Intercessão
Oremos por todos aqueles – homens e mulheres – cujas ações desafiam os discursos que não garantem a paz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário