domingo, 14 de setembro de 2014

14º Domingo de Pentecostes (Próprio 19) – DIA DA SANTA CRUZ

Salmos 103; Eclesiástico 27:30-28:7; 
Romanos 14:5-12; Mateus 18:21-35.

Perdoar Sempre!

Os companheiros do credor incompassivo poderiam ter ficado calados ou omissos diante de sua atitude para com o seu companheiro menos afortunado, numa atitude de "não querer comprometer-se", mas eles denunciaram aquilo que consideraram um comportamento inadequado. Quem não vive o perdão recebido de forma conseqüente menospreza o amor de Deus. O perdão compromete, a graça constrange. Ao estendermos o perdão recebido, o fazemos considerando a pessoa que nos ofendeu e em obediência ao mandamento de Deus. A prática do perdão rompe a relação de desigualdade, de exploração e de exercício desumano de poder e coloca a base de uma sociedade alternativa: as novas comunidades cristãs. 
                        
Na oração do Pai Nosso pedimos: "perdoa as nossas ofensas assim como também perdoamos a quem nos tem ofendido". A misericórdia de Deus para conosco não tem limites nem se esgota. Só que ela nos constrange a orientar toda a nossa vida por ela. Caso contrário, desprezamos o perdão de Deus, deitamos a perdê-lo. A graça de Deus não é uma graça barata, mas uma graça que exige de nós o compromisso de sermos agentes de perdão e reconciliação. O sermão eclesiástico de Mateus pretende dar diretrizes de como as primeiras comunidades cristãs - e também nós hoje - podemos ajudar a construir uma sociedade alternativa em que o perdão prevaleça sobre a estrutura de dominação e a pirâmide do poder opressor.

Sônia Mota e Nelson Kilpp

Texto para meditação
Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. Mateus 18:35

Intercessão
Oremos para vencer a tentação de reproduzir com as pessoas mais vulneráveis aquele mal que sofremos, mas, pelo contrário, busquemos novas relações.

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