sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Lancelot Andrews, Bispo de Winchester, 1626.

Salmos 88 ou 91,92; Ester 8:1-8, 15-17 
ou Judite 13:1-20; Atos 19:21-41; Lucas 4:31-37. 

FAZER PELOS OUTROS

No recorte de hoje do Evangelho de Lucas, se apresenta Jesus ensinando e agindo de forma desconcertante. Ele dá ordens ao espírito mau e este lhe obedece sem resistência, algo incomum na época. Antes Jesus o manda se calar, ao que também obedece. O espírito mau já estava falando demais. Certamente isso deve ter causado admiração, ou espanto em todos (v 36). Mas Jesus não queria ser apresentado por “espíritos maus” pois é algo muito mais profundo que leva o povo a perceber a origem divina de Jesus, aquilo que somente os olhos da fé são capazes de notar.
             
No livro de Ester, o texto indicado mostra como a presença feminina é capaz de remover a dureza do coração que, em geral, os reis trazem consigo. O rei Assuero se curvou diante de Ester admirado com sua sinceridade, atendendo prontamente ao principal pedido dela, a quem não lhe interessavam as riquezas do reino, mas sim revogar o plano de morte contra os judeus tramado por Amã (escrito e lacrado com o anel real, dando-lhe um caráter irrevogável). Assim Ester salva seu povo judeu da sentença de morte.
              
Tanto a ação de Jesus, quanto a de Ester são de desapego total, em favor do povo, necessitado e ameaçado de morte. Jesus e Ester mostram aquilo que não traz retribuição econômica, nem fartura material, mas sim o que faz a vida ganhar sentido e encher-se de uma gratuidade que não tem preço.

Revdo. Luiz Sírtoli – Curitiba PR (reeditado)

Texto para meditação
“Como poderia eu contemplar a desgraça que atingiria o meu povo? Como poderia contemplar o extermínio da minha família? Ester 8:6

Intercessão
Oremos para que saibamos colocar o serviço e a gratuidade acima de nossos interesses e que busquemos em tudo a defesa da vida de todas as pessoas, especialmente aquelas condenadas a viver em ambientes de extrema violência e ameaça, e na miséria.

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