segunda-feira, 16 de setembro de 2013


Salmos 56,57 [58] ou 64-65; I Reis 21:1-16; 
I Coríntios 1:1-19; Mateus 4:1-11.

Unidos na mesma disposição

A Igreja de Corinto foi uma das que mais trabalho deu ao apóstolo Paulo. Apesar de ser formada por pessoas que tinham vários dons e talentos, havia dentro da comunidade muitos grupos diferentes, o que hoje chamaríamos “panelinhas”. Tal como ocorre ainda hoje, cada grupo geralmente é liderado por algumas pessoas que inflamam outras, muitas vezes com informações distorcidas ou sentimentos tendenciosos. Paulo começa a sua primeira carta àquela comunidade com um apelo para que a comunidade se esforçasse em não aumentar as divisões, e insere uma expressão muito importante para a teologia anglicana: “sejam unidos na mesma disposição mental e no mesmo parecer”. (I Co 1.10). 
            
A mais clássica teologia sacramental anglicana preserva o equilíbrio entre “matéria”, “forma” e “intenção”, em cada rito sacramental. Matéria e forma dizem respeito aos elementos e gestos usados no rito (pão, vinho, água, óleo, imposição de mãos, etc) e ao rito propriamente dito. Mas já percebemos que todos os ritos sempre se iniciam com uma declaração de “intenção”?. A “intenção” declarada no início de cada rito é tão importante para a teologia quanto o rito propriamente. É bom lembrar a Coleta pela Pureza: “Deus vê todos os corações e conhece todos os desejos...”
             
Intenção tem a ver com a “disposição mental” mencionada por Paulo. Santo Agostinho também falará muito disso ao tratar da “vontade”. Qual a verdadeira intenção que nos move na comunidade?

Revdo. Carlos Eduardo Brandão Calvani
Campo Grande MS

Texto para meditação
Rogo-vos, irmãos, .... que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer” I Coríntios 1:10.

Intercessão
Oremos por nossos bispos diocesanos, clérigos e lideranças leigas, para que, na liderança comunitária, possam levar o povo de nossas comunidades a nutrirem as mesmas intenções.

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