sexta-feira, 16 de julho de 2010

Salmos 31 ou 35
Josué 4:19-5:1,10-15
Romanos 12:9-21
Mateus 26:17-25

Trair

Que palavra dura e difícil é a “traição”. Quando olhamos para o lado de quem foi vítima vemos muita dor, muito sofrimento vindo de onde ninguém esperava que viesse. Quando olhamos para o lado de quem trai, vemos um ser que é enfrentado a sua culpa de forma dramática (até porque geralmente contava com a impunidade, até descobrir que o pior juiz é a própria consciência). Hoje há uma tendência de afrouxar a questão dos dois lados. Do lado da pessoa traída mostrando que não deve se sentir ingênua demais ou culpada, que pode seguir em frente e que isso faz parte da vida. Do lado de quem traiu que não é o pior dos males, que acontece e que pode ser superado. Mas, estas saídas não enfrentam a questão em si. Por que traímos? Traímos e somos traídos, porque não conseguimos nos falar abertamente, porque somos reféns do medo e do silêncio, porque somos enganados pela falsa idéia de poder e propriedade na relação com outras pessoas. A saída é buscar novas relações. Jesus passou pela experiência da traição, tinha que passar por ela. Judas também passou por essa experiência e lhe custou à vida e uma eterna “má fama”. Agora nos podemos tentar outro caminho, o caminho da verdade, mesmo quando dói, certamente doerá menos e salvará mais.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS
Texto para Meditação

“E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair.” Mateus 26:1

Intercessão

Oremos pelas vítimas da traição e pelas pessoas que traem, para que encontremos novas formas de relacionamento, mais abertas, menos egoístas, mas verdadeiras, que permitam enfrentar abertamente nossos problemas, que busquem o respeito e a dignidade mútua.

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