sábado, 29 de novembro de 2014

Salmos 137:1-6(7-9), 144 ou 104; Zacarias 14:12-21; 
Filipenses 2:1-11; Lucas 19:41-48.

O roubo “autorizado”

Quando somos colocados diante desta atitude de Jesus, expulsando os “ladrões” de dentro da “Casa de Oração”, sabemos muito bem como se torna profética e questiona diversas práticas religiosas e atitudes pessoais dentro da igreja. No entanto, gostaria de alertar para um perigo ao interpretar esta atitude de Jesus. Jesus não estava condenando a desonestidade pessoal (que é reprovável como qualquer desonestidade, seja esta na administração dos bens materiais ou de qualquer outra forma). Aqueles “ladrões” estavam protegidos pela lei! Os religiosos da época permitiam isso e lucravam com isso! 
                                
O roubo sistemático das pessoas através da manipulação da fé sustentava o sistema religioso dos escribas, fariseus e saduceus. Digo isto porque às vezes parece que o “roubo” só é condenável quando não beneficia à igreja, se a igreja lucra não é roubo é “oferta”. Devemos agir com honestidade e rigor na administração dos bens da igreja, porque a Igreja é o instrumento da missão de Deus! Se houver falhar agir com firmeza, sem perder o amor e a misericórdia. Mas, não esqueçamos que Jesus nos pede uma atitude ainda mais rigorosa, profética e clara com aqueles que usam a fé para lucrar, que fazemos terrorismo ameaçando a quem não lhes dá lucro e coisas desse tipo. A oferta é uma ato de gratidão e partilha, seja esta regular ou casual, nunca pagamento, menos ainda deve ser considerada instrumento de salvação. 

Dom Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre RS (reeditado)

Texto para meditação
Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores. Lucas 19:46

Intercessão

Oremos para que nossa fé nunca seja transformada em instrumento de lucro fácil e engano, mas de gratidão e partilha. 

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