quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Agostinho, Bispo de Hipona, 430

Salmo 18; Jó 8:1-10,20-22; 
Atos 10:17-33; João 7:14-36.

Julgar ou não julgar: eis a questão

A experiência da tradição anglicana mostrou que é melhor enfrentar o pecado do que escondê-lo. Mas, como enfrentar o pecado? Depois de tudo quem não erra? De fato, quem poderá julgar outra pessoa? Por outro lado, será que devemos deixar nossos erros, egoísmos e maldades correrem soltos? Seria a chamada “libertinagem” a solução? Alguns dizem que o anglicanismo é “libertino”. Será?
                    
O Evangelho não diz para não julgar, mas nos orienta a “não julgar conforme a aparência” e sim “conforme a justiça”. Isso significa que devemos, antes de julgar, conhecer a profundidade de nosso ser, do ser das outras pessoas, do contexto no qual elas vivem e das suas histórias (assim evitamos nos guiar por aparências ou superficialidades). Ainda, mesmo ao conhecer, devemos olhar para a “justiça”, isto é, para a situação de liberdade ou falta de liberdade, de oportunidade ou falta de oportunidade, de opressão, de dor, de sofrimento. Poderemos então julgar? Sim, mas como será difícil condenar alguém! Acho que, na maior parte dos casos, acabaremos amando mais a nós mesmos e a todas as outras pessoas. 

Revda. Taís Soares Feldens – Porto Alegre RS
(reeditado)

Texto para meditação
Recompensou-me o SENHOR conforme a minha justiça, retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos. Salmo 18:20

Intercessão
Oremos para que o nosso julgamento promova sempre o amor e a inclusão e nunca a violência e o preconceito.

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