segunda-feira, 26 de julho de 2010

Salmos 56, 57 [58] ou 64, 65
Josué 24:16-33, 16-27
Romanos 16:1-16
Mateus 27:24-31

Inocente?

Pôncio Pilatos foi um político tristemente famoso. Sua obra chamou-se “omissão”. Ele não era nenhum anjo, de fato há registros históricos que indicam que ele mandou matar sem piedade os opositores ao regime romano. Mas, digamos que, esta vez, ele queria se justo e salvar um inocente. Então, seguindo o costume da época jogou o caso à multidão que, conforme nos indica o texto bíblico, foi influenciada por escribas e fariseus que queriam Jesus morto. O que ele fez para evitar a morte de um inocente? Disse apenas: “mas, que mal ele fez?”. Diante de um novo coro gritando “crucifica-o” ele prosseguiu com cerimônia lavando as mãos e transferindo a responsabilidade para a multidão ensandecida. O omisso não apenas quem não faz nada, mas também o é quem transfere a responsabilidade para outras pessoas. Várias vezes ouvi na igreja a frase “ninguém pode ser cristão por procuração”, mas quantas vezes nos omitimos e culpamos aquela comunidade, aquele bispo, aquele ministro ou ministra ordenado ou do laicato? Às vezes culpamos genericamente “a igreja” ou a “igreja anglicana”. Mas, quem somos nós dentro disso tudo? A vida sempre está nos desafiando. Outra frase que vi em uma camiseta dizia: “adote seu filho/a antes que um traficante o faça por você”. A omissão é arte de se perder coletivamente, cuidemos para que nossa vida não fique tristemente conhecida, ou tristemente desconhecida.

Revdo. Humberto Maiztegui Gonçalves
Porto Alegre/RS

Texto para Meditação
“Em Deus louvarei a sua palavra; no SENHOR louvarei a sua palavra.” Salmo 86:10

Intercessão
Oremos para que, pela ação do Espírito Santo de Deus, possamos superar o pecado da omissão e assumir nossas responsabilidades diante de Nosso Senhor e de toda a humanidade.

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