terça-feira, 28 de julho de 2009

Salmo 61,52
II Sm 3:6-21
At 16:6-15
Mc 6:30-46

Acolher para partilhar

A riqueza espiritual do Evangelho comumente chamado de “o milagre da multiplicação dos pães”, está na experiência que Jesus faz de acolhida e de partilha. Num primeiro momento, ao ver a multidão que se apinhava à sua frente, Jesus olhou para ela e teve compaixão, porque lhe pareceram ser como “ovelhas sem pastor”. Esta é a mesma compaixão que Ele tem para com cada um que caminha em busca do sentido da vida. Acomodados e acolhidos, Jesus vai além do ministério do ensino, ele se preocupa também com o bem estar físico das pessoas. Ao pedir aos discípulos que alimentem a multidão faminta, Jesus dá a oportunidade para que eles façam a experiência da partilha. Partilha, como atesta o Evangelho, não consiste em divisão ou em perda, mas ao contrário, em colocar em comum o que se tem e é, a fim de que todos indistintamente possam gozar dos bens dados por Deus desde a criação do mundo. Partilha consiste em soma e multiplicação e não em perda e divisão. Para nós anglicanos a experiência sacramental da Eucaristia é essencialmente partilha. Segundo o ensinamento da igreja, a mesa pertence a Cristo e é dom de Deus. Somos convidados à mesa não por nossos próprios méritos, mas pela benevolência de Deus. (LOC p. 65) A Eucaristia deve se prolongar na partilha da fé, do amor, da esperança, da alegria, das descobertas, da solidariedade, da paciência, enfim, de tudo o que alimenta a vida.

Itabira Jonas
“Quando saiu da barca, Jesus viu uma grande multidãoe teve compaixão, porque eles estavam como ovelhas sem pastor.”
Mc 6:34

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