quarta-feira, 29 de julho de 2009

Maria e Marta de Betânia

Salmo 72
II Sm 3:22-39
At 16:6-15
Mc 6:47-56
Esvaziar-se de si

As nossas orações deveriam ser diferentes. Diante de Deus, deveríamos nos calar para ouvir o que ele tem a nos dizer. A verdadeira oração é aquela em que na presença de Deus procuramos dar respostas às suas interpelações. O Evangelho de hoje, além da contemplação na qual Jesus vai ao encontro dos discípulos caminhando sobre as águas do mar de Genesaré, nos permite outra reflexão. Depois de ir ao encontro dos discípulos, Jesus atravessa o mar em direção à outra margem, para encontrar-se com outros necessitados, que esperavam por ele. Nesses dois acontecimentos é possível perceber que a iniciativa da relação do homem com seu Criador é sempre de Deus. Se olharmos atentamente para a Palavra de Deus, veremos que essa foi a dinâmica vivenciada por Abraão, Moisés, Samuel, Maria e tantos outros que se dispuseram a Ele. Deus sempre sabe de nossas disposições e necessidades, por isso sempre vem ao nosso encontro. Sempre nos chamou a sermos parceiros na construção da sociedade, segundo seu projeto de amor. (Jo 15,16) Refletir sobre isso é perceber que orações cheias de discursos e palavreados podem não nos conduzir a lugar nenhum, porque tentamos satisfazer nossas próprias vontades, desejos e vaidades. Na oração, antes de qualquer coisa, devemos assumir uma atitude de esvaziamento e silêncio para acolher o que Deus tem a nos dizer, porque é Ele quem toma a iniciativa “Fala Senhor, que teu servo escuta.” (Sam 3,10). Em seguida devemos decodificar a mensagem e dar a resposta conforme a vocação a que fomos chamados, assim como fizeram Abraão, Moisés, Samuel e Maria.

Itabira Jonas

“porque não tinham compreendido o acontecimentodos pães. O coração deles estava endurecido.”
Mc 6:52

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