domingo, 5 de outubro de 2014

17º Domingo de Pentecostes (Próprio 22)

 Salmo 80; Isaías 5:1-7; 
Filipenses 3:14-21; Mateus 21:33-43. 

O perigo da auto-suficiência

Abrindo o sentido desta parábola para nós, podemos reparar que Deus esperava a justiça de Israel, mas precisou colocar outros administradores para poder colher estes frutos. Os frutos da justiça consistem antes de tudo em "escutar e por em prática" tudo o que Jesus ensinou (Mateus 7:21-27; 17:5) e isso produz amor sem fingimento, união fraterna, respeito e valorização da dignidade humana, partilha...
                
Dito isto, não podemos ler esta parábola com auto-suficiência porque a mesma coisa pode acontecer com a gente. Basta olhar a história do nosso continente, a América Latina. Tinha sido entregue a "administradores" para que as suas populações fossem evangelizadas e, no entanto, os seus frutos foram despojados pela violência institucionalizada. Como cristãos, não temos nada para nos sentirmos melhores do que os outros. Ainda hoje, o Brasil é considerado o país mais cristão do mundo... e onde estão os frutos de justiça?
                    
Até dentro de nossas igrejas existe o perigo de querer guardar os frutos para si. Deve ficar bem claro que fazer parte da vinha de Deus não é um privilégio, mas uma missão que requer compromisso para produzir "frutos de justiça".

Pe.Luís Sartorel 

Texto para meditação
Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos. Mateus 21:42

Intercessão
Oremos para que nossa arrogância e má interpretação do poder de Deus em Cristo não façam com que continuemos a administrar mal Sua Vinha do Reino expulsando irmãs e irmãos e compactuando com a violência.

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