domingo, 26 de agosto de 2012

13º Domingo após Pentecostes (Próprio 16)


Salmo 67; II Samuel 23:1-7;
Efésios 5:21-33; João 6:55-69.

Submissão e Amor

A forma como é visto o papel da mulher no casamento e nas relações sociais dentro de algumas religiões, inclusive em igrejas cristãs, sempre me preocupou muito. Será que isso que fala a Carta aos Efésios sobre a mulher ser submissa ao marido - pois ele é sua “cabeça”, assim como Cristo é a “cabeça” da Igreja - significa que eu, e tantas outras mulheres cristãs, devemos nos colocar “abaixo” de nossos maridos, como seres não pensantes, deixando o discernimento para os homens que amamos? Isso não condiz com o que eu sinto sobre o amor de Deus revelado em Cristo, nem com o amor que me levou a amar meu marido e construir com ele nossa história comum. Deus para mim não é, nem nunca foi, um conjunto de preceitos (ou uma lei), mas uma presença viva e verdadeira em minha vida. Por isso eu sinto Deus, eu expresso Deus, tanto quanto qualquer homem; seja meu marido ou não. Então li um pouco mais o texto de Efésios, e vi que o amor dos maridos deve ser igual ao amor de Cristo que se entregou completamente à Igreja. Como alguém que ama assim anularia outra pessoa? Amor é ou não é amor. Não me parece possível amar como Cristo é destruir pessoas. Isso vale tanto para as mulheres quanto para seus maridos. Não há lei, nem costume, nem cultura, que possa ser colocada acima do amor de Deus em Cristo. Isso sim é negar a Cristo, e negar o amor que fez ele se entregar por todas e todos nós.

Revda. Taís Soares Feldens
Porto Alegre RS
Texto para meditação
Nós temos crido e conhecemos que tu és o Cristo, o Filho de Deus vivente. João 6:69.

Intercessão
Oremos para que o amor de Deus em Cristo estimule o diálogo e valorização de todas as pessoas, nas relações matrimoniais, sociais e na vida de fé.

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