Salmo 78; Neemias 9:26-38;
Apocalipse 18:9-20; Mateus 15:21-28.
Escutar Deus onde a vida clama
O Evangelho segundo Mateus descreve com detalhes o gradativo clamor da mulher e as diferentes reações de Jesus e dos discípulos. O grito da mulher pede a compaixão de Jesus. Ao seu clamor que expressa a solidariedade entre mãe e filha, Jesus fica em silêncio e nada responde. Será indiferença ou presença silenciosa e reflexiva? O silêncio também faz parte da aproximação para um verdadeiro encontro, quando as diferenças são muito grandes.
“Senhor, ajuda-me” (v.25). “Não fica bem tirar o pão dos filhos para atirá-los aos cachorrinhos”(v.26). Os judeus se consideravam filhos de Deus e diziam que os estrangeiros não eram dignos da bênção divina. Mas quem é mesmo estrangeiro nessa narrativa?
A mulher “pagã” ajudou Jesus a compreender que ele era enviado de Deus não só para os judeus, mas para toda pessoa humana de todas as culturas e tempos. O encontro de transformação e libertação só aconteceu quando Jesus “desce” ao nível humano, tornando-se aprendiz e discípulo da mulher estrangeira, excluída. E confirma sua cidadania teológica: “Mulher, grande é tua fé! Seja feito como queres!” (Mateus 15:28b).
Como ela, nós somos convidados a ir lá onde a vida clama e sofre discriminação; ali onde as pessoas sofrem a separação da vida social e cultural.
No seguimento de Jesus, que se deixou tocar pelo grito da mulher Siro-fenicia, “escutar Deus onde a vida clama” é convocação do Espírito Santo que sopra onde e como quer. Precisamos ter nossos corações abertos e atentos aos múltiples clamores da vida que aparece ao nosso redor.
Revda. Deã Ilaine Zschornack
Santa Maria RS
Texto para meditação
Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos. Salmos 78:7.
Intercessão
Deus dá-nos forças e fé neste dia e para sempre, segurança do teu amor e a certeza de que estás conosco. Amém.
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